Seus lábios desceram pelo pescoço e ombros dela, sua língua acariciando a pele sensível enquanto suas mãos percorriam as curvas do corpo dela. Ele queria desesperadamente seguir para frente, mas não podia suportar a ideia de machucá-la ainda mais. Christian mordeu suavemente o lóbulo da orelha dela, em um gesto que era ao mesmo tempo apaixonado e possessivo. "Relaxe," ele murmurou novamente, suas mãos deslizando pelas costas dela. "Christian...Ah...Christian." Catarine murmurava, ela sentia a dor de ser invadida, sua genitália apertava em torno do membro de Christian, fazendo o lobo se excitar ainda mais. Christian podia sentir a pressão de seu corpo contra o seu, enquanto ela murmurava seu nome como um mantra. Seu desejo por ela era quase incontrolável, mas ele tentou conter-se, sabendo que ela precisava sentir mais prazer do que dor. Ele aumentou a intensidade dos beijos, sua língua roçando contra o pescoço dela, tentando distraí-la enquanto seu corpo se movia contra o dela. "Está melhor?" Ele murmurou, suas mãos deslizando pelas coxas dela novamente. Ela olhou para ele com confiança. Não existia mais nenhum homem no mundo ao qual ela desejava passar por isso se não ele. "Está...suportável." Ela admitiu, ainda sentindo a dor. Christian assentiu, suas mãos deslocando-se para sua cintura, acariciando-a suavemente. Ele podia sentir a confiança dela, e desconfiava que não era apenas coragem, mas sim algo mais, algo que pertencia somente a ele. "Isso, suportável é bom," ele murmurou contra a pele dela. "Eu vou ir... bem devagar. Apenas relaxe e me diga se for demais."
Ele começou a deslizar para fora, mas apenas um pouco, antes de volver novamente, mais para dentro dela. Ele observou seu rosto enquanto fazia isso, tentando julgar a dor que ela poderia está sentindo. "Como está?" Ele perguntou, sua voz rouca e cheia de desejo Catarine mordeu o lábio, o desconforto ainda presente, mas suportável. Ela sentia-se esticada e cheia, apesar de sua experiência ainda ser limitada. "Está melhor," ela finalmente conseguiu dizer, olhando nos olhos dele. "Mas eu ainda sinto um pouco de dor." Enquanto ele a penetrava, um misto de prazer e dor se instalou entre eles. Os gemidos de Catarine escaparam de seus lábios, e ela apertou os olhos, sentindo a intensidade daquela nova experiência. A dor era inevitável, mas logo foi acompanhada por ondas de prazer, como se seu corpo estivesse aprendendo a responder a cada toque, a cada movimento. Christian a observava, preocupado, tentando sintonizar-se com suas reações, buscando entender cada nuance de como ela se sentia. “Cate...” Ele murmurou, um nome que agora carregava um peso especial, uma conexão profunda entre os dois. Ele se movia devagar, respeitando o limite dela, enquanto tentava fazer a experiência o mais prazerosa possível. A floresta ao redor parecia estar viva, e os sons da noite se misturavam aos gemidos suaves que escapavam de Catarine, formando uma sinfonia privada de paixão.
Christian observava-a, seus olhos fixos nos dela enquanto ele movia-se dentro dela. Ele podia ver a mistura de dor e prazer em seu rosto, o desconforto dando lugar aos gemidos e aos apertos. Cada centímetro que ele entrava parecia aprofundar a conexão entre eles, fazendo com que a floresta ao redor desaparecesse diante da intensidade do momento. "Cate," ele murmurava novamente, sua voz cheia de ternura. "Você está..." Ele hesitou, uma pergunta surgindo na mente. "Está... está se sentindo bem?" A pergunta saiu hesitante, com um toque de dúvida. Ele não queria arriscar causar mais dor do que prazer, mas também queria saber como ela se sentia. Christian continuava se movendo devagar, tentando equilibrar o desejo com a responsabilidade de cuidar dela. Catarine abriu os olhos para encará-lo, um tanto confusa pela pergunta. Por um momento ela não soube como responder, ela sentia tantas sensações ao mesmo tempo. O desconforto ainda estava presente, mas era agora acompanhado por ondas de prazer que percorriam seu corpo. Ela mordeu o lábio novamente, tentando dar forma à confusão dentro dela. "Eu... eu não sei," ela admitiu, tentando traduzir as sensações para palavras. "É... é estranho."
Christian soltou um suspiro, sua expressão suave e gentil enquanto olhava para ela. Ele podia perceber a confusão em seus olhos, e sentia que precisava ser ainda mais cuidadoso. Ele parou brevemente, deixando seu corpo completamente imóvel dentro do dela. "Está tudo bem," ele a assegurou, sua mão acariciando suavemente a bochecha dela. "Eu só quero ter certeza de que você está bem." Catarine olhou para ele, a confiança de Christian era tão reconfortante quanto sua ternura. Ela podia sentir a conexão entre eles, aquela sensação única que só Christian poderia proporcionar. "Eu sei," ela murmurou, seus olhos travados nos dele. "Só... só é tudo diferente." Ele acenou com a cabeça, entendendo o que ela queria dizer. Ela ainda estava se adaptando, ainda tentando compreender o que seu corpo sentia. Christian se inclinou mais para perto, sua voz mais baixa enquanto ele falava. "Eu vou ir devagar," ele assegurou.
Com o corpo unido ao de Christian, Catarine podia sentir a intensidade de cada toque, cada movimento deles em sincronia perfeita. Enquanto a dor inicial dava lugar ao prazer, ela se entregava a ele, permitindo que sua paixão fosse revelada livremente. Cada suspiro, cada gemido era como um convite para que ele fosse mais longe, mais fundo, levando-a a um terreno desconhecido de prazer. Seus corpos se moviam como se fossem um, cada toque transmitia uma mensagem de conexão profunda. "Christian....Christian...Sastre....Ah! Sas..." O apelido íntimo criado no calor do momento, fez os sentidos lupinos de Christian se acenderem. "Me chame assim de novo..." O pedido de Christian surpreendeu Catarine, mas ela rapidamente se recompôs, encarando-o com um olhar ardente. "Sas..." ela sussurrou, sua voz carregada de uma mistura de paixão e vulnerabilidade. As palavras eram quase como um elogio, um testemunho ao amor que sentia por ele. Enquanto ela pronunciava o apelido dele, podia sentir-se cada vez mais conectada a ele, cada sussurro um convite para que ele fosse mais longe, mais ousado. Enquanto Christian se movia dentro dela, cada movimento parecendo inflamar ainda mais a paixão dentro deles, Catarine podia sentir-se cada vez mais a deriva, entregando-se inteiramente à experiência deles. Suas mãos agarraram as costas de Christian, procurando algo para se agarrar e manter-se firmemente no presente. Os gemidos que escapavam de seus lábios eram cada vez mais altos, como um convite para que ele a levasse mais longe, mais fundo nesse território desconhecido de prazer.
Christian podia perceber a intensidade no olhar dela, a entrega completa a ele. Suas mãos percorriam seu corpo, como se tentando memorizar cada contorno, cada reação. Enquanto ele se mexia dentro dela, podia sentir seu corpo ficando mais apertado, sua respiração cada vez mais rápida. Cada gemido dela era como um pedido para que ele não parasse, para que fizesse ainda mais. "Cate," ele murmurava, sua voz rouca e cheia de desejo. "Cate... Meu amor..." Catarine podia sentir seu corpo se contraindo a cada movimento dele, seu nome saindo de seus lábios como uma súplica. Ela agarrou-se a ele, como se fosse sua única âncora na realidade, enquanto a sensação de prazer crescia dentro dela. Cada célula de seu corpo estava em chama, cada toque de Christian parecendo inflamar ainda mais o fogo que ardeu dentro dela. "Sas... ah... não pare..." Ela sussurrou, sua voz cheia de desejo. "Eu... eu preciso de você...Ah Sas...isso...doi...mas...é tão bom..." Christian a beijou, segurando firme em suas coxas e enfiando mais fundo nela. "Vou fazer a dor sumir..." Enquanto ele a penetrava, o sangue de sua pureza e virgindade escorria de suas coxas. A dor era intensa, mas aos poucos se transformava em algo diferente, misturando-se com o prazer que Catarine sentia. Cada movimento fundo de Christian parecia acender pequenas chamas dentro dela, como se ele estivesse tocando lugares dentro dela que nunca tinham sido tocadas antes. As palavras dele pareceram acalmar qualquer temor que ela ainda mantivesse, e ela se entregou completamente a ele, confiando em sua promessa de fazer a dor sumir. O sangue de sua pureza escorria pelas coxas, um lembrete da barreira que tinha caído entre eles. Christian podia sentir sua resistência aos poucos desaparecendo, cada gemido dela sendo um convite para ir mais fundo, mais rápido. Cada toque dela, cada sussurro, era como uma prova de que ela queria isso tanto quanto ele. Enquanto ele se movia dentro dela, podia sentir seu próprio controle desaparecendo, sua vontade de tê-la, possuí-la, consumindo-o completamente. "Cate..." Christian murmurou, sua voz rouca e cheia de desejo. "Cate, você é tão perfeita..."
As palavras de Christian parecem entrar em eco, fazendo suas entranhas parecerem estar em chamas de desejo. Catarine podia sentir a dor virando prazer, sua pele formigando a cada movimento dele, seu corpo entregue completamente a ele. "Sas.. .ah... Por favor, eu preciso de você..." Ela suplicou, sua voz desesperada. "Eu... eu te quero... Eu preciso de você dentro de mim.." As palavras saem de seus lábios como um convite, como um pedido por ele para ir mais fundo, mais longe, até a levar bem além. Christian podia ver a necessidade em seu olhar, sentir a urgência em sua voz. Cada palavra sua soava como um convite para ele se entregar ainda mais, para levá-la a limites que ela nunca imaginou possível. "Eu estou aqui," ele sussurrou, enquanto continuava se movendo dentro dela, seu corpo preso em uma espiral de desejo e paixão. Cada impulso de seu quadril parecia acender novas chamas dentro dela, como se ele estivesse marcando-a de uma forma indescritível. "Eu vou te dar tudo o que você quer," ele prometeu. Catarine gemia mais e mais, agarrando-se com força aos ombros de Christian para não cair, enquanto ele sustentava o peso do corpo dela na árvore, suspendendo ela no ar, e afundando-se mais dentro dela. As costas dela raspavam na casca grossa, e o sangue de sua pureza escorria mais por suas pernas, manchando a calcinha branca que estava em seu tornozelo.
Christian podia ver as costas de Catarine arranhando a casca da árvore, o cheiro de sangue que escorria de suas pernas, deixando um rastro de sua pureza sendo deixado para trás. Cada suspiro, cada gemido dela era como uma prova de sua entrega total à ele. Suas mãos percorriam suas curvas, como se tentando marcar cada pedaço de sua pele com seu toque, seus lábios encontrando sua garganta, onde a pulsação estava frenética. "Cate..." Ele murmurou como uma oração, enquanto continuava se movendo dentro dela, a sensação de tê-la totalmente entregue a ele era quase difícil. Ele se perdeu em cada segundo, em cada movimento, sua mente submergida num mar de prazer e desejo. Sua língua encontrou seu ombro, onde ele mordeu, como se tentando marcar, possuí-la, fazendo com que Catarine sentisse tanto prazer quanto dor. Suas mãos encontraram sua cintura, sustentando-a com força enquanto ele a apoiava na árvore, sua força a mantendo suspensa enquanto ele afundava ainda mais em seu interior. "Cate... você é minha...." Catarine afirmou, ofegante. "Sas...eu sou sua....meu lobo..." A declaração de Catarine foi como uma corrente elétrica para Christian, que sentiu uma onda de prazer e possessão percorrer seu corpo inteiro. Suas mãos se fecharam mais em sua cintura, enquanto ele a sustentava contra a árvore, totalmente entregue a ela. "Sim, minha humana, você é minha," ele murmurou, sua voz rouca de desejo. "Minha e de mais ninguém."
Ele continuou se movendo, cada impulso mais forte, mais decidido. Seus olhos encontraram os dela, e Christian podia ver a entrega total que havia dentro de Catarine, uma confiança completa que ela só podia lhe dar. Cada gemido dela, cada suspiro era um convite para que ele fosse mais longe, mais fundo, além do limite que eles tinham agora. "Minha..." Ele repetiu, sua voz quase um rosnado, enquanto continuava a possuí-la. A intensidade que fluía entre eles era palpável, cada célula de seus corpos em fogo enquanto se moviam em perfeita sincronia. Catarine tinha se entregado totalmente a ele, sua mente e corpo entregues completamente. Cada vez que Christian se movia dentro dela, podia sentir seu corpo se contrair, como se tentando prendê-lo, mantê-lo perto dela. "Sas... não pare...por favor, não pare..." Ela implorou, seu corpo arqueando contra o dele, suas mãos agarrando com força seus ombros. Cada movimento dela, cada gemido, só fazia com que o ponto de não retorno de Christian se aproximasse, mais e mais. Seu corpo estava tenso, todo concentrado na sensação de estar dentro dela, de tê-la totalmente entregue a ele. As palavras dela, dizendo para ele não parar, só serviam para atiçar o fogo dentro dele, fazendo com que ele a possuísse ainda mais profundamente. "Cate..." ele gemeu, sua voz fraca. "Eu... eu não vou aguentar por muito tempo..." Sua respiração estava acelerada, sua mente e corpo totalmente entregues à sensação de estar tão próximo das bordas do prazer. Mas, antes que ele pudesse se entregar, Christian precisava saber, precisava ouvir novamente as palavras dela. "Cate..." Ele sussurrou, sua voz quase um rosnado de desejo, enquanto continuava se movendo dentro dela. "Me diga... diga de novo..."
Catarine podia sentir a intensidade crescendo dentro dela, a sensação do orgasmo se aproximando de forma quase incrível. Suas palavras foram como um pedido desesperado para que ele não parasse, para que continuasse a levá-la além, a cada impulso, cada vez mais fundo. "Não pare... por favor, não pare, Sas..." ela ofegou, seu corpo arqueando contra o dele, cada célula de seu ser em chamas com o prazer que ela sentia. Mas, então Christian lhe pediu algo. "Cate... dê-me isto..." A exigência de Christian era clara, e apesar da intensidade do momento, Catarine entendeu o que ele queria. Os olhos dela encontraram os dele por uma fração de segundo, e apesar da névoa de desejo, ela soube o que ele quis dizer. Sua voz estava fraca, mas ela conseguiu dizer as palavras que ele queria ouvir. "Eu... eu sou sua... sua, Sas." Christian podia sentir o impacto das palavras dela em cada célula de seu ser. Suas mãos apertaram ainda mais em suas coxas, enquanto seu corpo a possuía com mais força, como se tentando se aprofundar mais nela, o mais longe possível. As palavras dela ressoaram em sua mente, seu tom fraco, mas repleto de entrega, foram como gasolina em um incêndio que já estava fora de controle. "Cate..." ele murmurou, enquanto afundava cada vez mais nela, seu corpo em chamas com o orgasmo que chegava a qualquer segundo. "
"Eu sou sua... sua, Christian." A voz de Catarine era quase um sussurro, mas as palavras ecoavam através de Christian, como um fogo que o consumia por dentro. Ele gemeu, o controle quase perdido enquanto continuava a penetrá-la, mais e mais fundo, como se tentando atingi-la o mais fundo possível. Cada súplica de Catarine, cada gemido de prazer, só servia para inflamar ainda mais o desejo dele. "Eu..." ele tentou formular palavras, mas as ações estavam tomando conta dele. "Eu..." Mas Christian não conseguiu terminar a frase, a intensidade finalmente atingindo seu limite e levando-o além do ponto de retorno. O orgasmo explodiu dentro dele, e ele se entregou completamente à sensação, seu corpo tremendo enquanto ele finalmente se liberava dentro dela, cada onda de prazer parecendo percorrê-lo de forma avassaladora. Christian gemeu, seu corpo finalmente relaxando enquanto ele a sustentava contra a árvore, tentando recuperar o fôlego.
Christian permaneceu apoiado na árvore, com Catarine ainda em seus braços, os corpos dos dois suados e tremendo com a intensidade do que haviam acabado de compartilhar. Ele tentou recuperar o ar, seu peito subindo e descendo com dificuldade enquanto ele a segurava com força. Suas mãos ainda tremiam levemente enquanto acariciavam sua pele, como se tentando garantir que ela estava bem. A respiração dele estava acelerada, seu coração batendo com força dentro do peito. Christian podia sentir o gosto dela nos lábios, seu suor entremeados com o dele, enquanto o aroma de ambos enchia o ar entre eles. Ele fechou os olhos por um momento, tentando absorver tudo o que haviam vivido juntos. "Catarine..." Ele sussurrou, a voz ainda embargada pelo esforço e pelas emoções que continuavam a percorrer seu corpo. Ele a levou para mais perto, apoiando-a contra seu corpo de forma a fazer com que seus corpos ficassem o mais próximo possível. Sentia a pele dela contra a sua, quente e úmida, e podia sentir a batida frenética do coração dela contra seu peito. Christian abaixou a cabeça e apoiou o rosto na curva de seu pescoço, aspirando o aroma dela, enquanto suas mãos acariciavam suavemente suas costas, como se tentando acalmá-la depois do intenso momento que tinham compartilhado. "Sas...eu te amo..." Ela admitiu finalmente. As palavras de Catarine atingiram Christian como uma onda de emoção, e ele fechou os olhos novamente, absorvendo o peso de seu amor. Ele se afastou apenas o necessário para olhar em seus olhos, a expressão em seu rosto uma mistura de emoção e alívio. "Eu também te amo, Cate," ele sussurrou, sua voz ainda um pouco fraca, mas cheia de certeza. "Eu te amo mais do que qualquer coisa neste mundo."
No entanto, a tranquilidade daquela noite mágica foi abruptamente interrompida quando Wenzel se aproximou. Ele estava determinado a encontrar Catarine, a preocupação tornando-se uma urgência em seu coração. Quando os sons da floresta finalmente revelaram o que estava acontecendo, seu estômago se revirou em horror. A cena à sua frente era um golpe brutal contra tudo o que ele acreditava. Catarine, ofegante, sua beleza desfigurada pela intensidade do que estava experimentando, estava ali, envolvida com um homem desconhecido. A calcinha arriada em seu tornozelo, o sangue da pureza dela escorrendo pelas coxas, um símbolo do que ela havia se tornado, da barreira que havia caído entre eles. Wenzel parou, o coração disparando, sentindo uma onda de impotência e raiva. Ele não conseguia acreditar no que via. O homem que tinha a mulher prometida a ele estava ali, a invadindo de uma forma que deveria ser exclusiva para ele. A traição perfurou sua alma como uma faca afiada, e ele mal conseguiu conter a fúria que borbulhava dentro dele. Catarine e Christian estavam tão imersos um no outro que não perceberam os passos de Wenzel se aproximando, até que ele estava ali, diante deles, a realidade de sua dor inegável. O ar ficou denso, e a atmosfera vibrava com a tensão do momento, enquanto os olhos de Wenzel se fixavam em Christian, um homem que agora representava tudo o que ele odiava. Catarine finalmente percebeu a presença de Wenzel, um frio súbito a atravessou, e o sorriso de satisfação em seu rosto se desfez instantaneamente. Ela se sentiu exposta, vulnerável, enquanto a verdade de sua situação se revelava em toda sua crueldade. A floresta parecia congelar ao redor deles, o silêncio sendo apenas um prenúncio do caos que estava prestes a eclodir. Wenzel sentiu como se a terra sob seus pés tivesse desmoronado. A fúria queimava em suas veias como um incêndio incontrolável, e ele não conseguiu conter o grito que escapou de seus lábios. "Sua vadia..." ele rugiu, a voz ecoando entre as árvores, carregando a dor de sua traição. "Você se entregou a outro homem estando noiva de mim?"
Christian, percebendo a tempestade que estava prestes a se formar, rapidamente se afastou de Catarine, vestindo suas calças com movimentos apressados. O olhar de Wenzel era como uma lâmina afiada, cortando a atmosfera carregada de prazer e intimidade que antes dominava o momento. Determinado a proteger Catarine, Christian se posicionou entre ela e Wenzel, os músculos tensos, a expressão decidida. "Não se aproxime dela," Christian advertiu, a voz profunda e firme, desafiando a fúria do marinheiro. Ele sabia que a situação era crítica, mas sua proteção a ela era inegociável. Os olhos de Wenzel se estreitaram, a raiva transbordando como um vulcão prestes a entrar em erupção.
"Você se atreve a se colocar entre mim e minha noiva?" Wenzel disparou, sua voz tremendo de fúria. "Você acha que tem o direito de proteger esta vadia depois do que ela me fez?" Christian sustentou seu olhar, sem recuo. "O que acontece entre ela e eu é da nossa conta," ele respondeu, tentando manter a calma, apesar da tensão que pairava no ar. "Você não tem o direito de ficar entre nós!" Wenzel gritou, a voz embargada por uma mistura de dor e indignação. O olhar que ele lançou a Christian estava carregado de um desejo intenso de vingança, como se quisesse despedaçar o homem que ousara tocar sua noiva. Catarine, ainda vestida em seu vestido verde, sentiu-se como uma peça de um jogo, envolvida em um conflito que não desejava. A adrenalina pulsava dentro dela, e a tensão no ar era quase palpável. “Wenzel, por favor…” ela tentou intervir, mas as palavras saíram como um sussurro impotente, perdidas em meio à fúria dos homens. “Cale a boca!” Wenzel rosnou, a frustração transbordando em cada sílaba. Ele não conseguia processar a traição, a imagem de Catarine nos braços de outro homem queimada em sua mente. O ciúme consumia cada parte dele, tornando-o um homem em fúria. A lua pairava no céu, lançando sua luz prateada sobre a floresta e transformando o que antes era um momento de intimidade em um campo de batalha emocional. A atmosfera estava carregada de tensão, cada respiração profunda reverberando como um eco das incertezas que pairavam no ar. Christian mantinha a calma, seu olhar frio e implacável, enquanto se posicionava como um muro de determinação entre Catarine e Wenzel. Catarine, envergonhada e confusa, tentava se recompor. As mãos trêmulas puxavam seu vestido, tentando cobrir a vulnerabilidade que o momento anterior havia exposto. Ela se sentia perdida, sua mente girando entre a atração por Christian e a conexão com Wenzel. Mas o olhar de Christian estava fixo em Wenzel, desafiando-o a avançar, e ela se sentiu estranhamente protegida.
Os músculos de Wenzel se retesaram, cada célula de seu corpo vibrando com a raiva que o consumia. A imagem de Christian se colocando entre eles pareceu apenas aumentar sua agitação, inflamando a chama da rivalidade entre os dois homens. Wenzel cerrou seus punhos, os nós de seus dedos embranquecendo com a força do aperto. A tensão nas proximidades era tanta que se podia sentir no ar. "Seu desgraçado..." ele rosnou, as palavras escaldantes como ácido. "Não mexa um maldito dedo nela," Christian rosnou, a voz grave e imponente. Mas Wenzel não parecia se importar com as palavras do outro, sua raiva e sua vontade de vingança superando qualquer senso de razão. "Ou o quê?" ele provocou, desafiando-o a agir.
“Eu estou te avisando, se você me desafiar, vai se arrepender.” Christian disse, a voz grave e tranquila, como um contraste profundo com a fúria que emanava do marinheiro. “Catarine é livre para fazer suas escolhas, e você não pode controlá-la.” Wenzel, com os olhos brilhando de raiva, não estava disposto a ouvir. “Ela não é livre! Ela é minha, e você não tem direito de tocá-la!” Ele avançou, o corpo tenso, os músculos prontos para atacar, mas algo em sua determinação começou a vacilar. Christian, inabalável, respondeu: “Se você acha que vai conseguir me intimidar, está muito enganado. Eu a respeito mais do que você jamais fará.” A calma de Christian era quase palpável, como se ele soubesse que a situação estava prestes a se intensificar. Então, em um movimento brusco, Wenzel puxou uma pistola de pederneira, uma arma que ele havia conseguido em suas viagens marítimas. Christian olhou para o objeto com a confusão de alguém que nunca tinha visto algo assim antes. A arma, com seu metal frio e seu design desconhecido, parecia um artefato de outro mundo, uma extensão da própria raiva de Wenzel. Catarine parou, horrorizada. “Wenzel, não!” ela gritou, a voz cheia de desespero, tentando interromper o conflito que se desenrolava diante dela. O brilho da lua refletia o medo em seu olhar, como se tudo estivesse prestes a desmoronar. “Saia da frente ou eu não hesitarei em usar isso."
Christian permaneceu imóvel, apesar do perigo da situação. Ele manteve seu olhar fixo em Wenzel, enquanto sua mente trabalhou rapidamente, tentando descobrir um caminho para resolver o impasse. Ele estava completamente desarmado, mas não se rendeu ao pavor ou à ansiedade. Em vez disso, ele mantece um semblante tranquilo, embora a ameaça da arma fosse palpável no ar. "Você precisa se acalmar e avaliar a situação. Não há necessidade de violência aqui," ele tentou com calma. “Acredite, estou disposto a matar por ela!” Wenzel rosnou, o dedo trêmulo no gatilho. Christian continuou a olhar fixamente para a arma, a perplexidade se misturando à sua determinação. “O que é isso?” ele murmurou, sem compreender o verdadeiro significado do objeto que estava sendo apontado para ele. A ideia de que um simples objeto poderia causar tanta destruição era nova e assustadora. “Cale-se!” Wenzel gritou, a arma ainda apontada. Mas Christian, mesmo confuso, sentia que algo nele se ergueu. Ele não ia recuar. “Eu não sou seu inimigo, Wenzel. Estou aqui por ela,” Christian declarou, a sinceridade em suas palavras flutuando na brisa noturna. “Se você ama Catarine de verdade, precisa deixá-la decidir por si mesma.”
A tensão entre eles cresceu, cada um determinado a proteger o que considerava certo. Wenzel estava prestes a sucumbir à sua raiva, enquanto Catarine, agora vestida e recuperando sua compostura, se sentia como uma espectadora presa entre os dois homens que representavam partes opostas de sua vida. Então, em um acesso de fúria e desespero, Wenzel rugiu: “Cale sua boca, seu maldito desgraçado, você deitou com minha noiva!” Sem hesitar, ele puxou o gatilho. O estampido da arma ecoou pela floresta, e a bala cortou o ar, atingindo diretamente o peito de Christian. Ele foi forçado a dar um passo para trás pelo impacto, a força da bala o fazendo soltar um sibilo de dor. Sua expressão se contorceu em agonia, enquanto sua mão foi até o peito, sentindo a ferida quente e ensopada de sangue. Catarine soltou um grito de pavor, seus olhos arregalados e cheio de desespero. Por um momento, tudo ficou em silêncio, com a exceção do som de respiração pesada de Christian e Wenzel.
Um choque de dor e confusão invadiu Christian. Ele olhou para o buraco em sua camisa, perplexo. "O que...?" Ele murmurou, sem entender que tinha acabado de ser atingido. Para ele, o ferimento não era como imaginava, mas uma sensação de estranheza. “O que é isso?” Ele questionou, o medo e a confusão misturando-se em sua voz. Wenzel, por um breve momento, sentiu uma onda de triunfo. O sangue escorria do buraco que a bala deixara na camisa de Christian, manchando o tecido negro e prateado. Era a vitória que ele buscava, a justiça que considerava merecida. Mas seu sorriso se desfez rapidamente quando percebeu que Christian não caiu. Ele permaneceu ali, firme, os olhos negros brilhando com uma calma quase sobrenatural. “Mas que porra...” Wenzel murmurou, recuando um passo, seus olhos arregalados em descrença. A confusão se apoderou dele, um misto de medo e admiração pela força do homem diante dele. O sangue continuava a escorrer, mas Christian não demonstrava dor, apenas uma tranquilidade fria e imperturbável. “Eu disse que você não queria fazer isso,” sua voz era rouca, mas firme. Ele se mantinha à frente de Catarine, um escudo inabalável, protegendo-a de qualquer perigo. Não havia medo em seu rosto, apenas uma determinação feroz.
Catarine, paralisada, observava Christian com olhos arregalados. Ela podia ver o sangue escorrer de seu peito, mas mesmo assim ele não caiu. Christian parecia quase uma força indomável, imóvel diante do perigo. Catarine não podia acreditar no que estava vendo, seu coração batendo tão rápido e tão forte que parecia que poderia sair de seu peito. Wenzel, por sua vez, estava em choque, sua confiança diminuindo diante da aparente invulnerabilidade de Christian. Ele recuou um passo, tentando entender o que estava vendo. “Você... você não é humano,” Wenzel gaguejou, o medo começando a dominar sua expressão. Um frio arrepiante percorreu sua espinha, fazendo com que seus movimentos se tornassem hesitantes. Christian avançou um passo, seus movimentos pesados e resolutos, como se a própria terra tremesse sob seu poder. “Nunca disse que era.” Seus olhos fixaram-se nos de Wenzel, que agora estava completamente dominado pelo pavor. A tensão no ar era palpável, como um fio prestes a se romper. Wenzel, tremendo, encarava Christian com olhos arregalados, a pistola ainda fumegante em suas mãos. “Aquilo... aquilo era uma bala comum! Uma bala que mataria qualquer homem!” Ele gritou, sua voz embargada pela adrenalina e pelo pavor. “O que você é?” Christian, confuso, desviou o olhar do buraco em seu peito para o rosto de Wenzel. O impacto da bala, que manchava sua camisa de negro e prata com um vermelho profundo, parecia mais uma curiosidade do que uma dor. Seus olhos negros, agora brilhando com uma intensidade sobrenatural sob a luz prateada da lua, fixaram-se em Wenzel.
Wenzel estava cada vez mais assustado, sua coragem anterior se esvaindo conforme ele se deparava com a estranheza de Christian. Ele olhou para o peito de Christian, buscando por uma explicação para seu estado imperturbável após o tiro. "Isso não é normal," ele sussurrou, recuando mais um passo. Ele parecia quase enjoado, como se estivesse percebendo que havia provocado algo maior do que poderia compreender. O desafio emanava dele como uma aura, uma presença inabalável diante do terror. “Você tentou me matar com essa coisa estranha...” Christian rosnou, a voz ecoando na floresta como o som de um trovão distante. A calma dele era quase irreal, desafiando a lógica do que acabara de acontecer. Wenzel, tomado pelo medo, caiu de joelhos, a arma escorregando de sua mão. “Que porra você é?” Ele balbuciou, a incredulidade e o terror distorcendo seu rosto. Em um movimento instintivo, puxou uma adaga de prata de sua bota, o brilho do metal refletindo a luz da lua. Catarine, horrorizada, gritou: “Cuidado, Christian! É uma adaga de prata!”
A advertência de Catarine ecoou na mente de Wenzel, fazendo com que ele olhasse para Christian novamente, agora com uma nova mistura de pânico e reconhecimento. “Você... você é a porra de um lobisomem?” Ele gaguejou, o horror crescendo em sua expressão. Christian não recuou. Em vez disso, avançou um passo, cada movimento dele carregado de poder e intensidade. “E o que você vai fazer sobre isso?” O desafio em sua voz era claro, como se a própria noite estivesse esperando por uma resposta. O silêncio se estendeu entre eles, e a floresta parecia prender a respiração, enquanto a tensão atingia seu pico. Wenzel, com a adaga trêmula em suas mãos, começou a perceber que estava enfrentando algo muito além de sua compreensão.
Wenzel, ajoelhado e aterrorizado, olhou para Christian com a adaga trêmula, tentando manter a calma. Sua mão tremia, enquanto a realidade de estar desarmado e encarando um ameaça sobrenatural o tomava de terror. No entanto, Catarine, com o coração pesado e a consciência pesada de ser responsável por toda essa situação, se aproximou do companheiro. "Christian, por favor, não..." Ela implorou, agarrando-lhe o antebraço com uma mão trêmula. A adrenalina o empurrava, mas o medo estava começando a dominá-lo. Ele não estava apenas em perigo; estava diante de uma força que poderia redefinir tudo o que acreditava saber sobre a realidade. O ar estava carregado de eletricidade, cada batida do coração de Christian ecoando como um tambor de guerra, enquanto a lua observava, impassível, testemunhando a batalha que se desenrolava nas sombras. “Catarine, saia de perto dele! Ele não é humano!” Wenzel gritou, a voz tremula e frenética, enquanto a adaga de prata reluzia ameaçadoramente sob a luz da lua. A tensão estava tão densa que poderia ser cortada com uma faca. Catarine, mantendo uma postura surpreendentemente calma, respondeu: “Eu sei disso, Wenzel.” Sua voz era serena, quase assustadora na sua firmeza.
Wenzel olhou para Catarine, incrédulo diante de sua indiferença diante da situação extrema. Seu olhar então se voltou para Christian, que estava parado a alguns passos de distância, imóvel como uma estátua, porém com uma aura ameaçadora emanando dele como se fosse um monstro à espreita. "Como você pode estar tão calma?! Ele é um monstro!" Wenzel exclamou, o medo crescendo em sua voz. Catarine permaneceu firme em suas decisões, olhando para Christian sem medo, como se o conhecesse profundamente. A confiança dela contrastava com a agitação do marinheiro, como se ela tivesse conhecimento de algo que ele ainda não compreendia. Wenzel balançou a cabeça, confuso e desesperado. “Você... você sabia o tempo todo? Mesmo assim, você se envolveu com uma criatura das trevas? Sua... sua herege...” O último termo saiu como um sussurro, quase um lamento, como se a própria palavra estivesse impregnada de uma dor pessoal.
Catarine respirou fundo, sentindo o peso da situação. “Christian não é uma criatura das trevas. Ele é... diferente. E isso não muda quem ele é.” A determinação em suas palavras era inegável, mas a tensão crescia, uma tempestade de emoções contidas prestes a explodir. “Diferente?” Wenzel repetiu, a incredulidade estampada em seu rosto. “Ele está aqui em pé, com um buraco no peito e você acha que isso é ‘diferente’? Ele é uma ameaça, Catarine! Uma abominação!” As palavras de Wenzel ecoaram no ar, reverberando na mente de Christian. Ele permaneceu imóvel, porém havia traços de emoção em seu rosto, embora os olhos continuassem negros como um poço sem fundo. "Diferente," ele repetiu, como se a palavra carregasse um peso de verdade que transcendia a mera aparência das coisas. Seu peito se estremeceu com um gesto inusitado; um soluço quase inaudível escapou de seus lábios, rapidamente contido. O ar ficou tenso com esse breve vislumbre de vulnerabilidade.
Christian, agora ciente do poder que emanava de sua verdadeira natureza, rosnou baixinho, interrompendo o confronto verbal. “O que você realmente quer, Wenzel? Uma luta? Uma batalha que você não pode vencer?” Seus olhos brilhavam como brasas, cada palavra carregada de uma força primal. Catarine, sem desviar o olhar de Christian, tentou acalmá-lo. “Christian, não. Ele não entende. Ele está com medo.” Mas Wenzel, tomado pela frustração e pelo pavor, não estava disposto a recuar. “Você precisa escolher, Catarine! Escolher entre a sua humanidade e essa... essa coisa!” Ele gesticulou para Christian, o desespero crescendo em sua voz. “Ele pode ser a sua destruição!” A floresta ao redor parecia sussurrar, absorvendo cada palavra, cada respiração, como se estivesse em suspense. As sombras dançavam ao redor deles, e a lua iluminava a cena com um brilho etéreo, um espetáculo de conflito e paixão.
A tensão crescia entre os três, como um fio prestes a se romper. Wenzel, com a adaga de prata ainda em punho, fixou o olhar em Catarine, sua expressão uma mistura de desespero e determinação. “O que você acha que vai acontecer quando... se seu pai descobrir isso? Saber que você se entregou para essa... essa coisa?” As palavras dele atingiram Catarine como um soco no estômago. Ela tremeu, o medo tomando conta dela. “Por favor, não fale nada para ele!” implorou, a voz trêmula, quase um sussurro, enquanto um frio desolador corria por sua espinha. “Então, vem aqui,” Wenzel ordenou, os olhos não se afastando de Christian, que permanecia firme, mas com um brilho de preocupação no olhar. “Cate…” Christian a chamou, sua voz carregada de uma súplica silenciosa. Ele olhou para ela, implorando para que não fosse, para que não cedesse à pressão que emanava de Wenzel. “Vem aqui, Catarine,” Wenzel insistiu, o tom de sua voz agora mais autoritário. “Você não pode ficar com essa coisa. Isso destruiria seu pai. Você sabe que ele nunca aceitaria isso. Não é só a sua vida em jogo — é a dele também.” A última frase saiu como um veneno, provocando um choque no coração de Catarine.
Catarine sentiu uma agonia intensa, presa entre seu amor por Christian e a verdade cruel que Wenzel revelara. Sua mente era um turbilhão de dúvidas e confusão, enquanto seu coração pulsava com um desespero quase insuportável. "Não posso... não posso..." balbuciou ela, as palavras quase engasgadas pela raiva, pela tristeza e pela traição. Wenzel se moveu na direção dela, a adaga de prata em sua mão em pose agressiva, enquanto Christian permaneceu parado, a tensão palpável em cada músculo de seu corpo.
Catarine hesitou, olhando de Wenzel para Christian e depois de volta para Wenzel. A luta interna era palpável, cada parte dela resistindo ao desejo de permanecer ao lado de Christian, enquanto a sombra da autoridade de seu pai se erguia atrás dela, ameaçadora. “Cate, escute-me,” Christian disse, sua voz agora mais suave, mas ainda firme. “Você não precisa fazer isso. Eu… eu não sou uma ameaça para você ou para seu pai. Eu só quero que você esteja segura.” Mas a ameaça nas palavras de Wenzel era poderosa. “Ele é uma abominação, Catarine! Você sabe disso. Você realmente acha que seu pai ficaria de braços cruzados ao descobrir que você está com um lobisomem? Pense no que isso faria com a sua família, com o seu pai! Você realmente quer ser a razão pela qual ele se destrói?” Catarine sentiu as lágrimas brotarem em seus olhos. A pressão aumentava e seu coração se partia em direções opostas. Ela olhou para Christian, que a observava com uma mistura de compreensão e dor, e depois para Wenzel, cuja expressão estava implacável. “Por favor, Catarine, vem aqui,” Wenzel repetiu, sua voz mais suave agora, mas com a mesma urgência. “Nós podemos resolver isso juntos. Eu só quero que você esteja segura.” A floresta ao redor parecia ficar em silêncio, a natureza esperando a decisão que mudaria tudo. O destino dela estava nas suas mãos, e o peso da escolha a esmagava. Catarine olhou para Christian, seus olhos mostrando um misto de amor e desespero. As palavras de Wenzel pairaram no ar como um peso que a obrigava a escolher. Ela estremeceu, a dor em seu peito aumentando a cada segundo. Finalmente, um soluço escapou de seus lábios, e ela assentiu, lentamente, em direção a Wenzel, sua expressão marcada pela tristeza. Christian a observou, seu peito apertando de agonia, enquanto Wenzel se moveu, triunfante, em direção a ela.
Catarine, com o coração pesado e a mente confusa, olhou profundamente nos olhos de Christian, sentindo o peso das escolhas que tinha pela frente. “Desculpe…” sussurrou, sua voz quase perdida na brisa noturna. Cada palavra era um golpe, uma rendição à pressão que a cercava. Com um movimento hesitante, começou a caminhar em direção a Wenzel, que a observava com um sorriso de vitória. “Isso mesmo, venha para mim, minha noiva,” ele disse, estendendo os braços. Assim que ela se aproximou, Wenzel a abraçou com firmeza, mantendo os olhos fixos em Christian, cuja expressão se tornara uma máscara de decepção e dor. O rosnado baixo de Christian ecoava no ar, uma demonstração de sua frustração e impotência. “Suma daqui, sua aberração,” Wenzel disparou, a hostilidade evidente em sua voz. “Você não é bem-vindo entre os humanos, e sua presença aqui só machuca Catarine.” As palavras eram venenosas, destinadas a desumanizar Christian, a reduzir sua existência a nada mais que uma ameaça. Christian cerrou os punhos, seus instintos de luta rugindo dentro dele. Ele poderia acabar com Wenzel em um instante, poderia pegar Catarine de volta e salvá-la desse pesadelo, mas algo nos olhos dela o impediu de agir. Aqueles olhos que antes brilhavam com esperança agora estavam carregados de vergonha e confusão. “Cate…” ele murmurou, sua voz era um misto de desespero e súplica. Ela baixou a cabeça, a vergonha transbordando em sua postura. “Meu pai... não pode saber…” admitiu, derrotada, cada palavra cortando mais fundo em Christian.
“Isso mesmo,” Wenzel confirmou, um sorriso triunfante surgindo em seu rosto. “Se Catarine ficar quietinha e casar-se comigo sem reclamar, eu não vou falar nada. Seu pai nunca vai saber que você perdeu a virgindade com um monstro.” O sorriso de Wenzel era cruel, uma vitória conquistada à custa da verdade e da liberdade de Catarine. Christian sentiu uma onda de raiva e impotência. O que ele mais desejava era proteger Catarine, mas agora a via se rendendo a um destino que nunca deveria ser dela. A dor de sua rejeição era quase insuportável, mas a determinação de lutar por ela ainda queimava dentro dele. Ele precisava encontrar uma maneira de fazer Catarine perceber que não era um monstro, que sua liberdade e felicidade eram mais importantes do que qualquer ameaça que Wenzel pudesse proferir.
Catarine se afastou lentamente, lágrimas escorrendo pelo seu rosto, cada passo ecoando o peso de sua decisão. O coração dela parecia partido, uma parte querendo correr de volta para Christian, enquanto a outra se sentia presa na teia de ameaças e expectativas que Wenzel havia criado. O som de seus soluços cortava o silêncio da floresta, uma melodia triste que reverberava nas árvores. Wenzel, em contraste, não podia conter o sorriso triunfante que iluminava seu rosto. Ele lançou um olhar desdenhoso em direção a Christian, a raiva e a satisfação se entrelaçando em suas palavras. “Fique longe dela, aberração. Uma ‘coisa’ como você jamais faria ela feliz,” ele gritou, sua voz cheia de desprezo. A maneira como ele pronunciou a palavra “coisa” parecia perfurar o ar, um golpe cruel que desumanizava Christian, transformando-o em um mero objeto em um jogo que não lhe pertencia. Sem esperar uma resposta, Wenzel se virou, segurando Catarine pelos ombros de forma possessiva, como se a mantivesse cativa em sua própria escolha. Ela olhou para trás uma última vez, seus olhos encontrando os de Christian, e por um breve momento, um entendimento silencioso passou entre eles — um lamento compartilhado por um futuro que poderia ter sido. E então, como uma sombra, Wenzel puxou Catarine para longe, deixando Christian sozinho na floresta. A dor amarga da rejeição envolveu Christian como uma nuvem densa, uma mistura de frustração e tristeza que ameaçava sufocá-lo. Ele se sentou na terra fria, o olhar perdido na escuridão, cada batida de seu coração parecendo um eco da solidão que agora o envolvia. As árvores sussurravam ao seu redor, testemunhas silenciosas de um amor que parecia inatingível. E enquanto a luz da lua se esvaía lentamente, Christian sentiu que a batalha estava apenas começando — uma luta não apenas por Catarine, mas por provar que ele poderia ser mais do que a “aberração” que Wenzel o definia.
A noite avançava, cada momento que passava em silêncio parecia eterno. Christian ergueu a cabeça, a brisa noturna acariciando sua pele. As sombras se alargavam, o canto das curídeos ecoando nos arredores. Ele se levantou, a escuridão da floresta era uma manta constante que lhe parecia ainda mais pesada depois da desilusão. A ideia de que Catarine, a mulher que amava, poderia estar triste e se perguntando se ele era o culpado por sua situação era simplesmente insuportável. O som das patas do cavalo ecoava pela estrada de terra enquanto Wenzel guiava firme, o rosto rígido como uma estátua. Catarine, sentada ao lado dele, chorava baixinho, suas lágrimas se misturando ao vento frio da noite. O céu escuro parecia refletir o peso que carregava em seu coração. Ela estava dividida entre a culpa e a tristeza, entre o amor que sentia por Christian e o medo que Wenzel lhe causava. Wenzel lançou um olhar de soslaio para ela, sua expressão dura, cheia de ressentimento e controle. “Como teve coragem de me enganar para se entregar a um lobisomem?” Ele perguntou com a voz afiada, o desprezo gotejando de cada palavra. Seu olhar permanecia fixo na estrada, mas a tensão em sua mandíbula mostrava sua fúria contida. Catarine suspirou fundo, tentando conter o turbilhão de emoções dentro dela. Não respondeu de imediato, pois sabia que qualquer palavra poderia piorar a situação. Ela abraçou a si mesma, buscando algum consolo, mesmo que soubesse que estava perdida naquele momento.
A estrada estreita descia lentamente, as árvores se alongando no escuro, como guardiões silenciosos da escuridão a sua volta. O cavalo galopava a uma velocidade constante, a fricção de suas patas no chão ecoando no silêncio frio da noite. Wenzel mantinha o olhar fixo na frente, mas seus pensamentos se moviam rápido, a raiva e a frustração crescendo a cada segundo. Finalmente, ele quebrou o silêncio, sua voz cortando o ar como uma faca. “Você é minha, Catarine,” Wenzel afirmou com uma possessividade fria. “Mesmo que tenha entregado sua virgindade para outro homem, eu vou fingir que não vi isso. Você vai se casar comigo mesmo assim.” Sua voz era dura, como se o casamento fosse uma punição em vez de uma promessa. Ela virou o rosto na direção dele, ainda com os olhos vermelhos de tanto chorar, a dor e o desgosto profundos em sua alma. “Por que você me quer tanto?” Ela perguntou, sua voz fraca, quase um sussurro. Era uma pergunta simples, mas carregava todo o peso de sua desilusão. Afinal, o que havia nela que Wenzel tanto desejava? Ela não conseguia entender. Wenzel ficou em silêncio por um momento, seus dedos apertando as rédeas com força. Ele não respondeu de imediato, talvez porque nem ele soubesse a resposta. Ou talvez porque, no fundo, o que ele desejava não era amor, mas o controle sobre ela — uma posse, um símbolo de poder. Na escuridão da noite, o cavalo apressava-se, o chão passando em uma velocidade constante. Ele podia sentir a tensão emanando de Wenzel, cada músculo parecia rígido, seus dedos apertando com força as rédeas. Catarine permaneceu em silêncio, o peso de sua pergunta pairou no ar, quebrando o momento. Wenzel se virou para ela, o olhar fixo no crepúsculo que pairava. Seu rosto era um muro de indiferença, escondendo qualquer tipo de emoção.
“Porque você é minha,” ele repetiu, sem emoção, como se a resposta fosse óbvia e incontestável. Para ele, não era questão de amor, mas de domínio. Ele acreditava que tinha o direito sobre ela, e isso bastava. “Porque você é o que eu mereço,” ele disse com um sorriso cruel. “Você é bela, é inteligente, corajosa e você me pertence, Catarine. Seu pai me prometeu sua mão, e eu vou garantir que isso aconteça. Eu não ligo para o que você sente ou o que fez. No final, você será minha esposa. Não me importo com quem você se entregou antes, desde que me obedeça e cumpra o seu papel.” Catarine, ouvindo aquelas palavras, sentiu um arrepio profundo em sua espinha. As lágrimas que antes caíam lentamente agora escorriam mais fortes, enquanto ela olhava para a estrada à frente, sentindo-se presa em um destino do qual não poderia escapar. Enquanto Wenzel continuava falando, Catarine sentia cada palavra como um golpe doloroso. Ela tinha sido conquistada por ele, usada por seus próprios desejos, sem considerar suas sentimentos ou suas escolhas. As lágrimas escorriam sem controle por seu rosto, as palavras de Wenzel ecoando em sua mente como uma acusação. A estrada continuava a espiralando em sua direção, mas para Catarine, parecia um labirinto sem escapatória. Suas memórias de Christian, seu toque gentil, suas palavras amorosas, pareciam tão distantes. "Prometa para mim que não vai contar o que viu para meu pai..." Ela murmurou. Wenzel parou abruptamente, as rédeas do cavalho se arrepiando. Ele a encarou, a surpresa evidente em seu rosto. Por um momento, ele não respondeu, pareceu ponderar seu pedido, talvez porque desconfiasse de uma tentativa de manipulação. Mas então, ele soltou um suspiro pesado, sua voz ficando mais suave. "Está bem," ele concordou, "mas quero algo em troca." A exigência de Wenzel era clara, um sinal de que ele não era um homem que faria nenhuma promessa sem ganhar algo em retorno. Ela fechou os olhos, tentando controlar a emoção que ameaçava estourar dentro dela. Seu corpo tremia de medo e nervosismo, mas ela precisava manter a calma.
"O que você quer?" ela perguntou, a voz trêmula mas determinada. Wenzel a observou por um momento, seus olhos escuros procurando qualquer sinal de hesitação. Ele sabia que ela estaria vulnerável, abalada por tudo o que havia acontecido. E ele sabia que essa era a melhor oportunidade para exigir exatamente o que queria. "Eu quero sua submissão," ele finalmente disse, colocando a mão em seu rosto, acariciando suavemente sua bochecha. "Quero que você seja minha, completamente submissa e leal a mim.” "É tão importante para você ter a submissão de uma mulher que não te ama?" A voz de Catarine saiu baixa, mais carregada de hostilidade. "Você vai aprender a me amar um dia." Ele sorriu, voltando a guiar o cavalo em direção a sua casa. Quando chegou lá, ele entregou Catarine para Johann, ela estava um pouco trêmula e parecia assustada. Johann olhou para sua filha com desconfiança. "O que ela fez?" Wenzel manteve o olhar sério. "Nada. Ela tentou fugir de mim, e eu apenas a corrigi." Johann sorriu, sabendo que Wenzel finalmente estava se impondo para Catarine. "Muito bem." Johann assentiu com aprovação, um sorriso satisfeito surgiu em seu rosto. "Excelente," ele disse. "Aprenda, Catarine. Você é propriedade de Wenzel agora. Ele é seu noivo, ele deve ser respeitado e obedecido." Catarine, ainda tremendo, permaneceu em silêncio. Seu coração se apertou com a confirmação da dominação e sujeição que agora seria obrigada a aceitar. Johann a encarou, seus olhos negros penetrantes a avaliando de maneira intensa. "Seus dias de liberdade chegaram ao fim," ele falou com uma firmeza que Catarine poderia ouvir em sua voz, "eu te dei a vida que sempre quis dar pra você, mas agora Wenzel é quem vai decidir por você. Você não tem escolha. Ele é seu noivo, seu marido. Você pertence a ele. Lembre-se disso sempre que sentar na mesa para comer, sempre que vir seu noivo após um longo dia de trabalho — você será sempre uma propriedade."