
JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO
Ativo Escritor

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
A Ilusão Épica de Tolkien: Uma Análise Crítica de O Senhor dos Anéis
Embora seja inegável o impacto cultural e comercial da obra de J.R.R. Tolkien, especialmente O Senhor dos Anéis, é preciso olhar além do véu da adoração popular para enxergar suas fragilidades estruturais e narrativas. A trilogia, frequentemente apontada como um marco da fantasia moderna, revela-se, sob uma lente crítica, mais como um marco do marketing editorial do que da originalidade narrativa em si.
A proposta de um mal absoluto versus um bem idealizado coloca a obra em um campo simbólico muito confortável, previsível até. A jornada do herói segue um caminho quase bíblico, com um roteiro que em momento algum arrisca contrariar o desfecho esperado. Trata-se de uma fantasia moralmente binária, onde os conflitos reais de poder, ambiguidade e transformação, tão ricos no imaginário humano, são tratados com a previsibilidade de uma fábula infantil.
O Anel, enquanto símbolo, é poderoso em sua alegoria, mas se torna um artefato previsível. Sabemos desde o princípio que o mal não triunfará, e isso enfraquece qualquer sensação de urgência. O antagonista central, Sauron, é ausente e intangível, mais conceito do que personagem. Seus exércitos, apesar de imensos e temíveis em descrição, têm impacto narrativo quase nulo, como se servindo apenas para enaltecer a coragem artificial dos protagonistas.
Ademais, Tolkien se perde em descrições que muitas vezes não acrescentam nada à narrativa. Há um excesso de atenção a detalhes geográficos, árvores, pedras, canções élficas e genealogias que pouco contribuem ao andamento da história. Esse hiperdescritivismo, ainda que encantador para os entusiastas da erudição tolkieniana, frequentemente atua como um travão, tornando a leitura lenta e arrastada.
A escolha dos hobbits como protagonistas, embora simbólica, beira o inverossímil. Representantes de uma raça pacata e frágil, são colocados no centro de uma missão que exigiria não apenas coragem, mas preparo e força, que, realisticamente, eles não têm. Sua vitória, ao final, não convence pela construção lógica da narrativa, mas sim pela força de um roteiro que já decidiu, desde as primeiras páginas, quem vencerá.
Isso não significa que Tolkien não tenha méritos. Ele criou um universo linguístico e mitológico impressionante, com profundidade cultural. Mas isso é diferente de dizer que ele escreveu uma história narrativa equilibrada. O Senhor dos Anéis é, sim, um mundo cativante, mas muitas vezes, um mundo que parece mais preocupado em se mostrar grandioso do que em ser, de fato, coeso.

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
Bem, pausa para falarmos de um assunto que sempre me incomoda dentro do cenário de “fantasia”. Sobre qual é o assunto, você me pergunta? Bem, é sobre antropomorfismo .
O antropomorfismo é o ato de atribuir características humanas (físicas, emocionais ou comportamentais) a seres não humanos. Na fantasia, isso geralmente se manifesta na criação de criaturas que, apesar de serem descritas como "monstruosas" ou "exóticas", possuem corpos humanoides, dois braços, duas pernas, cabeça no topo do corpo, etc.
Embora essa abordagem seja compreensível por razões práticas (como facilitar a animação, a produção de figurinos ou até mesmo a identificação do público), ela frequentemente sacrifica a criatividade e a plausibilidade biológica.
Não estou dizendo que devemos abandonar o corpo humano como base para outras espécies humanoides. No entanto, em muitos casos, essa abordagem tira toda a criatividade ao criar uma nova raça ou espécie. Vou demonstrar isso com alguns exemplos que sempre me chamam a atenção. Algo que deveria ser diversificado, devido à estrutura corporal do ser, acaba sendo simplificado para fins narrativos e para o enredo do protagonista, seja em séries, livros, jogos ou qualquer coisa que utilize a “fantasia” como um todo.
Bem, é importante sentar-se, não que seja uma longa história ou nada do tipo, mas foi onde percebi isso. Não foi a primeira vez, óbvio, mas foi o que me levou a criar tal postagem:
Eu sempre joguei com personagens femininas. O protagonismo masculino é algo que, ao meu ver, já passou da hora de ser posto de lado. Não por motivos fúteis de guerra de opiniões ou futilidades do mundo moderno, longe disso. Simplesmente porque, se pararmos para pensar, tudo envolve machos em posições de heroísmo. Mas isso é assunto para outra postagem, caso venha falar alguma asneira do tipo, pense bem antes de comentar, afinal, cérebro serve para isso. Mas voltando ao tópico.
Eu tinha acabado de comprar o remasterizado de Oblivion. Sim, Elder Scrolls, sou fã da franquia por conta do “realismo” da fantasia que o universo coloca em suas narrativas. Não estou falando de algo literalmente “realístico”, mas sem querer ofender outros universos (e já os ofendendo), é no Elder Scrolls que chegamos mais próximo de uma fantasia “pé no chão”. Lá, espécies têm suas variedades, mas no fim, todos são humanoides que podem e serão mortos se bobearem. Ou seja, não importa se você é imperador ou dragonborn, tudo é mortal e pode ser morto por meios normais, como venenos, assassinatos, emboscadas, etc. Isso sempre me deixou fascinado com o universo do Elder Scrolls, especialmente após ler alguns de seus livros. Mas esqueça isso, voltando à cena.
Criei uma Bosmer que deveria ser uma espécie de druida. PS: Acabei virando assassina, porquê sim. >.< Mas esse não é o caso. Estava lá pelo nível 4 ou 5 e entrei numa caverna cheia de ogros. Perceba que eu já tinha jogado Oblivion, mas nunca tinha jogado a sério por conta dos gráficos e jogabilidade travada do jogo antigo (sim, sou crítico de jogabilidade ruim e não consigo jogar algo que me faça sentir “travado”). Mas isso fica para outro dia. (Divagações do tipo fazem parte do meu aspecto de TDAH e TEA). Voltando aos ogros...
Quando se é uma assassina com furtividade, arco e, claro, sendo uma Bosmer, você consegue tirar um dano (dano) incrível contra quase todos os seres, aproveitando a mecânica de furtividade e ataque “surpresa”. Isso às vezes me permitia causar 3x ou até 2x o dano normal do ataque, ou seja, quase nenhum inimigo conseguia suportar o dano da minha flechada. Mas isso não ocorria com os ogros. Não importava o quão escondida minha personagem estivesse, ela simplesmente não criticava. Era como se eles fossem mais robustos do que os bandidos comuns que eu matava na estrada ou cavernas, o que me levou a refletir sobre isso. Não apenas sobre a resistência, mas se fazia sentido uma elfa bosmer estar praticamente matando ogros com três ou quatro flechas. Entendem?
Primeiro, apesar da resistência inicial, achei estranho que seres tão corporalmente superiores, digo, a estatura de um ogro geralmente vai de 2,5 metros a 3 metros de altura, ainda tenham a anatomia de um humano forte ampliado. Pele que pode ser cortada facilmente, estrutura óssea insuficiente para suportar seu peso real e movimentos ágeis demais para sua massa. Um ogro realista seria uma muralha de músculo denso, com pele mais grossa que couro de hipopótamo, movendo-se como um tanque, não como um bárbaro atlético...
Continua em: https://alhayaworld.blogspot.com/2025/04/antropomorfismo.html (Vale a pena a leitura) 😅

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
Alhaya, o grandioso e imaculado universo... Que surge de uma ideia, de uma vida... Somente assim um novo universo pode surgir. Da ânsia de uma nova vida, de um novo lugar e é aqui que Alhaya brilha. Nascida do fim da vida de um Criador(escritor) eis que Alhaya surge diante do cosmo, vazio? Quem poderá dizer. Alhaya é mística, tão viva quanto qualquer entidade que ousares chamar de real, pois afinal, o que é real? Podes dizer que sua carne é mais real do que a imagem que vês na tela de um computador? O que define a realidade, meu caro leitor(a)?
Mas voltando ao assunto, Alhaya vem da Haya (Árabe) que significa vida, mas, óbvio, eu precisava de algo novo, pois esse sempre foi o meu conceito como Criador de universo e, claro, como escritor. Por isso, de Haya a palavra se transformou em um ser, se tornando assim Alhaya. Alhaya segue o mesmo preceito da palavra que a inspirou, ou seja, Alhaya é vida, nada mais e nada menos.
Alhaya é uma força cósmica, algo que em meu universo está acima dos Deuses. A mecânica é simples, mas está entrelaçada em diversas leis presentes no meu universo para evitar problemas. A hierarquia é a seguinte. O(A) Criador(a) do universo (Escritor), as forças cósmicas que regem o universo (Novamente, forças duais), os Deuses e Entidades do Caos (Ponto dual do cosmo) e por fim os mortais (Almas).
Alhaya surge como o planeta, mas não necessariamente como o planeta em si, óbvio, ela é a força que alimenta o planeta onde os mortais vivem, em outras palavras... É graças a essa força cósmica que todas as histórias de Alhaya podem acontecer, sem ela, nenhum dos meus livros poderiam ter nascidos. Tamanha é a serventia do seu poder. Alhaya é considerada por mim como uma força primordial, uma filha, algo que nasce da minha própria mente para surgir como um molde para o mundo... Alhaya é a vida e nunca poderemos negá-la, pois é graças a ela que talvez até mesmo você exista, afinal, quem define o quanto de poder uma entidade Criada tem? =) Não é? Essa é a beleza da criação e espero que tenha gostado de mergulhar um pouquinho no que eu tenho a trazer... Aparências e afins, bem, não seja tão curioso, Alhaya é um pouco tímida, mas quem sabe um dia... Um dia eu possa ter a coragem de me abrir de verdade sobre tais conceitos, quem sabe... Tudo dependerá de vocês, até mais.
#FantasiaBrasileira #MundoFantástico #UniversoAlhaya #CriaçãoDeMundos #LiteraturaFantástica #AutorIndependente #OraculoDeAlhaya #FantasyWorldbuilding #IndieFantasy #FantasyLore #OriginalFantasy

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
Alhaya não é apenas um mundo literário, é um chamado. Uma lembrança de algo que você sempre soube que existia... Mas esqueceu. Sua mente não ousou te permitir retornar da jornada, mas não tema, Alhaya sempre encontra os(as) seus filhos(as).
Bem-vindos.
Aqui, cada palavra carrega um feitiço. Cada postagem, um fragmento do Véu.
Você ousa recordar?! Ou irás se afastar da sua casa?
#FantasiaBrasileira #MundoFantástico #UniversoAlhaya #CriaçãoDeMundos #LiteraturaFantástica #AutorIndependente #OraculoDeAlhaya #FantasyWorldbuilding #IndieFantasy #FantasyLore #OriginalFantasy

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
Como criadores, é natural desejarmos aprovação. A validação das pessoas ao nosso redor pode ser um alívio em meio às inseguranças. Mas será que sempre percebemos quando essa aprovação é genuína ou apenas uma tentativa de evitar desconfortos?
Um dos maiores inimigos de qualquer escritor é o ego. Ele pode nos cegar para críticas valiosas e nos enclausurar em uma bolha de conforto alimentada por amigos e familiares que dizem: "Está ótimo, perfeito, incrível." A intenção pode até ser boa, mas o impacto é devastador: estagnação.
Criticar um trabalho não é fácil. Dá trabalho, exige tempo e, muitas vezes, gera conflitos. Mas uma crítica bem fundamentada, por mais dolorosa que seja, é o que nos empurra para frente. Por outro lado, a mentira confortável – o elogio vazio – cria a ilusão de que estamos prontos, quando, na verdade, há muito a ser ajustado.
Se você tem alguém que só reforça o quanto seu trabalho é maravilhoso sem apontar um único defeito, questione. Essa pessoa está ajudando ou apenas alimentando o seu ego? Estamos aqui para crescer, para criar mundos, personagens e histórias que toquem as pessoas de verdade. Não para nos enganarmos com tapinhas nas costas que escondem a verdade.
A evolução é desconfortável, mas necessária. Aceitar críticas, reavaliar conceitos e entender nossas falhas são passos fundamentais para nos tornarmos melhores criadores. Cuidado para não transformar a busca por validação em uma barreira contra o aprendizado.
Seja grato a quem critica com honestidade. É essa pessoa, e não aquela que só diz "parabéns", que está realmente investindo no seu potencial. 🤓

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
"A 'simetria forçada' é um conceito que ocorre quando, ao criar raças ou espécies fictícias, tentamos replicar a biologia ou os padrões do mundo real de forma desnecessária, mesmo quando o universo criado não exige essa correspondência. É como se houvesse uma pressão implícita para que machos e fêmeas de uma espécie sejam visual e estruturalmente parecidos, apenas porque estamos acostumados a isso no mundo humano e em muitos animais."
E sempre criticarei isso.

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
Lestat De Lioncourt (Personagem) #desafiodeescrita
Uma busca incessante por algo,
algo que o fizesse se sentir vivo.
A transformação indesejada,
a vida eterna, o convívio com o novo ser.
A busca por prazer, por sentido,
a eternidade nunca foi o bastante para saciar a alma,
assim como nunca foi o bastante para mim.
Fantasiando sobre as possibilidades,
a possibilidade de algo como você ser real.
Um clamor, um pedido:
torne-me como tu és.
O que isso custaria?
Possibilidades e fantasias sempre alimentaram minha mente,
e isso sempre me animou.
O abraço gelado, a perfuração no pescoço,
o sangue esvaindo,
a vida se transformando em morte.
A nova vida.
Está na hora de se transformar:
morto-vivo.
Esqueçam o sexo, foquem nos sentimentos.
O verdadeiro vampiro,
aquele que caça e busca conexão.
Morto, mas vivo; muito mais vivo do que suas presas.
Pálido, eterno, sedento,
tão surreal quanto sua forma,
que se esvai com o nascer do sol.
Não há esperança para um sonhador,
que se apega às próprias paranoias
e que se alimenta delas.
Vivendo em uma fantasia,
sonhando com algo maior,
mas inspirado a continuar seguindo.
#desafiodeescrita @literunico

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
O Real Valor
Valor é algo inventado, construído,
Irreal e surrealista,
Usado apenas entre nós, humanos.
É engraçado ver como um papel tem tanto poder,
Como números imaginários de um aplicativo definem o teu valor,
As tuas poses.
Pagamos para viver,
Pagamos para beber,
Para morar,
Para existir.
Um sistema que a grande massa defenderá com toda a sua vida,
Pois a empatia também é uma mentira.
Onde estão aqueles que buscam por um mundo ideal?
Por um mundo justo?
Como podemos fechar os olhos para tanta injustiça?
Para a fome, para as maldades do outro?
Como podemos dizer que somos humanos e evoluídos?
Como podemos fingir que temos um valor acima de outras espécies?
Quando somos nós, o câncer do mundo, os destruidores,
Aqueles que trarão consigo a destruição das espécies e do próprio planeta.
Valor, o real valor; talvez os humanos não tenham isso.
Seria preciso uma mudança drástica para termos valor, não?
#desafiodeescrita @literunico

JOAO BEZERRA DO NASCIMENTO NETO @fannyrius
Interpretação
A ansiedade de ler as palavras,
A falta de cooperação entre mente e olhos,
A cegueira do ego e dos sentidos,
A crença na superioridade,
Elevando a interpretação a algo que ela não é,
Vendo significados onde não existem.
Interprete aquilo que não consegues,
Veja com seus olhos o meu dizer.
Tente descobrir o que o outro quis falar;
É intrigante o quão longe um humano pode ir
E, ainda assim, permanecer na praia,
Nadando em meio à areia,
Afundando na própria idiotice,
Na própria poça do saber.
Deleita-te, pois tu nunca saberás do que eu falo.
Assista-te, pois tu irás murchar.
Grita, pois a terra te encobrirá.
Tua voz não será ouvida,
Pois, no fim,
Teus olhos são os culpados por toda tua má interpretação.
A condenação virá, meu caro.