Após uma noite inteira de paixão nos braços de Eros, Demétrio caminhava de volta para Silver Moon, sentindo-se renovado e surpreendentemente bem-humorado. A brisa da manhã era fresca, e ele ainda carregava a lembrança do toque de Eros como um calor latente sob a pele. Quando se aproximou da entrada da clareira, avistou Caspian, seu marechal de confiança, montando guarda com uma expressão visivelmente inquieta. “Alfa,” começou Caspian, tentando medir as palavras. “Numa escala de 0 a 10, o quanto você está calmo hoje?” Demétrio arqueou uma sobrancelha, curioso com o tom hesitante de Caspian. Ainda embalado pelas memórias da noite anterior, ele deixou escapar um meio sorriso. “Seja direto, Caspian,” replicou com um leve tom de ironia. “O que foi que você aprontou?” Caspian engoliu em seco, desviando o olhar momentaneamente. “Acho melhor você ver com seus próprios olhos.” Intrigado e já com o bom humor começando a esvanecer, Demétrio seguiu Caspian. Eles caminharam pela clareira, passando por lobos brancos que trocavam olhares tensos e desviavam de seu caminho. Finalmente, pararam diante da casa de Christian Sastre, um antigo e leal amigo de Demétrio. Mas não foi Christian quem chamou sua atenção. Ao lado dele estava uma figura inconfundível. Aquela humana... era Catarine. O choque inicial rapidamente se transformou em uma onda avassaladora de raiva que fez seu sangue ferver.
“Uma maldita humana... aqui?! Em Silver Moon?!” A voz de Demétrio explodiu, cortando o ar e chamando a atenção de todos ao redor. A clareira caiu em um silêncio pesado enquanto Christian se virava, encontrando o olhar fulminante de seu alfa. Já esperando a tempestade, Christian deu alguns passos em direção a Demétrio, firme, porém visivelmente preparado para enfrentar a fúria que se aproximava. “Perdeu o juízo, Christian?” Demétrio disparou. “Trazer uma humana para nossa alcateia?! Sabe muito bem das regras!” Christian ergueu o queixo, com a determinação que o alfa conhecia bem. “Se acalme, Demétrio. Trouxe Catarine porque a vila dela foi devastada por uma doença. Ela poderia ter morrido, e você sabe o quanto ela é importante para mim.” Demétrio lançou um olhar cortante para Catarine, que, mesmo sob a intensidade de seu olhar, mantinha uma postura calma, quase desafiadora. “Essa mulher… Você é um tolo, Christian. Trazê-la aqui é um risco que pode custar a segurança de todos. Se ela nos trair, nosso esconderijo será descoberto, e aí? Será a nossa queda.” “Catarine jamais nos trairia!” rebateu Christian, firme, com uma convicção que, por um instante, fez Demétrio hesitar. A confiança de Christian naquela humana era algo que ele raramente via em seu amigo. Demétrio, ainda com a raiva queimando sob a pele, parou, observando os dois. E enquanto o eco das palavras de Christian vibrava no ar, ele se perguntava até onde aquela confiança o levaria — e, por consequência, a todos em Silver Moon.
Demétrio estreitou os olhos, sua paciência se esvaindo a cada segundo. “Não me interessa que você confie nela, Christian. Respeite as malditas regras da alcateia. E isso significa, nada de humanos aqui. Se ela ficar, terá que ser uma de nós.” Christian sentiu um nó apertar-lhe o estômago. A ideia de transmitir a maldição da besta para a mulher que amava o deixava profundamente inquieto. Ela ainda estava frágil, vulnerável devido ao sofrimento que havia enfrentado. Como poderia expor Catarine a algo tão sombrio, a uma vida que talvez ela nunca aceitasse? “Eu vou falar com ela,” respondeu Christian com a voz calma, mas o olhar grave. Ele sabia que não tinha muito tempo; uma decisão teria que ser tomada, e logo. Demétrio bufou, frustrado com a hesitação de Christian, e deu meia-volta, fazendo um gesto para que Caspian o acompanhasse. “Boa sorte,” murmurou Demétrio, desdenhoso, enquanto se afastava. Quando sua figura finalmente desapareceu entre as árvores, o silêncio na clareira pareceu crescer, pesado e implacável, deixando Christian sozinho para enfrentar o dilema que poderia mudar seu destino — e o dela — para sempre.
Christian respirou fundo, sentindo o peso da responsabilidade que carregava. A brisa suave da manhã dançava entre as folhas, mas seu coração pulsava com a urgência da conversa que precisava ter. Ele se aproximou de Catarine, que estava sentada em um tronco caído, observando a clareira com um olhar distante. “Catarine,” ele começou, sua voz suave, mas firme. Ela virou-se para ele, seus olhos brilhando com curiosidade e preocupação. “Precisamos conversar.” Ela assentiu, mas o semblante dela estava tenso. Christian sentou-se ao seu lado, buscando as palavras certas. “Eu sei que você passou por muito recentemente. A doença em sua vila... não foi fácil para você.” Catarine desviou o olhar, lembrando-se dos rostos de amigos e familiares que perdera. “Eu não poderia ficar lá, Christian. Não era seguro.” “Eu entendo.” Ele hesitou, tentando articular seus pensamentos. “Mas quero que saiba que a vida que você teria aqui, ao meu lado, não é apenas liberdade. Ser um lobisomem é um fardo e uma bênção ao mesmo tempo.” Catarine olhou para ele, intrigada. “Como assim?”
“Como lobisomem, você teria força, agilidade e sentidos aguçados. Poderia se defender de qualquer ameaça, não só a sua, mas a de todos que ama. No entanto, essa vida também vem com desafios. Você teria que lidar com a solidão que às vezes acompanha a transformação, e o medo que as pessoas sentem de nós. Além disso, as regras são severas — não podemos ter humanos em nosso meio. E, se você decidir ficar, teria que se tornar uma de nós.” A confusão crescia nos olhos dela. “Mas eu... eu não sou um lobisomem, Christian. Não sei se posso me tornar uma.” Ele se inclinou mais perto, pegando suas mãos nas dele, como se quisesse transmitir seu coração. “Você não precisa decidir agora. Apenas quero que entenda o que isso significa. Se você optar por esta vida, seria por amor, mas também por um compromisso com a nossa comunidade. Você estaria abrindo mão de um mundo em que você conhece todas as regras e convenções, para entrar em um lugar onde tudo é diferente, onde você teria que lutar ao meu lado.” Catarine mordeu o lábio, seus pensamentos emaranhados. “E se eu não quiser isso? E se eu preferir ser apenas... eu?”
Christian sorriu, um misto de compreensão e esperança. “Então, isso também é válido. O que mais quero é que você esteja feliz. A escolha deve ser sua, e não quero apressá-la. Mas, se decidir ficar, saiba que estarei ao seu lado, apoiando você em cada passo.” Ela olhou em seus olhos, buscando ali a certeza que tanto desejava. “E se eu decidir?” “Então, seremos mais fortes juntos,” Christian respondeu, sua voz firme, mas calorosa. “Mas, por favor, pense bem. Você é a única que pode decidir se quer seguir esse caminho.” Catarine baixou o olhar, os dedos trêmulos entrelaçados nos de Christian, absorvendo as palavras dele e o peso da escolha. Ela sabia que ele a amava — isso estava claro no tom carinhoso da voz dele e na maneira como ele a olhava, como se cada detalhe fosse precioso. Mas a decisão que ele colocava diante dela era assustadora, uma transformação irreversível que a levaria para o desconhecido. “É estranho pensar que eu poderia... mudar assim, tão completamente,” ela disse, tentando dar voz aos próprios temores. “Perder a humanidade... a que sempre conheci. Eu teria que me adaptar a um novo mundo. Mas se isso significa ficar com você, então...”
Christian segurou o rosto dela com ternura, seus olhos expressando um misto de amor e preocupação. “Eu entendo, minha querida. Esta não é uma decisão pequena e, se isso for muito para você, eu aceitarei. Não pense que precisa fazer isso apenas por mim.” Ela sorriu de leve, e seus dedos deslizaram sobre a pele dele, sentindo a força e a vulnerabilidade que coexistiam ali. “Você está me pedindo para fazer algo tão difícil... mas está me oferecendo a chance de escolher. Essa liberdade é o que torna sua oferta tão tentadora. É mais do que uma transformação, é um convite para uma vida inteira ao seu lado.” Christian assentiu, com os olhos brilhando. “Você é tudo o que importa para mim, Catarine. Como humana ou como loba, você sempre será a mesma mulher que eu amo. Mas eu preciso que esteja completamente segura, pois uma vez que a transformação ocorra, não há retorno.” Catarine respirou fundo, seu coração palpitando com a intensidade da situação. “Christian, eu preciso de tempo para pensar. Para decidir se posso ser parte do seu mundo, de verdade.”
Ele sorriu, com um alívio visível em seu rosto. “Claro, minha querida. Tempo é a única coisa que posso oferecer sem reservas. E, seja qual for a sua decisão, eu estarei aqui, aguardando ao seu lado.” Os dois se abraçaram, e naquele instante, a floresta pareceu mais calma, quase como se aguardasse o desenrolar daquela escolha tão importante. Christian se afastou, dando-lhe o espaço que ela precisava, mas com uma nova esperança acesa no peito, uma chama que ele nunca deixaria se apagar. Catarine caminhava devagar pela vila da alcateia, cada passo afundando levemente na fina camada de neve que cobria o solo. O frio não a incomodava tanto, pois a clareira era protegida pelas árvores altas, e um silêncio acolhedor envolvia o lugar. Ela puxou o capuz do manto para se aquecer, observando o cenário ao redor enquanto os pensamentos sobre a transformação e o que aquilo significava passavam por sua mente, inquietantes e intensos. Mais adiante, um grupo de lobos brancos se movia entre as árvores, seus corpos esguios e ágeis saltando sobre a neve. Os menores, provavelmente ainda jovens, rolavam e brincavam, mordiscando uns aos outros e fazendo piruetas desajeitadas. Alguns passavam por ela rapidamente, suas pelagens brilhantes reluzindo sob a luz suave da manhã, deixando marcas delicadas na neve, como se o chão fosse um quadro onde escreviam seus movimentos inocentes.
Catarine parou e observou um lobo mais novo que se aproximava de outro para uma brincadeira, dando um leve empurrão em seu companheiro antes de sair correndo, quase como uma criança. A cena trouxe um calor inesperado ao peito dela; esses animais, ao mesmo tempo selvagens e cheios de ternura, expressavam uma liberdade que parecia inalcançável para ela como humana. E, no entanto, se aceitasse a transformação, talvez fosse ela a correr por aquela neve, a sentir o vento gelado contra a pelagem, a experimentar o mundo de forma que nunca havia imaginado. Ela se abaixou para observar um filhote de lobo que a encarava com olhos curiosos e brilhantes, a cabeça ligeiramente inclinada. “Então é isso que eu seria... um ser entre dois mundos, parte dessa família, dessa vida selvagem e intensa.” Catarine suspirou, estendendo a mão até que o filhote hesitante desse um passo à frente e encostasse o focinho gelado em seus dedos. A suavidade da pelagem do animal fez com que ela quase se esquecesse das dúvidas. Mas, ao olhar para os lobos mais velhos que observavam com certa distância, sabia que a escolha era muito mais profunda do que apenas liberdade ou companhia; era um vínculo eterno com a alcateia, com Christian e o mundo sobrenatural que ele havia lhe oferecido. Enquanto o filhote se afastava para se juntar ao grupo, ela se levantou e continuou andando pela vila, os passos suaves na neve pontuados pelo eco de seus pensamentos. A transformação era, sem dúvida, uma porta que se abriria para uma vida de descobertas e desafios, mas para se aventurar por ela, ela teria que sacrificar tudo o que conhecia até então. Catarine observou os lobisomens em volta da vila, agora em suas formas humanas, o calor das conversas e o riso baixo criando um ambiente acolhedor, de laços profundos e inquebráveis. Cada um deles era mais do que um guerreiro; eram irmãos, unidos como uma grande família, uma alcateia. Isso era o que, no fundo, definia aquele lugar: uma comunidade que se apoiava, não importa o quão dura fosse a vida na floresta. Ela avistou Caspian, sentado em volta de uma fogueira ao lado de dois outros homens, todos rindo e compartilhando histórias. Ao se aproximar, hesitou um pouco, mas Caspian a notou e sorriu, inclinando levemente a cabeça. “Caspian, posso falar com você?” perguntou ela. Ele assentiu, despedindo-se dos amigos com um gesto, e se levantou, acompanhando-a pela trilha coberta de neve. Os passos ecoavam no silêncio, até que ele quebrou o gelo.
“Qual é a sua dúvida, Catarine?” “Quero saber sobre tudo o que Christian não está me contando… sobre o que é realmente ser um lobisomem.” Caspian suspirou, os olhos prateados refletindo uma mistura de seriedade e compreensão. Ele parecia escolher as palavras com cuidado. “Existe algo muito importante que você precisa saber antes de tomar essa decisão, Catarine,” começou ele, a voz baixa e rouca no frio da manhã. “Quando você aceita o lado selvagem, ele traz consigo um guardião – um lobo que vai viver ao seu lado, sempre. É como um companheiro inseparável, uma entidade que fala na sua mente e guia o seu coração.” Catarine o olhou, intrigada, tentando entender o que aquilo significava. “Esse lobo é… um reflexo da minha alma?” Caspian assentiu. “Exatamente. Ele reflete o que você é, sua essência mais profunda, e é isso que define a cor da sua pelagem.” Ele notou o olhar curioso dela e explicou com mais calma. “Quanto mais ódio, dor, ou mágoa você carrega, mais escura sua pelagem ficará. Mas, se você mantiver seu coração puro, sua pelagem será mais clara, refletindo luz.” “E… o que acontece se alguém ceder ao lobo negro?” A voz dela era quase um sussurro, receosa da resposta.
Caspian desviou o olhar por um instante, os olhos fixos na neve. “Se você deixar o lobo negro dominar o seu coração completamente, ele engolirá sua alma. Você se tornará apenas uma sombra de quem é, uma criatura consumida pela sede de sangue e pela escuridão.” Catarine sentiu um arrepio correr pela espinha, mas havia algo na clareza e na força de Caspian que a tranquilizava. Entendia, então, que ser um lobisomem era um equilíbrio delicado entre luz e escuridão, e que ela precisaria abraçar a sua própria alma, o bem e o mal dentro de si, sem deixar que um engolisse o outro. Após um instante, ela ergueu o olhar e respirou fundo. “Obrigada, Caspian. Eu precisava ouvir isso.” Enquanto caminhavam pela floresta coberta pela fina camada de neve, Catarine sentia que cada passo a levava mais fundo no mundo que, até pouco tempo, parecia uma realidade distante. Caspian ao seu lado seguia em silêncio, até que ela finalmente encontrou coragem para fazer outra pergunta que a inquietava. “Eu preciso... necessariamente comer humanos?” Ela perguntou, hesitante.
Caspian riu, e o som ecoou leve pela floresta, uma nota de ironia em seu tom. “Não, você não precisa. Pode caçar outras criaturas da floresta – cervos, coelhos, qualquer coisa que te aproxime mais do seu lado selvagem e natural.” Ele parou por um instante, olhando-a com um sorriso astuto. “Mas o sangue humano… tem um gosto diferente. Digamos que seja mais... doce.” Ela franziu a testa, intrigada, mas ele logo completou, mais sério. “Só que é importante saber: consumir muito sangue humano obscurece seu coração. E, com o tempo, sua pelagem também se torna mais escura, revelando o quanto você pode estar se perdendo para o lado sombrio.” Catarine sentiu um calafrio, absorvendo a ideia de que até o alimento poderia influenciar quem ela se tornaria. A transformação em lobisomem era mais do que uma mudança física; era uma questão de equilibrar sua alma e seu instinto, mantendo-se próxima de sua humanidade. “E se eu precisar lutar contra essa parte sombria? Se isso… algum dia se tornar difícil demais?” ela perguntou, a voz baixa, mas firme. Caspian assentiu, compreendendo a profundidade do questionamento. “Todos nós lutamos com ela, Catarine. Somos todos tentados, mas é aí que entra o apoio da alcateia. Sozinhos, é fácil ceder, mas juntos… podemos encontrar o equilíbrio.” A resposta dele parecia trazer-lhe paz. Ela sorriu, sentindo a conexão poderosa que começava a se formar com aquele lugar e aquelas pessoas. Não era apenas uma questão de poder ou de força física, mas de enfrentar as sombras de si mesma, sabendo que jamais precisaria enfrentar essa luta sozinha.
Caspian parou ao lado de uma árvore coberta pela fina camada de neve, e olhou para Catarine com uma intensidade calma, mas repleta de sinceridade. Ele inspirou profundamente, deixando o frio da floresta preencher seus pulmões, e então falou, com uma honestidade que fez seu tom de voz ressoar fundo no coração dela. “Catarine,” ele começou, fitando-a com uma seriedade que quase a fez desviar o olhar, “a vida de um lobisomem não é só sobre força ou velocidade. Não é sobre instinto ou fúria. É, acima de tudo, sobre pertencimento. É sobre estar ao lado de quem você ama, vivendo cada dia sabendo que tem uma família que te aceita pelo que você é, que te entende até nos seus momentos mais sombrios.” Ela observou o brilho sincero nos olhos de Caspian enquanto ele continuava. “Christian é parte dessa família. Ele tem você no coração dele de uma forma que eu nunca vi antes, e, se você aceitá-lo, se escolher essa vida, você nunca mais estará sozinha.” Caspian fez uma pausa, então sorriu levemente. “Aqui, você sempre terá um lugar. Uma razão para lutar, para viver… e para amar.” Essas palavras tocaram uma parte dela que se sentia perdida e desamparada desde que a doença varreu sua vila. Pertencer a algo, ter ao seu lado alguém que a amava e que compartilhava seu destino… era tudo que ela secretamente desejava. Finalmente, ela percebeu. Ser lobisomem ao lado de Christian não era apenas aceitar uma maldição; era aceitar o amor dele e tudo o que ele representava. Ela sorriu para Caspian, o coração batendo firme com uma certeza nova. “Obrigada, Caspian,” murmurou. “Eu sei o que devo fazer.”
Catarine entrou na pequena cabana aquecida, fechando a porta suavemente atrás de si enquanto se livrava dos últimos flocos de neve que ainda decoravam sua roupa. O cheiro da sopa quente, simples e reconfortante, preenchia o ar. Christian, ao notar sua presença, ergueu o olhar e sorriu de forma que derretia qualquer frio que ainda pudesse sentir. “Cate…” Ele murmurou, sua voz carregando a doçura de alguém que já esperava por ela há uma vida inteira. Aquele simples som, cheio de amor e ternura, fez seu coração bater mais forte. Catarine caminhou em silêncio até ele, cada passo carregando a certeza da escolha que tinha feito. Lentamente, ajoelhou-se ao lado dele, sentindo o calor do pequeno fogão de barro e da madeira queimando suavemente. Christian a olhou com expectativa, e um brilho intenso iluminava seus olhos, que captavam cada expressão dela como se fosse um tesouro raro. Ele sabia que aquela conversa seria um ponto de virada, e o coração dele batia em suspense. “Sas…” ela sussurrou, usando o apelido que apenas ela usava, uma lembrança da amizade que tinha crescido para algo muito mais profundo. Catarine tomou uma breve respiração antes de continuar, sua voz firme, mas carregada de emoção. “Eu aceito… eu quero viver aqui com você, na sua alcateia, ser… sua esposa, ao seu lado.”
Por um instante, o mundo parou. Christian olhou para ela, absorvendo cada palavra, e um sorriso tremulante — quase incrédulo, de pura alegria — tomou conta de seu rosto. Com os olhos marejados, ele não conseguiu conter a emoção; envolveu-a em um abraço forte, um abraço que falava mais do que palavras jamais poderiam dizer. Era um abraço de promessas, de um amor que resistira a tantas provações, de um futuro que eles construiriam juntos, custasse o que custar. Catarine sentiu o calor do corpo dele, e o ritmo dos corações em uníssono. Quando finalmente ele a soltou um pouco, apenas o suficiente para olhá-la nos olhos, ela percebeu que ele estava sorrindo como nunca antes. Então, sem hesitar, ele aproximou seu rosto e a beijou, seus lábios se encontrando em um gesto que era mais que amor — era aceitação, era destino. Naquele beijo, tudo se confirmou. Ela agora tinha um lar, uma nova família, e um futuro ao lado do homem que amava.
Na cabana iluminada pelo brilho suave do fogo, a proximidade entre Christian e Catarine se intensificava. Em meio ao calor reconfortante e o aroma da sopa ainda no ar, ele a deitou com delicadeza sobre o chão de madeira, a atenção e o carinho em cada toque tão intensos quanto o olhar apaixonado que trocavam. Seus dedos deslizavam suavemente sobre a pele dela, e ele a beijava com reverência, como se cada gesto fosse uma promessa silenciosa. A cada instante, a intimidade entre eles se aprofundava, a distância diminuindo até que não restasse mais nada entre os dois além de amor e entrega. Em um momento de quietude, enquanto ele a olhava com uma mistura de carinho e desejo, Catarine ergueu a mão até o rosto dele e perguntou, com uma curiosidade suave: “Como… como a transformação vai acontecer?” Christian a observou, compreendendo o peso da pergunta e o desejo dela de fazer parte de sua vida. Ele passou a mão pelo cabelo dela com um gesto afetuoso e explicou com a voz baixa e segura: “Você só precisa ser mordida, Cate,” disse ele. “Mas é um ritual. Um ritual de lua cheia, feito por um alfa. Quando eu fizer isso, você vai estar pronta. Vai fazer parte de nós, será uma de nós.” Ele inclinou-se para beijá-la novamente, e naquele momento, ela sentiu um novo tipo de segurança crescendo em seu coração. Ele estava ao seu lado, pronto para guiá-la, e ela sabia que, dali em diante, ele seria seu norte, não importando onde aquela jornada os levasse.
Enquanto a intimidade se aprofundava entre eles, Christian continuava a explicação entre beijos suaves, a respiração dos dois misturando-se no ar morno da cabana. Ele removia cada peça de roupa de Catarine com uma ternura cuidadosa, revelando lentamente o corpo dela. A cada toque, a conexão deles crescia, os movimentos lentos e atenciosos, como se ele estivesse redescobrindo cada detalhe dela. “Demétrio vai te morder em uma noite de lua cheia,” murmurou ele, com os lábios tocando suavemente a curva de seu pescoço. "E então, pronto, você será uma de nós." Ela o olhava nos olhos, buscando por qualquer traço de incerteza, e questionou suavemente, "Vai doer, Christian?” Ele a segurou com firmeza, o carinho em seu olhar ainda mais intenso. “Sim, vai doer um pouco, Cate. Mas não será nada comparado a tudo que você já enfrentou. Você é forte. Uma guerreira,” disse ele, a voz cheia de admiração e amor. “É isso que eu mais amo em você.” Enquanto ele percorria o corpo dela com um toque reverente, seus olhos capturaram um detalhe que não havia notado antes — pequenas sardas salpicadas ao longo de sua pele, como constelações. Ele parou por um momento, deslizando os dedos sobre elas e sorrindo. “Suas sardas...” diz Christian, a voz suave, carregada de admiração. “São lindas... tanto quanto o restante de você.” sussurrou ele, o tom suave e cheio de sinceridade. Ela sorriu, o coração acelerado, sentindo-se completamente vista e amada, como se, finalmente, tivesse encontrado seu lar ao lado dele.
As palavras de Christian pareciam aquecer ainda mais o ambiente, preenchendo o espaço com uma intimidade que ultrapassava o físico, criando uma conexão quase palpável entre eles. Os dois se moviam em sintonia, os corações batendo em um ritmo que parecia compassado, como se pertencessem à mesma melodia secreta. Os beijos de Christian eram delicados e intensos, enquanto ele explorava o corpo de Catarine com cuidado e adoração, redescobrindo cada centímetro dela, como se gravasse na memória cada toque e suspiro. Lentamente, eles se deitaram juntos sobre o chão de madeira, em meio à luz suave que entrava pela janela, criando sombras que dançavam ao redor deles. Cada movimento era uma promessa silenciosa de que, não importa o que viesse, estariam juntos. Por um instante, ele parou, os olhos correndo sobre o rosto dela, visivelmente emocionado. “Não sei se você tem ideia de quanto esperei por isso,” ele disse em um sussurro carregado de emoção, os dedos entrelaçados aos dela. Catarine sorriu, sentindo-se completamente segura e envolta naquele amor tão profundo e verdadeiro. Sem mais palavras, o beijo entre eles se intensificou, e a noite prosseguiu com a promessa de que não estariam mais sozinhos — nem ele, o lobo, nem ela, a humana guerreira, em breve, ela seria sua companheira para sempre.
Catarine passou a mão delicadamente sobre o peito de Christian, os dedos roçando sobre os contornos da grande águia de asas abertas que parecia tomar vida com cada respiração dele. Fascinada, ela traçou as linhas da tatuagem, o olhar atento e curioso. Christian sorriu ao perceber o interesse dela e suspirou, a mente voltando aos dias distantes e às memórias que aquela águia carregava. "Foi há muito tempo, Cate, por volta de 1200. Estava com uma tribo guerreira, os Kumunxa, que viviam nas florestas do norte. Eles acreditavam que o guerreiro mais forte precisava carregar consigo o espírito de um animal sagrado, algo que fosse seu guia em batalha e nos momentos de solidão." Ele fez uma pausa, os olhos se perdendo nas lembranças, enquanto Catarine ouvia atentamente. "A águia foi escolhida para mim — o símbolo da visão, da liberdade e da força. Para eles, eu precisava provar meu valor como guerreiro, resistindo à dor da tatuagem. Então usaram carvão queimado e uma agulha feita de osso e espinho. O processo era longo e, a cada perfuração, a dor parecia se espalhar pelo corpo como se eu estivesse me fundindo com aquele animal. Cada traço preenchido era um teste de resistência, e eu sabia que, se aguentasse até o fim, teria o respeito deles."
Ele ergueu o olhar para Catarine, o brilho de quem havia superado batalhas — por dentro e por fora. "Quando o ritual terminou, fui aceito como um deles. A águia agora era parte de mim, me guiando em todas as minhas escolhas e lutas. Carregar essa marca sempre me lembrou de que sou mais do que a fera, mais do que o lobo. Ela é a minha força e, ao mesmo tempo, meu equilíbrio." Catarine tocou a tatuagem com ainda mais reverência, sentindo o peso da história e a profundidade daquele símbolo. "Ela é linda, Christian… e agora entendo por que ela parece tão viva em você." Ele sorriu, puxando-a delicadamente para mais perto. "Ela só ficou mais viva agora que tenho você ao meu lado."
A cabana parecia envolta em um calor acolhedor, contrastando com o frio severo que dominava a floresta além das paredes de madeira. Lá fora, a neve continuava a cair, em silêncio absoluto, um manto branco cobrindo a clareira ao redor, enquanto, lá dentro, o calor dos corpos de Catarine e Christian aquecia o espaço, tornando o ambiente quase sufocante de tão íntimo. Suas peles se tocavam com uma gentileza e urgência ao mesmo tempo. O calor crescente entre eles era quase palpável, o ar preenchido com um perfume terroso e salgado, um misto de lenha queimando e suor. A cada carícia, cada suspiro, o corpo de Christian parecia emanar uma energia calorosa, quase como uma fogueira viva, que contrastava com a frieza do mundo lá fora. Ele a segurava como se fosse uma promessa, os dedos traçando lentamente o contorno do corpo dela, como se quisesse memorizar cada curva, cada detalhe. Catarine fechou os olhos, os sentidos todos voltados para a presença dele. Ela sentia o coração de Christian batendo contra seu próprio peito, um ritmo forte e reconfortante. O calor do corpo dele fundia-se ao dela, dissipando qualquer vestígio do frio que tentava se infiltrar pela janela de madeira.
O ambiente tornou-se quase estupidamente sufocante, os corpos dos dois fundidos em uma dança quase frenética em busca de mais contato, de mais proximidade. A respiração de Christian se tornara ofegante, e seus lábios deslizavam lentamente pela curva do pescoço de Catarine, enquanto as mãos seguravam-na com força quase possessiva, como se medo de perdê-la. Enquanto ele a tocava, beijava, explorava, palavras ternas escorriam de seus lábios como uma melodia suave. Catarine estava deitada de costas no chão frio de maneira, apoiada nos cotovelos, a parte superior do seu corpo assim como suas pernas estavam retas, mas afastadas, abrigando o corpo forte de Christian, que estava deitado em cima dela, seus rostos estavam próximos a parte superior do corpo dele estava estendida, e seus braços estavam em volta dela, como se a protegesse de tudo, os pés de ambos se tocam delicadamente, e ele beijava o pescoço e lábios dela, enquanto seu membro se movia delicadamente em seu interior. Cada movimento era um pulsar de prazer compartilhado, uma sinfonia silenciosa e intensa de paixão e entrega. Christian parecia se mexer em perfeita harmonia com o corpo dela, como se fossem feitos um para o outro, encaixando-se com uma precisão tão natural quanto o eco de uma voz no meio da floresta. Os lábios dele continuavam sua jornada pelo pescoço dela, suas palavras saindo meio abafadas entre mordidas e beijos: "Cate, você… sua..."
Ela se perdeu nas sensações, no calor, na conexão quase primitiva que compartilhavam. O mundo exterior não existia ali, apenas Christian, seus braços fortes, seus lábios ternos, a força calma de sua presença. Enquanto ele se mexia dentro dela, ela sentia apenas o pulsar do prazer, a maneira como sua respiração misturava-se com a dele, seus suspiros se unindo em uma espécie de idioma único que ninguém entenderia. Ela podia sentir as batidas aceleradas de seus corações, e a sensação parecia uma espécie de música. No meio dos encontros frenéticos e os beijos apaixonados, ela o puxou ainda mais próximo, uma mistura de desejo e necessidade quase desesperada, querendo absorvê-lo por completo, sentindo-se presa numa rede de sentimentos. As mãos de Christian, que estavam em sua cintura, deslizavam lentamente por suas costas, e ele murmurou um "eu te amo" contra seu ouvido, a voz rouca e quase trêmula de emoção.
As três simples palavras foi o suficiente para fazer Catarine se perder em uma queda deliciosa de sentimentos e emoções, e como em uma verdadeira armadilha de sentimentos, ela levantou o quadril, fechando as pernas em torno da cintura de Christian. Ele gemeu com o movimento dela, e levantou ela com delicadeza, ficando de joelhos pressionando as mãos no chão para não deixá-la fazer nenhum movimento. A posição permitia que ele a penetrasse o mais profundamente possível, fazendo-a estremecer seus sentimentos mais secretos e mostrar que exatamente o homem é capaz de controlar seu corpo, enchê-lo de emoções que não se pode esconder. A intimidade atingiu um patamar sem igual, uma fusão intensa de corpos. Cada empurrão parecia levar-os ainda mais longe, abrindo as portas para emoções que Catarine nunca imaginara sentir. Os dedos de Christian afundavam na pele dela, sustentando-a firme contra ele enquanto sustentava o olhar dela, um misto de paixão e ternura intensa nos olhos escuros. Cada movimento era controlado, cada suspiro, quase como uma canção silenciosa de êxtase compartilhado.
"Você é minha Catarine...minha mulher....hoje e sempre." Ele murmurou, aumentando o ritmo e sentindo o cheiro característico dela se misturando com seu suor. Christian amava o cheiro de Catarine, era uma mistura deliciosa de terra molhada, folhas secas, uma fragrância sutil que emanava do corpo dela como se ela fosse a própria deusa da natureza. "Eu amo seu cheiro." A declaração de Christian a atingiu com força, fazendo-a estremecer enquanto ele continuava a se mexer dentro dela. Ela se agarrava a ele com uma determinação quase desesperada, com os dedos se enterrando suavemente em seus ombros. A intensidade era quase insuportável, uma manta de fogo que envolvia cada fibra de seu ser. Ela podia sentir cada batida apressada do coração dele ecoando em seu próprio peito, uma dança frenética que refletia o desejo compartilhado. Christian continuava a falar baixinho, as palavras deslizando de seus lábios em uma corrente sussurrante, com cada frase fazendo Catarine se perder ainda mais na tempestade de sentimentos. Suas mãos estavam agora na cintura dela, e ele a puxou suavemente, o movimento aumentando ainda mais a pressão de seus corpos, a maneira como eles se ajustavam perfeitamente um no outro. A respiração dela era rápida e entrecortada, e as palavras de amor de Christian pareciam um mantra que ecoava na mente dela.
"Ah, Sas...você...me faz sentir tão bem..." Ela fechou os olhos e gemeu mais alto agora, sentindo as estocadas dele aumentarem de ritmo. Christian respondeu aumentando o movimento, seu corpo se mexendo quase freneticamente, quase como se estivesse tentando atingir o máximo de proximidade possível. Cada respiração era uma tortura deliciosa, cada palavra de Catarine era um aceno incentivando-o a ir além, a descobrir limites onde ele sabia que podiam existir. A intensidade era quase insuportável, enquanto a cabana se enchia com o som de sua paixão de vida. A forma como os olhos dela encontravam os dele era uma espécie de chamado, uma súplica muda para que ele fosse ainda mais fundo, para que ele se afogasse nela e ela nele, até que eles se esquecessem de onde começava um e terminava o outro. Enquanto se movimentava dentro dela, Christian se inclinou para frente, tomando-a em um beijo que parecia esgotar-lhe ainda mais a razão, um gesto de paixão quase possessivo.
"Cate...ah!" Ele gemeu entre os lábios dela, as mãos grandes escorregando mais facilmente no corpo devido ao suor intenso. "Sas...Sas..." Ela continuava a chamar pelo apelido íntimo, aumentando ainda mais a excitação dele. A língua dele desceu pelo pescoço dela, sentindo o gosto salgado do seu suor. Cada pequena mudança no ritmo de Christian era quase uma bênção, fazendo-a estremecer enquanto ele a beijava e acariciava, com seus corpos em perfeita harmonia. As palavras dela pareciam soar como música aos ouvidos de Christian, alimentando seu próprio desejo, até que ele não conseguia mais evitar o movimento frenético de seu corpo enquanto se enterrava profundamente nela, guiado pelo som de seu apelido na boca dela. O cheiro, o gosto, a sensação dela era tudo o que ele desejava, tudo o que ele necessitava. "Cate...eu estou quase terminando." Ele murmurou. Fechando os olhos com força, pronto para se derramar dentro dela. Os sussurros de Christian eram quase desesperadores, e Catarine podia sentir sua proximidade, a maneira como seu corpo se tencionava no limite. Ela se agarrou a ele, suas unhas fincando suavemente em suas costas enquanto ela mexia o quadril contra ele, aumentando a pressão, quase como se estivesse o desafiando a finalmente atingir o ápice. "Christian..." O nome dele era quase um gemido, repleto de urgência. Ela estava pronta, pronta para sentir seus braços se fechando em torno dela. "Me deixe sentir você... agora..." As palavras dela fizeram-no estremecer, e ele aumentou novamente a velocidade e a pressão, enquanto seus braços a seguravam firme. Ele mordeu o lóbulo da orelha dela, e murmurou em um tom rouco: "Cate...por favor..."
A intensidade do momento envolveu os dois como uma onda avassaladora, cada batida de seus corações ecoando na cabana aquecida. As unhas de Catarine se enterraram ainda mais na pele de Christian, como se ele fosse sua âncora, seu porto seguro em um mar de emoções. Ela o puxou para mais perto, buscando a proximidade que parecia satisfazer uma necessidade profunda dentro dela. “Por favor, Christian…” A voz dela era um sussurro carregado de desejo, um pedido desesperado que ressoou nas fibras mais íntimas de Christian. Ele podia sentir a urgência dela, como se estivesse à beira de um abismo, pronta para se lançar em um desconhecido repleto de promessas. A respiração de Christian tornava-se cada vez mais ofegante, perdido na avalanche de sensações que ela provocava. A pele de Catarine estava quente contra a sua, e a umidade dela o envolvia, facilitando cada movimento. Era como se o mundo externo houvesse desaparecido, deixando apenas a essência de ambos, unidos em um turbilhão de desejo e paixão. Ele a olhou nos olhos, uma conexão profunda e intensa, como se pudesse enxergar sua alma. E, em um instante instintivo, seu lado mais primitivo se manifestou. Com um impulso quase animal, Christian inclinou-se e mordeu o ombro dela, o gesto simultaneamente possessivo e carinhoso. A mordida era forte, um lembrete do que ela estava prestes a se tornar, e ao mesmo tempo um ato de entrega. Catarine arqueou-se contra ele, um gemido escapando de seus lábios enquanto o orgasmo de Christian se desenrolava dentro dela. A sensação foi quase elétrica, e a mordida se transformou em um símbolo de sua união, um marcador de território e amor. O prazer e a dor se entrelaçavam, tornando-se uma dança íntima entre eles.
Ela envolveu Christian com seus braços, o corpo tremendo levemente com a intensidade do clímax compartilhado. Por um breve momento, eles eram apenas dois corpos fundidos em um só, suas respirações se misturando, criando um hino silencioso de prazer e entrega. O calor da cabana os envolvia, enquanto a neve caía silenciosamente do lado de fora, uma lembrança do mundo lá fora que agora parecia distante e irrelevante. À medida que a paixão começava a ceder lugar à exaustão, um silêncio reconfortante se instalou entre eles. Os olhos de Christian encontraram os de Catarine, um brilho de satisfação e ternura dançando neles, e naquele olhar, ele sabia que havia cruzado uma nova fronteira em sua relação. Ela era mais do que uma humana; ela estava se tornando parte de um mundo que ele sempre conheceu, e agora, eles enfrentariam esse novo futuro juntos. Christian olhou nos olhos de Catarine, um sorriso radiante surgindo em seu rosto. “Eu quero que você seja a mãe dos meus filhos,” ele disse, a sinceridade em sua voz preenchendo a cabana com uma intimidade ainda mais profunda. As palavras flutuaram no ar, carregadas de promessas e sonhos que ele havia guardado em seu coração. A ideia de uma vida ao lado dela, construindo uma família, parecia a conclusão perfeita para o que haviam vivido juntos. Catarine, surpreendida, soltou uma risadinha suave, um som que parecia derreter a neve do lado de fora. “Quantos filhos você desejar, meu amor,” respondeu ela, o brilho de alegria em seus olhos refletindo sua disposição para embarcar nessa nova jornada com ele. A possibilidade de formar uma família, de criar novos laços e compartilhar momentos preciosos, acendeu uma chama de felicidade dentro dela. Christian inclinou-se para mais perto, envolvendo-a em seus braços, a segurança e o calor de seu corpo transmitindo um conforto indescritível. “Eu não sei quantos, mas... muitos. Eu quero uma casa cheia, com risadas e uivos,” ele brincou, a visão de crianças correndo ao redor deles, brincando e explorando, tomando forma em sua mente. O sorriso de Catarine se alargou, seus olhos brilhando com um misto de amor e esperança. “Então, vamos fazer isso acontecer. Assim que a lua cheia chegar e a transformação acontecer, começaremos essa nova aventura juntos,” ela disse, a determinação em sua voz soando como um juramento silencioso.
“Sim,” ele respondeu, a emoção quase o fazendo perder o fôlego. “Vamos fazer isso juntos, sempre.” A conexão entre eles se intensificou, cada toque e cada olhar repletos de significado. Christian sentiu-se ainda mais próximo dela, não apenas como amante, mas como parceiro de vida, alguém que sonhava com o futuro e tudo o que ele traria. “Eu te amo, Catarine,” ele sussurrou, suas palavras envoltas em uma sinceridade que fazia seu coração bater mais forte. “Eu também te amo, Christian,” ela respondeu, sua voz suave como um sussurro, enquanto eles se deixavam levar novamente pela onda de intimidade que os envolvia, prontos para enfrentar qualquer desafio que o futuro lhes reservasse, juntos.