Na casa de Ldanzim, na sua cidade
conhecida como a capital da “scheelita”, havia um pequeno tanque de 1,5 x 1,0 m
de profundidade e largura, que estava sempre cheio de água, para as
necessidades caseiras. Quando a mãe precisava pegar água no tanque, sempre
pedia aos filhos mais velhos. Ldanzim só ficava na observação, mas correndo
para lá e para cá e só de calção - Poxa, como queria tanto que minha
mãe pedisse a mim para encher o galão.
Mas chegou o dia, ele, com apenas 5 anos, teve que fazer essa tão sonhada tarefa.- Meu filho, pegue esse balde e vá encher lá no tanque, só assim você para de correr. Mas cuidado para não cair dentro. Se o balde cair, me chame que vou buscar.
Lá foi ele, todo orgulhoso. Ficou de cócoras, segurando o balde abaixo da torneira, e enchendo-o todo feliz. Quando estava quase cheio, não aguentou o peso e o balde foi para o fundo do poço. Ele, na sua astúcia, tentou pegar o balde, mas esqueceu de fechar a torneira, que continuava jorrando água.
- Eita, piula, vou ver se consigo trazer de volta. E na primeira tentativa: “Pluft”, o balde desceu de vez, e ainda levou sua cabeça para dentro do tanque.
Na agonia, ainda tentou fechar a torneira com uma das mãos, enquanto a outra segurava o balde. De fora mesmo, só as pernas finas. E o pior, não conseguia levantar a cabeça, por conta da torneira, que continua jorrando água. Já passavam alguns minutos, já nas últimas. A irmãzinha, menor que ele, a mesma da “especialista em punhal”, percebeu que ele estava em perigo, até dava para ouvir os “blu-blus” da água entrando na sua boca, gritou pela mãe:
- Mãe, Ldanzim está se afogando. A mãe, de imediato, puxou-o pelas pernas. Ele estava com a barriga cheia d’água, sem forças para reagir e respirar. Se tivesse demorado mais alguns segundos, Ldan não teria escrito este livro.
