Ldanzim na escola era ansioso pelo
toque da sirene. Ficava na carteira, mexendo os pés, esperando tocar e correr.
A professora dizia:
- Quieto, menino, concentre-se nas
tarefas, tá vendo, tá todo mundo rindo de você. Senão vai para a “palmatória”.
Logo, a maioria disse: "Eu quero”. Os alunos brincavam que ele ia ser o
atleta da escola para competir nos jogos escolares. Pois era o “aluno da
correria”.
E assim que a sirene tocava, seja
para o intervalo ou para o final da aula, o “the flash”, zasp”, saía em
disparada. No intervalo, sua brincadeira favorita era de correria na quadra,
subir no paredão e pega-pega. E, por conta disso, foi convidado pelos adeptos
do futebol para ele fazer parte do time. Até então, não tinha ainda mostrado
seus dons nesta arte.
- Rapaz, venha jogar do nosso lado,
sua função vai ser fazer gol.
- E o que preciso para fazer gol!? –
Perguntou ele.
- É só ir driblando todo mundo e
deixar a bola dentro do gol.
Disse o amigo dono do time. E assim,
Ldanzim começou a gostar de futebol, virou um “goleador” e deixava a bola lá na
rede. Alguns gostavam, outros não, isso porque era individualista e mal passava
a bola. Por conta dessas correrias, e de muitos “gols”, arrebentou os dedos dos
pés, que logo melhoravam, mas o que complicou mesmo foi o joelho. E sua
calcificação foi sumindo, atualmente, já com a idade avançada, tem uma prótese
e só lamenta.
- É fogo, quando pequeno era conhecido como
“correria, the flash, zasp e Hermes”, até cachorro desistia de competir comigo.
Hoje, só consigo fazer caminhada.