
MarU @MarU
#Desafio 120
*Letras e Metáforas*
Por hoje, me encontro
na lisura das palavras vagas.
Escorrego entre parênteses
e, por uma vírgula, não me entrego.
Alinho a estrofe
na barreira do parágrafo,
e escrevo, fugindo de mim.
Te leio entrementes,
e marco o texto
com um coração
que sente.
Me escrevo em palavras rasas,
fazendo o papel de tolo.
Loto a página com reticências
dos sentimentos que não escrevo,
mas absorvo.
Fujo da regra,
(— Incompetente!).
Me acho às cegas
nestes versos rimados,
algumas vezes indecentes.
Suplico em poesias
meus lamentos calados,
nessa cruel dicotomia,
que de poeta me faço.
Dedicando, em versos contidos,
tudo o que sinto,
em letras que beijam,
letras que abraçam,
me rasgo, não minto.
Em letras, acolho de ti
toda forma de poesia
E em metáforas
imaginativas,
me escrevo
devota
e escorregadia.
Escrevo uma nota,
pequena,
de quem se recorda
que um dia
um bonito sentimento
se escreveu
na nossa história.
MarU

CrisRibeiro @CrisRibeiro
#Desafio 122
🅢🅔🅧🅣🅞🅤
Se acaso me perco,
é no teu corpo que me acho.
Cada investida
(ousadia sagrada)
acende a fome do inacabado.
Tuas carícias dissolvem
medos e abismos.
Nos teus beijos:
duas mentes febris,
em fusão, em simbiose.
Tuas mãos
(altar do meu culto)
guiam as minhas
ao teu sexo:
impávido.
teso.
cobiça de todos os meus lábios.
Dançamos
(saliva e suspiros)
num compasso suado de delírio.
Gozo concupiscente
de amor real.
Mas há ternura no torpor,
e verdade em cada gemido.
Sem regras. Sem grades.
Carnal. Espiritual.
Um êxtase que liberta
ao invés de prender.
Cr💞s Ribeiro
***Revisado

CrisRibeiro @CrisRibeiro
#Desafio 121
Amor Âncora
Me ataste sem nó.
Ainda assim,
fiquei.
Não por prisão;
por ternura.
Não por querer,
mas por medo
de não saber voltar.
Presa para não sumir.
Presa demais para seguir.
Meu casco rangia distância.
Sonhava correntes selvagens,
ventos com nomes
que não eram o teu.
Há chamados
que não se negam.
Não fugi de ti.
Só precisei
voltar para mim.
Sou mar que ama o cais,
mas não pertence.
Feita de travessias,
trago a alma
em estado líquido.
Livre por urgência,
sou voo que se lança
mesmo sem céu.
Há quem nasça farol,
eu nasci tempestade.
E ainda permaneço.
Com âncora no peito
e a bússola apontando
para o norte
que arde em mim
feito estrela
que nunca dorme.
Cr💞s Ribeiro

tiagoandreatto @tiagoandreatto
O 8º texto da série "12 Textos p/ Teatro Que Escrevi Enquanto Estava Falido" se chamará "Os Cartazes de Ontem".
Que tal uma espiadinha no prólogo da história!?
-- PRÓLOGO
Acordo no meio da noite e ela está lá… na borda da ponte olhando pra baixo. As águas correm ferozes, devido às fortes chuvas dos dias anteriores, expressando sua fúria pelos lixos acumulados por toda sua extensão.
Ela segue lá, imóvel e olhar fixo… perdido.
Só me passa uma coisa pela cabeça, uma dúvida… A salvo ou a empurro?
…
A cama estava molhada. A roupa molhada do suor frio que reinara na madrugada.
Que alívio! Era só um sonho…
Era só um sonho, né!?
…
Uma carta sob a escrivaninha, com a assinatura dela e os dizeres:
Nunca te perdoarão pelo que você fez, mas obrigada por acatar o meu último desejo.
O papel velho e amassado, ainda cheirava a tinta… Tinta e chuva.
…
As ruas estão encharcadas. A chuva se foi, mas nossas lágrimas demorarão muito para secar. Já os cartazes de “desaparecida”, apenas alguns sobraram inteiros. Os demais se foram assim como tudo na vida que se vai… como nós, que um dia também fomos ou será que poderíamos ter sido. A mente já cansada me confunde às vezes e já não sei o que é hoje, ontem ou amanhã… Nem sei mais se a gente é verdade.
…
Ainda me lembro do dia em que você partiu, mudando-se pra tão longe. As crianças inseparáveis que corriam pela rua de terra, ignorando a presença do tempo, deixaram de existir ali, só restando um fragmento esquecível. Fragmento este que ficou guardado durante tanto tempo.
Anos depois ouvi notícias de que estava internada à beira da morte. Havia cortado os pulsos, num pedido de socorro, um clamor por algo ou alguém e eu não estava por perto.
E foi um pouco antes de saber desse acontecido, é que os sonhos começaram… Malditos pesadelos!

eliz_leao @eliz_leao
Dentre todas as escolhas que fiz consciente,
Você foi a melhor.
Dentro todos os passos que dei,
Os que me levaram a você foram os mais doces.
Dentre todos os risos, sorrisos e gargalhadas que dei, ouvir o som da sua, fazendo coral com a minha, foi a mais divertida.
Dentre todas as lágrimas que chorei, teu carinho ao secá-las foi o mais alentador.
De todos os enganos, descobrí-los com você, foi o que mais me fortificou.
Você sempre será meu norte, mesmo quando também estiver perdido.
Suas mãos nas minhas, me levarão mais longe.
Seu amor, me fará mais forte.
Seu olhar, me trará sempre alegria.
Pois faz florir em minha alma, onde antes era só deserto.
Eliz Leão

autorpedrobarretho @autorpedrobarretho
Caros Leitores e assinantes. Informo que meu livro no qual é sucesso na Amazon "SE EU TIVESSE ASAS" está disponível gratuitamente na Amazon é dia 05 de maio de 2025, Aproveitem e façam avaliação do produto.
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wilcipolli @wilcipolli
Rapsodo, o micropolítico.
Pensei, esses dias, nos rapsodos da Grécia pré-homérica. Aqueles sujeitos que vagavam de cidade em cidade, cantando mitos com ar solene, como quem transmite a mais pura verdade — ainda que nem sempre o que diziam fosse verdade. O curioso é que, para aquela gente, o mito era quase como a ciência é para nós: um meio de entender o mundo, de saber o que aconteceu em outro lugar, em outro tempo. Mesmo que soubessem que era invenção, juravam de pé junto que era real. O importante, talvez, nunca tenha sido a verdade, mas a narrativa.
O rapsodo não implorava para ser acreditado. Ele apenas dizia. Acreditar era escolha de quem ouvia. E isso o isentava, em parte, da culpa por espalhar mentiras. Ele só queria cantar — como quem reza, como quem transforma o ambiente com som e palavras. Fazer isso lhe bastava. Se a história era falsa, pouco importava.
Mas, como sempre, havia limites. O rapsodo não podia se estabelecer em qualquer pedaço de terra. A cidade já tinha donos — mesmo antes do capitalismo como o conhecemos. A divisão entre os que possuíam e os que vagavam já estava posta. Não era possível plantar fora da pólis, pois o mundo lá fora era perigoso. E dentro dela, tudo tinha um custo: obediência, trabalho, renúncia.
Pensei, então, que esse rapsodo antigo tem algo do nosso vereador de hoje. Sim, o vereador. Aquele que percorre os bairros ouvindo histórias, coletando pequenas tragédias do cotidiano e depois se posta em uma tribuna qualquer para cantar — com menos lira e mais microfone — os mitos do bairro, do povo, da cidade. O que ele diz entra para a ata. Registra-se. E nem sempre é verdade.
Mas quem liga?
O vereador, como o rapsodo, quer apenas contar sua história. Não precisa enfrentar dragões nem desafiar os deuses — basta que o escutem. Talvez até saiba que o que diz não é bem verdade, mas se a versão agrada, se rende voto ou prestígio, já cumpre sua função. Também ele é vigiado: não por sacerdotes ou filósofos, mas por câmeras, repórteres e adversários atentos. Não pode afirmar que um monstro engoliu o orçamento do bairro, mas pode, com palavras bem colocadas, sugerir que tudo se perdeu num labirinto invisível chamado “burocracia”.
No fundo, ambos se alimentam do mesmo: serem ouvidos. De transformarem o silêncio dos outros em plateia.
O rapsodo cantava para viver. O vereador fala para sobreviver politicamente. A diferença é que o primeiro encantava pelo mito; o segundo, pelo disfarce do real. Ambos, no entanto, acabam dizendo mais sobre quem escuta do que sobre o que dizem.

F. K. Silvain @fksilvain
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
120 - Fale sobre um livro que você nunca entendeu.
Este livro chegou em quantidade na escola em que trabalho, ideal para ler com os alunos. Melhor ainda que já contempla a educação antirracista. No entanto, quando fui ler, achei extremamente complexo e difícil de entender, com termos que não são de uso corrente e sem notas de rodapé. No fim, mesmo sendo um livro bem curtinho, acabei não usando com meus anjos. Quem sabe ainda use? Vamos ter que pesquisar para entender. 🤷🏻♀️
#Link365TemasLivros

tamarasfawkes @tamarasfawkes

duvida @duvida
Hoje, 1º de maio, é o Dia da Literatura Brasileira!
Algumas formas de celebrar a data:
Ler ou reler um autor brasileiro (clássico ou contemporâneo);
Divulgar autores nacionais independentes;
Compartilhar trechos ou poemas marcantes aqui no site e marcar o perfil @classicos
😍
#diadaliteraturabrasileira

duvida @duvida
Homenagem a Mário Beirão (1891–1965)
Embora não seja tão amplamente lembrado hoje, teve uma certa relevância em seu tempo, especialmente por sua ligação com temas cívicos e o enaltecimento da pátria.
#aniversárioliterário
#diadecelebrarescritor

literunico @literunico
#Dia 320
Inefabilidade
Há coisas que o verbo profana ao tocar,
Sentires que escorrem sem nome ou contorno.
A Inefabilidade, ao invés de falar,
Se assenta no peito, silêncio em retorno.
Mais que a beleza, além da razão,
É prece sem luz, é vertigem sem queda.
É quando a emoção, por não ter noção
Desfaz-se em presença que não se delega.
O olhar se prolonga, o toque se ausenta,
Não há palavra, ideia que comporte.
Inefabilidade, ponte sedenta
Entre o instante divino da carne mais forte.
E quem nela habita, enfrenta a tormenta.
Já viu, no indizível, o que acha que é sorte.
Eder B. Jr.

literunico @literunico
Toque na midia para assistir ou para abrir no Instagram 🔊

literunico @literunico
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
120 - Fale sobre um livro que você nunca entendeu.
#Link365TemasLivros

eliz_leao @eliz_leao
Meus melhores momentos ficaram na luz do olhar dos meus filhos.
No riso desdentado, que gargalhou a vida e deu vida, movimento e cor ao meu sorriso.
Meus melhores momentos foram rodeada dos seus braços.
Foi no pedido do colo, foi na felicidade do ganhar um presente tão esperado.
Meus momentos mais infinitos, ficaram na memória olfativa do cheiro da cabeça deles, desde quando nasceram. Na mãozinha pequena, procurando pela minha.
Nos passinhos incertos e na alegria de vê-los seguramente, caminhar pela vida.
Meus mais memoráveis momentos, foram gravados, filmados e fotógrafados, para que quando a memória falhar, a nuvem possa relembrar.
Meus melhores momentos, sempre serão em torno daqueles que eu amo, que me causaram esse amor e que me deram em dobro, só com seu simples e precioso existir.
Meus melhores momentos, foram quando me descobri mãe, com os peitos vazando e doendo, por ter leite em excesso, os cabelos sujos, por priorizar o sono e a alimentação.
Meus melhores momentos foram cheios de piores momentos, de quando me vi só, mesmo estando acompanhada, de quando não tive forças, e chorei por ter que ir ou fazer mesmo assim.
De quando chorei de medo no chuveiro, para não assustá-los com a minha dor.
De quando surtei e gritei e de quando desisti.
De quando não me reconheci mais como a mulher que eu era e me fechei e sofri até me achar.
E de quando cabelos ficaram mais ralos, e minha pele envelheceu e perdeu a elasticidade.
De quando eu estava tão cansada, que não tive forças nem para chorar, mas recebi abraço, um cafuné e um olhar.
Ser mãe, é como tudo na vida, ganhos e perdas, mas todos eles, regados de uma felicidade, orgulho e um amor invencível, por aquele ser que você viu crescer.
Eliz Leão

Jusley Naiane @JusleyNaiane
Seus olhos...
Dois faróis
(insuficiente)
Duas estrelas
(insuficiente)
Duas galáxias
(insuficiente)
Recomeço
Seus olhos...
Inomináveis
olhos
Inexprimíveis
olhos
São olhos de amar.
#desafio 365/118

Jusley Naiane @JusleyNaiane
Me encanta
observar a Lua
refletindo em seus
Olhos.
Me inspira,
faz refletir em mim
os mais lindos
Sonhos.
#desafio 365/117

MarU @MarU
#Desafio 119
*Boa noite*
Hoje a noite não tem seu ar,
não tem seu cheiro, seu toque.
Hoje a noite não tem seus beijos…
Tem gosto de saudades!
Hoje a noite sussurra vontades
e mistura a razão e a loucura,
bagunçando tudo que sinto.
Hoje a noite não é de intimidade,
mas de autocontrole, admito.
Hoje a noite eu sinto,
mas não vou baixar a guarda.
Hoje a noite tarda, num vazio.
Hoje a noite eu passo vontade.
Hoje a noite não fala “boa noite”,
mas…
Eu queria dizer:
“boa noite!” pra você.
— Boa noite!
MarU

Albertobusquets @Albertobusquets
Falácia
Acreditar em coisas como
"é impossível eles ficarem juntos"
é por falta de amar,
medo de sonhar,
ou optar em desistir por falácia e mito.
A matemática nos prova
aos pacientes (ou teimosos, talvez)
que até as retas paralelas
com distância constante entre elas
acabam se encontrando
na alcova do infinito.
;)
Alberto Busquets
#Desafio 119

Albertobusquets @Albertobusquets
Venha, meu amor,
que a vida está voando
Venha planando
com seus passos de ar
Venha sem medo,
sem dó, ré ou fá
Mas venha pra mi
com sol e com si
Abra um sorriso
sem causa ou aviso
Dê-me a mão sua
e no meio da rua
sob os acordes da lua
vamos bailar.
Alberto Busquets.
#Desafio 118

Diego Rbor @diegorbor

Diego Rbor @diegorbor

tibianchini @tibianchini
Tudo ao seu Tempo

F. K. Silvain @fksilvain
O tema do Livro que apoia o #desafio de hoje é:
119 - Fale sobre um livro que conte a respeito de uma amizade entre humano e animal!
Sei que já citei um livro do Garfield aqui no desafio, mas fazer o que se tenho e li os dois? Eu gosto do gato! 🤭
Acredito na amizade entre Garfield e Jon, mesmo o Garfield fazendo questão de aparentar uma certa indiferença (sabemos que alguns gatos fazem isso para nos ter aos seus pés e conseguem). Adoro quadrinhos, adoro gatos e adoro esse personagem. ☺️❤️
#Link365TemasLivros

josimary184 @josimary184
Um livro para se emocionar.
Fragmento é um romance dramático, LGBT, publicado em 2025, da autora paulistana Andremis Aricieri.
Conta a história de Kamilah, Samia e Giulia. A trama se passa na Itália. Kamilah é imigrante e mãe de Samia, uma garota com câncer. Com um passado de bastante sofrimento, ela tornou-se guerreira e não irá desistir tão fácil da vida de sua filha. Giulia é a médica que realizará a cirurgia em Samia. Uma neurocirurgiã competente, porém, assombrada por uma cirurgia sem sucesso.
Em meio a luta contra a doença surgirá um grande amor. Mas nem sempre tudo é tão fácil.
Como ponto principal devo destacar a escrita. Andremis tem uma escrita impecável: fluída e agradável. Você consegue ficar horas lendo sem se cansar, mesmo considerando a existência de algumas frases em italiano.
O livro trata de um assunto sério, mas mantém o nível do drama, sem exagerar nem minimizar a situação.
Ele desperta um turbilhão de sentimentos. Tem cenas que trazem alegria, outras bastante tristes. Algumas que geram medo e ansiedade.
É ideal para quem curte um drama, gosta de histórias de relacionamento sáfico e não tem gatilhos relacionados a violência doméstica ou relacionamento abusivo.
Boa leitura!!!

MiguelSoares @MiguelSoares
A Poesia de Igor Pires: Um Diálogo Íntimo com o Leitor"
Igor Pires transforma a poesia em uma conversa entre amigos. Logo no início do livro Este é um corpo que cai mas continua dançando, ele descreve a transição da adolescência para a vida adulta, um momento marcado pela busca intensa por independência.
Quando ainda estamos na casa dos nossos pais, as expectativas que recaem sobre nós muitas vezes ultrapassam aquilo que conseguimos realizar. Durante essa fase de transição, parece que nossas escolhas precisam estar sempre alinhadas às expectativas deles — como se estivéssemos presos a um roteiro previamente escrito.
Ainda não concluí a leitura da obra, mas já percebo o quanto ela me convida à reflexão. Permiti-me pensar sobre a juventude, sobre como cada um de nós enfrenta esse período de passagem à sua maneira. Todos buscamos independência quando deixamos a juventude e caminhamos em direção à adultez. No entanto, mesmo diante das pressões e da responsabilidade que esse processo impõe, permanece uma saudade constante daquilo que representa segurança: nossa verdadeira casa, o abraço de mãe.
Reflexão por Miguel Soares
#reflexão

duvida @duvida
Homenagem a Joaquim Pedro de Oliveira Martins (1845 –1894)
Joaquim Pedro de Oliveira Martins , destacou-se por suas obras sobre a história de Portugal e por seu envolvimento no movimento intelectual e político do final do século XIX.
Historia de Portugal Tomo I: https://www.literunico.com.br/books/459
#aniversárioliterário
#diadecelebrarescritor