A noite foi longa, passamos algum tempo procurando os livros, tomamos o café que a mamãe havia preparado, fomos para o meu quarto e lemos todos os livros atrás de um feitiço, Leon já estava quase dormindo quando encontro um feitiço que poderia dar certo. Jogo uma gonila nele que o faz quase cair da cadeira.
— Não reclame, achei o feitiço vamos treinar?— empurro o livro para ele mostrando a página que continha o feitiço.
— Genial, esse sim vai dar certo. Sabe eu devia há muito tempo atrás ter usado essa tua astúcia ao meu favor.
— Como se eu fosse ser usada…
— Quieta criatura. Estou lendo, caso eu erre uma única letra ou pronúncia nesse feitiço, vamos ter sérios problemas.
Ele treinou algumas vezes as palavras, até fazer o feitiço. Então testamos. Ele ficou no quarto e eu fui na cozinha pegar uns petiscos para comer porque estava morrendo de fome, quando a minha mão formigou e palavras começaram a aparecer, era o meu irmão xingando e dizendo que queria um doce, escrevi de volta que se ele quisesse viria buscar. Ele mandou como resposta que contaria para a mamãe sobre o plano, então respondi se ele contasse não teria ninguém para o ajudar a colar na prova e acabou ficando quieto.
No outro dia estávamos na frente do local que aconteceria a prova. O plano era eu ficar em algum local dentro do prédio, contudo só podia entrar quem faria a prova e tive que ficar na rua. Esperei todo mundo entrar e subi numa árvore na rua do lado.
Algum tempo depois, as perguntas começaram a chegar e revirei os olhos. As três primeiras eu sabia a resposta sem nunca ter lido nada sobre feitiços, apenas os que havia lido naquela noite e no livro de feitiços para iniciantes avançados que havia trazido comigo, porque lia um feitiço e outro enquanto esperava pela próxima pergunta. Nas outras não tinha ideia o que responder, mas ainda bem que havíamos encantado um caderno onde era só escrever a pergunta que ele dava a resposta.
Em cima daquela árvore já estava começando a ficar desconfortável, já havia mudado diversas vezes de posição que acabei deixando cair sem querer o caderno. Desci dela para pegá-lo, contudo, um guarda-fiscal o pegou antes de mim com a página aberta onde recém havia escrito a pergunta.
— O que seria isso minha jovem?— questionou colocando a mão na sua varinha na cintura.
O que devo responder para o guarda-fiscal?
Comente o que achou do capítulo!
Deixe um coraçãozinho camarada para incentivar a escritora!