— Estou ajudando o meu irmão passar na prova moço, ele me obrigou.
— Obrigou minha jovem? Tem ideia que isso que está fazendo é muito errado? Eu deveria levar os dois para a prisão, mas como contou a verdade vão receber apenas castigos leves por isso. Agora fique parada, vou rastrear o seu irmão, porque não pode entrar lá dentro — o fiscal apontou a varinha em minha direção, ela brilhou e o nome completo do meu irmão junto com a sala onde ele se encontrava apareceu flutuando entre nós.— Interessante, um bolsista, por isso que é tão difícil de oferecer bolsas a famílias assim, nunca presam pelo presente que recebem — apontou a varinha para sua orelha e começou a falar com alguém. Passou todas as informações que obteve de mim e segundos depois meu irmão surgiu ao lado dele com os olhos arregalados.
— Senhor, eu não tive culpa, aquela criatura me forçou a…— apontou o dedo para mim e lágrimas escorriam dos seus olhos.
— Que feio meus jovens, um jogando a culpa no outro. Acho que sei o que farei com vocês — apontou a varinha para trás do meu irmão fazendo um portal abrir. Um senhor com uma calça de borracha que ia até os peitos, com uma cotoveleira que cobria as mãos também feitas de couro, botas de um couro duro surgiu.
— Godofredo! quanto tempo, meu caro!— o senhor estranho.
— Com certeza, irmão, como vão às coisas por aí?
— Do mesmo jeito, os ajudantes não duram muito tempo por aqui.
— Maravilha, este jovem está se prontificando a ajudá-lo por seis meses. Quando esse tempo passar o mande de volta para mim?
— Claro irmão, mas e se ele não aguentar até lá?
— Acontece. Tchau Leon, boa sorte — Godofredo empurrando Leon para dentro do portal e ele sumindo segundos depois.
— Para onde meu irmão foi?
— Uma fazendo de hipogrifos, nada de mais. Só vai limpar a sujeira deles com um garfo de comida, porque os grandes os assusta muito.
— Mas eles são perigosos, ele pode acabar…
— Morto? Faz parte, quem mandou colar, não é? Então, agora o que faço com você…— Godofredo caminhando em volta de mim.— Já sei para onde vai. É algo bem simples, quando encontrar trinta cogumelos vermelhos volte para sua casa e peça para sua mãe mandá-los para mim.
— Cogumelos vermelhos? Mas eles são raros, eu levarei um tempão até encontrar…
— Sei disso, minha jovem, sei disso. Então, boa caçada. Ah, não esqueça disso — ele apontou para minhas mãos fazendo os livros sumirem e nelas apareceram uma cesta e uma pá. Então meu corpo foi coberto por uma luz branca e quando pisquei apareceu uma floresta escura e estranha na minha frente que nunca havia visto antes.
— Olha aqui eu…— respondi para ninguém. Olhei em volta respirando fundo e comecei a procurar os tais cogumelos.
Caminhei por não sei quanto tempo, acabei perdendo a noção do tempo, só percebi que o tempo passou porque senti cede. Escutei o barulho ao longe de um córrego, caminhei com pressa até ele, me ajoelhei e bebi o quanto consegui. Devia ter saído aquele dia com a minha mochila, porque pelo menos teria as minhas coisas de sobrevivência.
— Hum, interessante — uma voz grossa e grave atrás de mim.
Olho para trás e encontro um enorme troll peludo e meio azulado me encarando. Ele devia ter mais de cinco metros de altura. Quase cai dentro do córrego, mas ele segurou pela bainha da minha blusa e me içou no ar.
— Calma aí docinho, pensa que vai aonde? Agora você é minha, estou precisando de escravos nas minhas minas, mas acho que você ficará melhor dentro da minha casa sendo a minha faxineira pessoal.
Arregalo os olhos. Minha vida livre havia chegado ao fim, pois não conhecia ninguém que havia escapado de um troll com vida.
FIM
Se quiser outro fim, escolha uma outra decisão e se divirta na jornada.
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