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Ativo

Selo L1 Selo 365

Signo no Universo em Órbita:

Transmutário

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literunico @literunico

12/06/2021

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literunico @literunico

Namorados

Foi numa noite fria
De um dia dos namorados
Que selamos nossa primeira aliança
Sentamos numa praça
Como dois adolescentes
Inocentes, confidentes.

E já podemos dizer hoje
Já faz alguns anos.
As noites dos namorados
Dali em diante foram mais quentes
Aos poucos cada uma foi se tornando
Cada vez mais frequente
Até que todos os dias se tornaram
Nosso dia dos namorados

Não fizemos datas pra presentes
Os que vem embrulhados em papel
Trazidos em sacolas
Esses já nos damos
Sem precisar de textos ou pretextos
As datas marcamos com a acumulação
De novas lembranças
de novos contextos

E esse dia dos namorados
Não é mais só nosso
Agora também é da nossa criança
Verdadeiro presente
Que nos marca a vida
Com outra esperança
Com um amor que é pra sempre

Que cada dia nosso dos namorados
Continue repleto
De presentes que continuamos nos dando
Nas ações, a cada bom dia,
No simples beijo de boa noite,
Nos gestos, carinhos e beijos
Em cada novo eu te amo
E no nosso eterno desejo

Da paixão do nosso do momento do agora
Ao amor do nosso eterno momento.

Eder B. Jr.

12/06/2016

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literunico @literunico

#Link365TemasLivros
#Desafio365Livros
Dia 03
Comente na Biblioteca em um livro cujo enredo ou personagem principal seja fortemente influenciado por um objeto simbólico.
(Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil)

#Desafio365postagens

Dia 141
O Objeto e o Destino

Um anel, um retrato, uma chave perdida,
Na trama, o objeto respira e conduz.
Silencioso, molda a sorte da vida,
Solidificando futuros, o oculto que induz.

Sólido presságio, amuleto sutil,
De quem o recebe, ou de quem o nega.
No enredo, é faísca ou então é o fuzil,
Desperta o conflito, ou a paz sossega.

Eder B. Jr.

Indicação do @literunico

#OSenhordosAnéis:ASociedadedoAnel

Status da Leitura: Lido

Detalhes do Livro: O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

Há livros que não são apenas lidos, são atravessados, como se a travessia moldasse a própria alma do leitor. Assim é "O Senhor dos Anéis", não apenas uma narrativa, mas um rito, um divisor de almas, além das páginas, nos entregando aquilo que ainda não sabíamos que éramos.

No centro, um objeto, um anel. Simples, circular, metáfora perfeita da repetição e da obsessão humanas. Ele não apenas conduz a trama, mas subverte destinos, encurva vontades e revela fraquezas. O Anel é mais do que um símbolo: é um espelho côncavo, que distorce e expõe a essência dos que o tocam.

A travessia da Comitiva não é apenas geográfica; é interna, visceral. Cada passo em direção a Mordor é uma queda ou uma ascensão, dependendo de quem observa. Tolkien, com uma linguagem que ora abraça o épico, ora sussurra lirismo, nos conduz por florestas que guardam memórias, montanhas que resistem ao tempo e cidades que, mesmo ruínas, ainda falam.

Mas o que mais me fascina não são os mapas ou as linhagens, embora estes impressionem. É a delicadeza silenciosa com que Tolkien trata o peso das escolhas. Frodo, tão pequeno e frágil, carrega o maior fardo e, o faz não por glória, mas por uma urgência que escapa aos olhos dos que buscam apenas poder.

E há em Samwise Gamgee uma lição que jamais deveria ser esquecida: a grandeza, quase sempre, habita os gestos simples. A amizade, aqui, não é adereço; é estrutura, é salvação.

Ler "O Senhor dos Anéis" é entender que o herói nem sempre triunfa sem perdas, que o mal não é vencido sem que antes nos habite. E que há, nas despedidas e nos retornos, uma beleza melancólica que só os grandes livros nos permitem experimentar.

Esta obra não é apenas um marco da fantasia, é um ensaio sobre o humano, sobre o desejo e a resistência, sobre a efemeridade do bem e a persistência do mal. E sobre o fato, irrefutável, de que, tal como na vida, o mais perigoso dos objetos, mesmo o mais ínfimo, pode transformar o mundo para sempre.

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Epifania Alada

No âmbar translúcido do instante,
A abelha, efêmera sacerdotisa
Perambula entre epífitas e abismos,
Bordando, com probóscide precisa,
O destino das espécies.

Não sabe da catástrofe que evita,
Nem da eternidade que carrega
Em cada espiral de pólen disperso.

Só segue, inexorável e silente,
Cumprindo o rito cósmico
De fecundar o mundo
Com a tessitura invisível
Da permanência.

#DiaMundialdasAbelhas

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literunico @literunico

#Link365TemasLivros


Comente na Biblioteca em um livro cujo enredo se passa majoritariamente durante um único dia.
(Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil. Você pode cadastrar o livro!)

#Desafio365Livros

Dia 02

#Desafio365postagens

Dia 140

O Relógio Silencioso

As horas comprimem a eternidade,
Num só dia, a alma se desfaz.
Entre nascer e morrer, a brevidade
Veste de urgência tudo que se faz.

O tempo é um lancil tênue e finito,
Que um personagem aprende a seguir.
Cada instante é único e bendito,
Pois não haverá amanhã por vir.

Eder B. Jr.

Indicação do @literunico

#MrsDalloway

Uma narrativa delicada e intensa que se desenrola ao longo de um único dia na vida de Clarissa Dalloway, uma mulher cuja existência é marcada pela aparente banalidade dos preparativos para uma festa, mas que, sob a superfície, revela as complexidades psicológicas de uma alma em constante reflexão. A técnica inovadora do fluxo de consciência transforma cada pensamento de Clarissa e dos demais personagens em poesia pura, traçando emoções, lembranças e desejos que transcendem o tempo e o espaço.
Ligada à trajetória de Clarissa está a história de Septimus Warren Smith, um veterano de guerra atormentado pelos fantasmas do passado, cuja dor silenciosa traz as cicatrizes de uma sociedade ainda ferida. Através desses personagens, Woolf oferece uma meditação profunda sobre as imposições sociais, o impacto psicológico da guerra, o efêmero da vida e a busca incessante por significado.
Woolf constrói personagens secundários tão vívidos e complexos que permanecem na memória do leitor com força singular: a filha adolescente de Clarissa, sua tutora marcada pela baixa autoestima e fervor religioso; o soldado perdido em seu próprio inferno particular e a própria Clarissa, que guarda, num gesto tão humano quanto arrebatador, a lembrança de um beijo apaixonado com uma amiga boêmia, um instante que eterniza sua singularidade.
"Mrs. Dalloway" não é apenas um romance; é um retrato multifacetado da alma humana, com sua essência elusiva e indecifrável. A escrita de Woolf transcende o enredo, convidando o leitor a questionar: "Será que realmente conhecemos alguém?". Como na vida, seus personagens possuem um núcleo misterioso, inatingível.
Ler "Mrs. Dalloway" é permitir-se ser transformado pelo poder da palavra, pela ousadia narrativa de uma autora que continua a se manter atual através das gerações e demonstra que, na literatura, a verdadeira eternidade se descreve com delicadeza e profundidade.

#resenhas #MrsDalloway
📖 [Ver livro]

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#Dia 314

Desencanto

Foi bonito
mas por pouco.
Brilhou demais
pra durar inteiro.

Desencanto não rasga,
desfia.
Não grita,
abafa.

É o sabor
que se dissipa.
O brilho
que não acende de novo.

Não é raiva,
nem dor.
É o depois.
É o saber que se foi.

Desencanto não reclama,
mas desiste devagar.
Como quem fecha os olhos,
não pra dormir,
mas pra não mais esperar.

Eder B. Jr.

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#Dia 313

Alienação

Ela não nega,
mas não responde.
Não fere,
mas também não acolhe.

Alienação é um vidro
entre o gesto e o sentir.
O mundo se move,
e ela permanece
intocada.

Finge que escuta,
repete palavras,
imita presença.
Mas por dentro
há um vácuo
entre cortinas.

Não se trata de esquecimento,
mas de escolha.
Desligar-se
é forma de seguir.
É como respirar
sem querer o ar.

Alienação
não chora,
não briga,
não grita.

Mas também
não volta.

Eder B. Jr.

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literunico @literunico

#Dia 312

Redenção

Não veio em raio,
Nem ao som do trovão.
Redenção chegou em silêncio,
Na dobra exata
Entre o erro e o perdão.

Não apagou a queda,
Nem se fez de uma cruz
Mas deu-lhe a entrega
Fez do abismo o a luz.

Redenção não exige pureza,
Exige presença.
É o toque da água
na ferida aberta,
Da esperteza à sentença

O que foi, não desfaz
mas se transforma.
Não apaga o alerta
Ilumina a paz

E quem a recebe
não volta inteiro
mas algo a mais
do que era primeiro

Eder B. Jr.

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#Dia 311

Contrição

Ajoelha-se de alma, não por medo,
Mas por saber o que pesou demais.
Contrição, o silêncio sem segredo,
Que roga em luz por gestos ancestrais.

Não clama alto, não exige alívio,
Apenas curva o peito ao que lhe dói.
É chama branda, algo sem ocrimívo,
É aceitar que até o erro se constrói.

No íntimo mais só, ela se desperta
A face que não ousa se mostrar.
Contrição, no âmago, descoberta

De quem se vê e decide se encontrar
Se há amor, se erra ou se acerta
Se há fardo, só o tempo pode aliviar.

Eder B. Jr.

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literunico @literunico

#Dia 310

Assombro

Surgiu calado, à margem da vigília,
Fez-se presença antes de ser vislumbre.
Assombro vestiu na própria pele, a matilha
Habitando a espreita que oculta o deslumbre.

É lâmina fria que afaga e desconcerta,
O brilho estranho em olhos sem memória.
Não pede crença, apenas se desperta
Como um sussurro herdado de mais uma história.

Nem dor, nem júbilo, um contente espanto,
Um passo hesita, a alma, enfim, suspende,
Mistura rara de temor, sabor e encanto.

O tempo cede ao que jamais se entende.
Assombro é o limiar entre o riso e o pranto.
A sombra onde reluz o que nos surpreende.

Eder B. Jr.

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literunico @literunico

Deságua em mim
um silêncio sem margem.
Sou o leito que cede
ao toque da lembrança.

As pedras não falam,
mas guardam os gestos.
E eu, rio contido,
revivo o que escoamos.

Entre curvas e suspiros,
não fui tua nascente,
mas fui o caminho
onde tua essência nadou.

Não fazes pegadas,
mas ondas.
E toda vez que cerro os olhos,
elas me buscam,
me dobram,
nos desenham, nas almas.

Sou o som sem o ar.
Sou o fluir do molhar.
Sou o depois do ainda.
Depois.

Eder B. Jr.

Deságua em mim
um silêncio sem margem.
Sou o leito que cede
ao toque da lembrança.

As pedras não falam,
mas guardam os gestos.
E eu, rio contido, 
revivo o que escoamos.

Entre curvas e suspiros,
não fui tua nascente,
mas fui o caminho
onde tua essência nadou.

Não fazes pegadas,
mas ondas.
E toda vez que cerro os olhos,
elas me buscam,
me dobram,
nos desenham, nas almas.

Sou o som sem o ar.
Sou o fluir do molhar.
Sou o depois do ainda.
Depois.

Eder B. Jr.
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#Dia 309
Rejeição

Negou-se (três vezes?) em voz sutil e decidida,
Um gesto padrão, quase distraído.
Mas fez do sim a porta recolhida,
Do afeto um fim não acolhido.

O riso emudeceu, fugiu do rosto, Restou silêncio em cada intenção. Rejeição não precisa de desgosto, Só da ausência moldando a negação.

E mesmo sem palavra ou despedida, Ela marca o chão, deixa o sinal:
O vazio de uma oferta não recebida, O peso de um desprezo sem igual.

Não foi não
e não foi dito

Fiicou no ar sem som sem volta
sem aviso
Mas caiu

Toque sem pele, o nome sem boca
O sim que morreu no antes.
O tempo que não estende fases.

Eder B. Jr.

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#Dia 308

Arrebatamento

Chegou qual vendaval sem advertência,
Trazendo o fôlego em contravenção.
Desfez da calma, sua tênue resistência,
E impôs-se ao pulso tal exaltação.

O olhar perdeu-se em luz vertiginosa,
A fala cedeu à combustão do afeto.
Arrebatada a mente tumultuosa,
Qual lâmina de ardor em peito aberto.

Não fora amor, tampouco só delírio,
Mas algo entre o excesso e o esplendor.
Um êxtase que, sendo quase empírio,

Roubou uma alma e a devolveu com cor.
E ao fim, jazendo brando, exaurido
Restou-lhe apenas sombras da dor.

Eder B. Jr.

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#Dia 307

Frenesi

Fala alto.
Anda rápido.
Ri sem notar o riso.

Frenesi nunca espera resposta,
não escuta conselho,
não lê rodapé, nem aviso

Quer tudo.
Agora.
Com sabor de urgência
Gosto de exagero.

Das mãos, o abuso
Põe tudo pra fora
O corpo, a pungência
Desespero?

Frenesi é falta de centro,
vértice girando o arco
Visão, paladar, tato!

Onde estariam sentidos?

No fim...
Quando o ar some
e a vertigem dorme
Frenesi fica ali:
meio rindo, meio por cair
meio querendo
Tudo de novo.

Eder B. Jr.

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#Dia 306

Incredulidade

Ah.
Claro.
Mais uma promessa.
Mais um discurso
perfeito, redondo,
falso.

Incredulidade não se apressa,
não levanta a sobrancelha.
Ela observa.
Ela esvazia.

Já viu demais.
Já ouviu além do necessário.
Palavras são balões.
Estouram fácil.

Ela aprende a arte
do silêncio que morde por dentro.
Não briga,
não explode,
não acredita.

Incredulidade é muro liso,
onde discurso nenhum escala.
É o brinde não erguido,
o aplauso que não veio,
o olhar que já viu tudo.

E ri,
por dentro,
porque já sabia.

Eder B. Jr.

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literunico @literunico

Dia 306

Satisfação

Não sorri para mostrar
sorri porque basta.
Satisfação é o ponto
que não precisa ser provado.
Não exige mais,
não compara,
Descansa
no que se tornou conquistado.

Não é euforia,
É o aceno discreto
de quem entende
a própria conquista.

Um corpo que repousa inteiro,
Mesmo cercado de partes.
Satisfação não se exibe,
Ela preenche
Os cantos sem barulho.
É quando o gesto
Não se justifica,
E o silêncio personifica.

Não vem com promessas
Nem garantias.
Vem com presença.
E se quebra, não dói
Porque já foi abundância.

Eder B. Jr.

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#Dia 305
Estabilidade

Dizem que ela não combina
Com a humanidade
Que o felizes para sempre
Não se conta:
A estabilidade
Ela já estava?
Presente no meio do turbilhão?
Mas só é notada
Quando tudo acaba.

Não é euforia, nem calmaria.
É tranquilidade
Constante no peito,
A certeza entre os vendavais,
Que dá ao caos o seu conceito.

Estabilidade não promete,
Sustenta.
Não se exibe, mas se firma.
É a força que ninguém comenta,
Mas que impede
A loucura extrema.

Não veste brilho,
Nem camuflagem,
Mas carrega a confiança.
Estabilidade é suave ancoragem,
A realidade
Da paz depois da esperança.

Eder B. Jr.

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Dia 304

Persistência

Ela tentou...
mas não foi o bastante.
A frase parou,
como quem se cansa antes
de alcançar o próprio verbo...

Ela tentou...
como se fosse o bastante
os pés no chão
Parando no mesmo verso,
mas agora mais fundo,
com o erro como alicerce,
A ideia como impulso...

Ela tentou...
Tropeçando no tempo,
mas aprendendo a pisar mais lento.
A pressa rasga,
a pausa orienta
o que não se vê de dentro.
Não há glória súbita,
nem luz que não precise
ser acesa mais de uma vez.
Persistência é isso:
errar com método,
acertar com medo...

Ela tentou...
E no fim,
se ainda houver outro passo
ela o dará.
Porque a Persistência
é continuar mesmo depois do fim.

Eder B. Jr.

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literunico @literunico

#Dia 303
Ânimo

Leve e intenso?
Não grita,
sussurra entre as frestas do cansaço.

Ânimo é sopro do chão quente
no inverno da intenção.
Carrega da promessa,
A presença.

No corpo que hesita,
ele ergue a espinha.
Nos olhos que arrefecem,
ele reacende foco.

Não é euforia.
É o passo seguinte.
Ou anterior.
É o silêncio
que diz:
“continue.”

Ânimo é raiz no estômago,
respiração mais funda,
músculo que se reconcilia
com a vontade de ser feliz.

Eder B. Jr.

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literunico @literunico

Lançamento!
O primeiro livro físico com selo Literunico está disponível!
https://www.literunico.com.br/umjardimemmim
@JusleyNaiane
#resenhas #UmJardimemMim
📖 [Ver livro](https://www.literunico.com.br/books/88)

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#Dia 302

Comiseração

Não é a Piedade que se impõe,
Mas o afeto que curva o olhar.
Comiseração não corrige,
Acompanha quem vai tropeçar.

Ela não exige consolo,
Nem força o gesto de redenção.
Comiseração vai de encontro,
Sem pressa, sem condição.

No fundo dos olhos, silêncio.
No toque, ausência de ruído.
Comiseração sabe o momento
Da dor do que não foi ouvido.

Não julga, não celebra,
Presença no meio do pranto.
Comiseração é a lágrima quieta
De quem sente o que é tanto.

Eder B. Jr.

literunico
literunico @literunico

#Dia 302
Irredutibilidade

Não cede.
Nem um centímetro,
nem um gesto,
nem a dobra do olhar.

Há espeto
Para onde outros trazem
a carne.

Quando tudo clama por trégua,
ela finca
mais fundo,
mais denso,
mais rocha que terra.

Não por orgulho.
Não por fé.
É o que
permanece
quando tudo
se faz o que é.

Sendo rigidez,
ela não escuta.
Sendo paixão,
ela é razão.

E se um dia
o mundo implodir
em concessões,
ela será o último
Não
em pé.

Eder B. Jr.

literunico
literunico @literunico

Vale foto da gente?
Vale!

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literunico @literunico

#Dia 301
Receptividade

Não interrompe,
ouve

não exige,
acolhe o que não se diz,

é a cadeira vazia,
o prato extra,
a pausa que não força palavra,

não busca moldar,
não tenta prever,
não segura o voo,
abre a janela,

um toque sem pressa,
uma entrega sem nome,
um sim que não perde o foco,

onde o mundo impõe fronteiras,
ela oferece travessias,

não há urgência,
nem defesa,
há pele aberta,
presença,

receptividade é o gesto
que não quer dominar,
só estar...

Eder B. Jr.

literunico
literunico @literunico

#Dia 300
Devoção

Ela não exige presença,
Mas permanece, inteira.
Devoção, da alma suspensa,
Que se doa, verdadeira?

Não se mede em retorno,
Nem se veste de cobrança.
Faz-se de contorno
Do amor em esperança.

Onde todos já partiram,
Ela se mantém no altar.
Devoção é o que firmam
Os que sabem esperar.

Não é servidão disfarçada,
Mas escolha que floresce.
Devoção é estrada calada,
Que nunca se desvanece.

Eder B. Jr.

literunico
literunico @literunico

#renatorusso
Estaria completando hoje 65 anos.
Conectar, numa música, sua própria inspiração, a de Camões e do Divino Espírito Santo, já seria por si só, da forma como isso foi feito em Monte Castelo, um trabalho merecedor de reconhecimento de uma vida, mas hoje teremos mais sobre a obra dele por aqui.