Biblioteca de Eder Beraldo Junior

Poesias
por Fernando Pessoa
Lido#Link365TemasLivros #Desafio365Livros Dia 25 Comente na Biblioteca em um livro onde a identidade poética se multiplica, e cada poema revela uma face distinta do autor, não como incoerência, mas como vastidão. Obras onde o eu lírico se fragmenta para se tornar mais inteiro. (Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil) #Desafio365postagens Dia 163 A Voz Que Se Fragmenta Alguns poetas simplesmente... são multiplos. Mas há os que não cabem nem mesmo Na multiplicação. Eles se dividem, se ocultam atrás de outros nomes, outras respirações, como se a verdade precisasse de disfarces para não caírem em contradição. Cada heterônimo é um mundo, e cada verso, uma despedida do que parecia ser. Ler esse poeta é atravessar um labirinto feito de espelhos, sabendo que nenhum reflete por inteiro, mas todos revelam seus anseios. Eder B. Jr. Indicação do @literunico

O diário de Anne Frank
por Anne Frank
Lido#Link365TemasLivros #Desafio365Livros Dia 24 Comente na Biblioteca em um livro onde o registro íntimo se torna documento universal, obras escritas como diários, cartas ou confissões, que mesmo sem a intenção de ser lidas por muitos, acabaram marcando a todos. (Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil) #Desafio365postagens Dia 162 Escrever Para Existir Há textos que não foram escritos para serem lidos, mas para suportar. O diário não quer glória, não pede audiência. Ele apenas precisa existir, como se cada palavra fosse uma forma de manter o corpo ainda aqui, quando tudo ao redor já insiste em apagá-lo. Anne escreveu com medo, mas também com esperança. Não para explicar o mundo, mas para não ser engolida por ele. E por isso, ela segue. Enquanto lemos, ela ainda respira. Eder B. Jr. Indicação do @literunico

A Senzala
por Castro Alves
Lido#Link365TemasLivros #Desafio365Livros Dia 21 Comente na Biblioteca em um livro onde a poesia ou a prosa se façam instrumento de denúncia, mas sem abrir mão da beleza formal, obras que transformam a revolta em linguagem. (Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil) #Desafio365postagens Dia 159 A Voz Que Incendeia Há palavras que não foram feitas para consolar. Foram talhadas para cortar, para queimar os olhos de quem finge não ver, para estourar as correntes da página. O poeta que escreve com sangue não pede licença à métrica. Ele ergue sua voz como lâmina e transforma o papel em campo de batalha. Porque há dor que não cabe em silêncio, e há beleza que só nasce no meio do grito. Eder B. Jr. Indicação do @literunico

Alma Inquieta
por Olavo Bilac
Lido#Link365TemasLivros #Desafio365Livros Dia 20 Comente na Biblioteca em um livro onde a inquietação interior se revela com intensidade lírica, obras em que o conflito é íntimo e o poema ou a prosa se tornam o único lugar possível para que o excesso da alma não transborde em silêncio. (Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil) #Desafio365postagens Dia 158 A Carne que Sonha Nem todo tumulto é visível. Há gritos que não encontram som, Há febres que não queimam a pele, Mas se alastram ao impossível. A inquietação não pede passagem Ela fere com elegância, Usa palavras como punhais ornamentados, E sangra um poema de imagem É no espaço entre o suspiro e a oração Que habita o poeta, de si, cansado Tentando, totalmente em vão, Calar o que vem do que é amado. Eder B. Jr. Indicação do @literunico



Menino de Engenho
por José Lins do Rego
Lido#Link365TemasLivros #Desafio365Livros Dia 15 Comente na Biblioteca em um livro onde a infância é narrada a partir da memória adulta, revelando não apenas os encantos do crescer, mas também as rupturas, as dores silenciosas e os ritos involuntários que se impõem no processo de deixar de ser criança. (Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil) #Desafio365postagens Dia 153 Infância Interrompida A criança vê, mas não entende. Mais tarde, o adulto lembra, e aos poucos, sangra. O que parecia jogo era hierarquia. O que parecia afeto, poder. O que parecia terra, era domínio. A infância, quando escrita da memória, deixa de ser refúgio e se torna revelação. E entre o açúcar do engenho e a secura do tempo, o menino percebe que crescer é perder o direito de fingir que não viu. Eder B. Jr. Indicação do @literunico


Murilo Rubião – Obra completa
por Murilo Rubião
LidoA Realidade Desviada Espanto! O que é estranho se instala, não com grito, mas com rotina. Um homem vira rinoceronte. Um anjo se senta para jantar. A casa se torna flutuante e ninguém mais quer indagar O absurdo não tem anunciante ele se apresenta com um "vim para ficar" vestindo a mesma roupa do instante. E é aí que fere o imacular: quando nos convida a nem falar do seu rompante que do mundo, a razão é um azar. Eder B. Jr. Indicação do @literunico https://www.instagram.com/p/DKW9x3CReq4/?igsh=MWp2cHprdG42MHhhaQ==





Cem anos de solidão
por Gabriel García Márquez
LidoMacondo não é só um lugar, é um estado de espírito, uma permanência que se insinua e contamina, uma entidade viva que assiste e intervém. A cidade emerge como um organismo que observa silencioso, transforma quem o habita e se encerra em sua própria clausura de mito e esquecimento. A família Buendía, enredada nesse espaço, desfila suas gerações como quem repete um rito inconsciente, uma dança involuntária na qual cada passo parece previsto, mas nunca completamente compreendido. O tempo se comprime, avança em círculos, se nega a obedecer à linearidade que se espera da vida comum. Aqui, passado e futuro não são linhas, são névoas que se dissolvem e reaparecem quando menos se espera. O real se acomoda ao insólito com a naturalidade de quem não precisa se explicar. Homens que ascendem ao céu, mulheres que sangram anos, crianças que nascem com caudas, um alquimista que se recusa a morrer. Não há surpresa, porque o mundo de García Márquez não busca lógica, mas intensidade, e nela reside sua força. Ler este livro é experimentar uma sensação de inevitabilidade, como se os destinos traçados nunca pudessem ser outros, mas ainda assim cada pequeno gesto carregasse uma centelha de resistência, um desejo mudo de romper o ciclo. Macondo morre, mas não sem antes se deixar gravar na memória de quem ousou percorrê-lo. O leitor, ao fechar o livro, entende que não há solidão maior do que a de quem esquece sua própria origem, e não há maior condenação do que não reconhecer o eco dos próprios erros. "Cem Anos de Solidão" não é apenas uma narrativa sobre uma família, mas sobre a fragilidade e a persistência daquilo que nos constitui, sobre o quanto somos parte de lugares que nunca nos deixam completamente, mesmo quando acreditamos ter partido.

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
por J.R.R. Tolkien
LidoHá livros que não são apenas lidos, são atravessados, como se a travessia moldasse a própria alma do leitor. Assim é "O Senhor dos Anéis", não apenas uma narrativa, mas um rito, um divisor de almas, além das páginas, nos entregando aquilo que ainda não sabíamos que éramos. No centro, um objeto, um anel. Simples, circular, metáfora perfeita da repetição e da obsessão humanas. Ele não apenas conduz a trama, mas subverte destinos, encurva vontades e revela fraquezas. O Anel é mais do que um símbolo: é um espelho côncavo, que distorce e expõe a essência dos que o tocam. A travessia da Comitiva não é apenas geográfica; é interna, visceral. Cada passo em direção a Mordor é uma queda ou uma ascensão, dependendo de quem observa. Tolkien, com uma linguagem que ora abraça o épico, ora sussurra lirismo, nos conduz por florestas que guardam memórias, montanhas que resistem ao tempo e cidades que, mesmo ruínas, ainda falam. Mas o que mais me fascina não são os mapas ou as linhagens, embora estes impressionem. É a delicadeza silenciosa com que Tolkien trata o peso das escolhas. Frodo, tão pequeno e frágil, carrega o maior fardo e, o faz não por glória, mas por uma urgência que escapa aos olhos dos que buscam apenas poder. E há em Samwise Gamgee uma lição que jamais deveria ser esquecida: a grandeza, quase sempre, habita os gestos simples. A amizade, aqui, não é adereço; é estrutura, é salvação. Ler "O Senhor dos Anéis" é entender que o herói nem sempre triunfa sem perdas, que o mal não é vencido sem que antes nos habite. E que há, nas despedidas e nos retornos, uma beleza melancólica que só os grandes livros nos permitem experimentar. Esta obra não é apenas um marco da fantasia, é um ensaio sobre o humano, sobre o desejo e a resistência, sobre a efemeridade do bem e a persistência do mal. E sobre o fato, irrefutável, de que, tal como na vida, o mais perigoso dos objetos, mesmo o mais ínfimo, pode transformar o mundo para sempre.

O Guarani
por José de Alencar
Lido#Desafio365Livros Dia 01 Comente na Biblioteca em um livro categorizado como Romantismo Brasileiro. (Vale comentário em marcação de Lido ou em Leitura e resenha, não esqueça de marcar a caixa de compartilhar no perfil) #Link365TemasLivros #Desafio365postagens Dia 138 Noite Sobre a Serra Ó doce estrela que ao longe cintila Reflete os olhos da minha amada ausente. Nos montes altos, o vento me guia Emocionado ao amor pungente Flor da mata, tão pura e serena Não sabes tu da saudade que invade? Não te encontrar sempre será a minha pena Mas pra te encontrar, nunca será tarde! Eder B. Jr. Indicação do @literunico