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Clássicos da Literatura

Clássicos da Literatura

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Descubra os Clássicos da Literatura em Domínio Público no Literúnico!

Temos o prazer de anunciar que a nossa coleção de Clássicos da Literatura agora está ainda mais completa! Preparamos uma lista com todos os autores e obras disponíveis no nosso site, com acesso gratuito aos ebooks de livros que estão em domínio público.

Acesse diretamente o perfil Clássicos da Literatura e explore um vasto acervo com textos de grandes nomes da literatura mundial, que agora estão ao alcance de todos. Seja para ler por prazer ou estudar, essas obras oferecem uma verdadeira viagem ao passado literário, permitindo que os leitores descubram ou revisitem clássicos essenciais para a cultura literária.

Confira a lista completa no nosso site e aproveite a leitura! A literatura clássica nunca esteve tão próxima de você.

Link da planilha: Aqui!

#Literatura #DomínioPúblico #Clássicos #LivrosGrátis #LeituraLivre

Tudo se Muda: O Génio Unicamente
Autor: Abade de Jazente

Abade de Jazente reflete sobre a natureza mutável da vida, onde tudo ao nosso redor está sujeito ao tempo e à transformação, mas o génio, a essência do ser, permanece imutável. Com versos que exploram a profundidade do espírito humano, o poeta destaca a resistência da alma frente às vicissitudes da vida. Uma meditação sobre a constância da mente criativa em meio às mudanças do mundo exterior.

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Brutos Penhascos, Rústicas Montanhas
Autor: Abade de Jazente

Nas palavras de Abade de Jazente, a natureza é uma força imponente, refletindo a grandiosidade e a dureza da vida. Com versos que exaltam as montanhas e penhascos, o poeta nos lembra da beleza crua e selvagem do mundo. A poesia descreve o contraste entre o silêncio imutável da natureza e a turbulência interior humana, criando uma atmosfera de reflexão sobre a relação entre o homem e o ambiente ao seu redor.

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Amor é um Arder, que se Não Sente
Autor: Abade de Jazente

O amor, na poesia de Abade de Jazente, é comparado a um ardor silencioso, que consome sem ser percebido. Com palavras que evocam a intensidade do sentimento, o autor captura a dor e o prazer de amar, mostrando como esse fogo interior pode ser tanto uma bênção quanto um sofrimento. A poesia nos leva a refletir sobre os mistérios do amor, que arde sem aviso, mas que transforma profundamente quem o sente.

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A Manhã Fresca Está, Sereno o Vento
Autor: Abade de Jazente

A manhã fresca e o vento sereno fazem da natureza um convite ao descanso e à reflexão. Com versos que exploram a tranquilidade do campo, Abade de Jazente nos transporta para um cenário de paz, onde o tempo parece desacelerar. Sua poesia, marcada pela serenidade e pelo encanto da vida simples, transmite uma sensação de introspecção e harmonia com o mundo natural.

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Últimas Rimas
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

"Últimas Rimas" é uma obra que, como o título sugere, marca o fechamento de um ciclo na poesia de Emílio de Meneses. Com uma carga emocional mais profunda e uma sensibilidade aguçada, esses versos refletem a consciência da finitude, tanto no plano pessoal quanto universal. Meneses explora a transitoriedade da vida e a inevitabilidade da morte, mas também a beleza que surge da aceitação desses ciclos. A obra é uma meditação sobre o fim, mas não de forma resignada; ao contrário, há nas suas palavras uma luta contra o esquecimento, uma busca por significado até nos momentos finais. A simplicidade da forma esconde uma riqueza emocional que convida à reflexão sobre o legado que deixamos e a efemeridade das nossas expressões.

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Versos Antigos (1885-1889)
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

Em "Versos Antigos (1885-1889)", Emílio de Meneses revisita e refina sua poética, trazendo à tona a nostalgia e o peso do tempo. Esses poemas, datados de um período crucial da sua produção, representam uma busca constante pelo significado da vida e da arte. Meneses se vale de uma linguagem clássica e, por vezes, arcaica, para construir um diálogo entre o passado e o presente, refletindo sobre o transcurso do tempo e as marcas que ele deixa na memória e no coração. A obra se caracteriza pela melancolia das lembranças, com uma intensidade emocional que transporta o leitor para uma era de buscas filosóficas e poéticas, conferindo aos "versos antigos" uma profundidade que ressoa com a universalidade do tema.

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Símbolos
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

Em "Símbolos", Emílio de Meneses mergulha no universo da poesia simbólica, utilizando a metáfora e o alegórico para explorar os mistérios da existência humana. Seus versos, carregados de imagens poéticas intensas, vão além da superfície das palavras, convidando o leitor a interpretar e descobrir significados ocultos. A obra reflete uma busca por transcendência, onde cada símbolo é uma chave para compreender o desconhecido e o inefável. A linguagem de Meneses, ao mesmo tempo lírica e introspectiva, cria um espaço onde o silêncio e a sugestão ganham mais peso do que a explicação direta, levando o leitor a uma experiência de imersão no abstrato e no espiritual.

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Poesia Satírica e Versos de Circunstância
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

Em "Poesia Satírica e Versos de Circunstância", Emílio de Meneses apresenta uma crítica afiada à sociedade de sua época, utilizando a sátira como ferramenta para expor vícios e incoerências. Seus versos, carregados de ironia, desconstroem figuras públicas e comportamentos sociais, com uma escrita que mistura humor e reflexão. Ao mesmo tempo, os "Versos de Circunstância" revelam o talento de Meneses para a poesia mais imediata e de ocasião, onde o autor se posiciona frente aos acontecimentos e situações do cotidiano. Juntas, essas obras mostram o domínio de Meneses sobre a forma poética e seu olhar atento às questões sociais, políticas e culturais, sempre com uma crítica mordaz e, por vezes, sarcástica.

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Poemas da Morte
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

Em "Poemas da Morte", Emílio de Meneses explora o tema da finitude com uma profundidade melancólica e existencial. Seus versos revelam uma reflexão sobre a morte não como o fim definitivo, mas como parte de um ciclo inevitável, permeado por questões filosóficas e psicológicas. O autor utiliza uma linguagem introspectiva e sensível, imergindo o leitor na complexidade das emoções humanas diante da perda e da morte, abordando o lamento e a aceitação. A poesia de Meneses transforma a morte em uma presença constante, mas tratada com serenidade e até uma certa beleza trágica, onde a contemplação do fim se torna uma jornada poética e reflexiva.

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Mortalhas - Os Deuses em Ceroulas
(Versos Humorísticos)
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

Em "Mortalhas - Os Deuses em Ceroulas", Emílio de Meneses mistura a crítica social com o humor refinado, criando uma obra onde os deuses do panteão clássico são retratados de forma irreverente e humana. Os versos humorísticos, com uma ironia mordaz, questionam as instituições, as crenças e as hipocrisias da sociedade. Através de uma escrita leve, mas contundente, Meneses desmonta a pompa divina, mostrando-os em situações cotidianas, com falhas e fragilidades. Com um olhar atento ao absurdo da existência humana, o autor transforma o riso em um instrumento de reflexão, oferecendo uma visão irreverente do mundo e das figuras que o governam.

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Esparsos e Inéditos - Poesia Lirica
Autor: Emílio de Meneses
Lançamento: Final do século XIX

Em "Esparsos e Inéditos", Emílio de Meneses revela um lirismo profundo, onde a simplicidade da palavra se mescla à grandeza da emoção. Seus versos transitam entre o confessional e o universal, explorando temas como o amor, a dor e a busca pela identidade. Cada poema é uma fragmentação de um sentimento intenso e, ao mesmo tempo, universal. Meneses se destaca pela honestidade emocional e pela busca constante de sentido, com uma escrita que transita entre o coloquial e o sublime. Ao unir a introspecção à clareza, o autor nos convida a mergulhar em sua poética íntima, que se revela tanto pessoal quanto representativa de um Brasil em transformação.

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Écloga de Jano e Franco
Autor: Bernardim Ribeiro
Lançamento: Início do século XVI

Na Écloga de Jano e Franco, Bernardim Ribeiro transforma o campo em palco de confidências e melancolia. Dois pastores conversam — e, através deles, ecoam as dores da ausência, do amor perdido e da saudade profunda. A linguagem simples e musical revela um mundo em que a natureza reflete o estado da alma. Com doçura e sofrimento, Bernardim inventa o bucolismo sentimental português: menos idealizado, mais humano, onde os pastores choram não por mitologia, mas por amor de verdade.

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Hontem pôs-se o sol
Autor: Bernardim Ribeiro
Lançamento: Início do século XVI

Neste lamento breve e carregado de simbolismo, Bernardim Ribeiro observa o pôr do sol como metáfora do fim — da luz, da esperança, talvez do amor. A simplicidade do verso esconde uma dor contida, quase resignada, típica do lirismo renascentista português. Não há exagero, só melancolia: o mundo escurece por fora porque algo se apagou por dentro. É poesia da perda, feita com a delicadeza de quem sabe que o silêncio também fala.

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Cantiga Sua à Senhora Maria Coresma
Autor: Bernardim Ribeiro
Lançamento: Início do século XVI

Nesta cantiga, Bernardim Ribeiro tece versos delicados e melancólicos para a Senhora Maria Coresma, símbolo de uma paixão idealizada e da dor amorosa renascentista. Com a suavidade típica do lirismo trovadoresco, o poeta derrama sentimento em imagens de natureza, saudade e devoção. É um canto onde o amor não se concretiza — apenas se sente, se sofre e se canta. Bernardim faz da ausência uma presença poética, e da dor, uma forma de beleza.

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Mana Maria
Autor: Alcântara Machado
Lançamento: 1936 (publicado postumamente)

Em Mana Maria, Alcântara Machado assume um tom mais íntimo e narrativo, sem perder o olhar atento às transformações sociais do Brasil urbano. A protagonista é uma jovem nordestina que migra para São Paulo, e sua trajetória é símbolo de deslocamento, choque cultural e resistência silenciosa. Com uma prosa mais amadurecida, o autor mescla lirismo e crítica social, dando voz a quem raramente a tinha. É o Brasil das mulheres, das migrações internas, do contraste entre tradição e metrópole. Um livro sensível, forte e injustamente pouco lembrado.

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Laranja-da-China
Autor: Alcântara Machado
Lançamento: 1928

Em Laranja-da-China, Alcântara Machado experimenta com ainda mais liberdade a fusão entre jornalismo, crônica e literatura. A cidade de São Paulo volta a ser cenário e personagem, mas agora com um olhar mais irônico, cosmopolita e modernista. Os textos transitam entre o comentário social e o humor refinado, sempre com linguagem ágil e ritmo de conversa. Alcântara captura o espírito de um tempo em que o Brasil buscava se reinventar — e ele, com seu estilo direto e fragmentado, antecipava o futuro da prosa urbana brasileira.

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Contos Avulsos
Autor: Alcântara Machado
Lançamento: Década de 1920 (em revistas e jornais); obra reunida postumamente

Em Contos Avulsos, Alcântara Machado reafirma seu domínio da crônica urbana e do retrato social, com textos breves, cheios de ritmo e observação. São histórias que flagram a cidade em pequenos gestos, sotaques, silêncios — um Brasil em trânsito entre a tradição e a modernidade. Mesmo nos contos aparentemente simples, há crítica, ternura e ironia. Alcântara escreve como quem escuta, e traduz o cotidiano em literatura viva, marcada pela fala popular e pelo olhar agudo.

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Brás, Bexiga e Barra Funda
Autor: Alcântara Machado
Lançamento: 1927

Neste retrato vibrante da São Paulo imigrante e popular, Alcântara Machado transforma bairros em personagens e personagens em vozes de uma cidade em transformação. Com linguagem ágil, oral e cheia de humor, o autor capta o cotidiano dos italianos, operários e pequenos comerciantes com lirismo e ironia. As histórias curtas, entrecortadas por gírias e sotaques, revelam uma cidade pulsante, em conflito entre o velho e o novo. Um marco do modernismo brasileiro — leve na forma, profundo no olhar.

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Woyzeck
Autor: Georg Büchner
Lançamento: Incompleto — publicado postumamente em 1879

Em Woyzeck, Büchner mergulha nas profundezas da miséria humana com brutal honestidade. Inspirado em um caso real, o drama acompanha um soldado pobre e explorado, levado ao limite pela opressão social, pelos experimentos científicos e pela humilhação cotidiana. A peça é fragmentária, intensa e inovadora — um grito pré-existencialista que antecipa o teatro moderno. Woyzeck não é só vítima: é espelho de um sistema que desumaniza. Büchner não julga, apenas revela. E o que revela é dolorosamente atual.

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Leonce e Lena
Autor: Georg Büchner
Lançamento: 1836

Neste drama satírico, Büchner desmonta os rituais do poder e do amor com ironia e leveza. Leonce, o príncipe entediado, e Lena, a princesa prometida, fogem de um destino arranjado — apenas para cair nele por acaso. A peça, escrita com um humor fino e filosófico, questiona se há mesmo espaço para liberdade em um mundo guiado por convenções e absurdos. Mais do que uma comédia romântica, é um espelho da sociedade que ri de si mesma — e faz o leitor rir, ainda que desconfiado.

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Rui Barbosa
Autor: Crispiano Neto
Lançamento: Final do século XX

Neste poema, Crispiano Neto ergue Rui Barbosa como um farol da inteligência e da ética brasileiras. Os versos são densos de admiração, mas também de urgência — como se chamassem de volta o senso de justiça que Rui encarnava. Neto vê em Rui não apenas o orador brilhante ou o jurista erudito, mas o homem que ousou sonhar com um Brasil mais justo, guiado pela palavra e pela razão. O poema é tributo e cobrança: que não deixemos sua memória virar silêncio.

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Gilberto Amado
Autor: Crispiano Neto
Lançamento: Final do século XX

Neste poema, Crispiano Neto homenageia Gilberto Amado como quem escreve para um espírito inquieto e multifacetado. Jurista, diplomata, homem de letras — Amado é retratado como símbolo de uma inteligência que não se acomoda. Neto capta, em seus versos, a essência de um brasileiro que transitou entre o pensamento e a ação, entre a política e a literatura. O poema é menos biografia e mais espelho: revela o quanto a inquietação intelectual pode ser também uma forma de amor ao país.

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Afonso Arinus
Autor: Crispiano Neto
Lançamento: Final do século XX

Neste poema, Crispiano Neto revisita as feridas históricas deixadas pelo preconceito e pela desigualdade. Ao evocar Afonso Arinos — referência à luta contra o racismo institucional —, o autor não apenas homenageia, mas também denuncia. A poesia torna-se ferramenta de memória e resistência, clamando por um Brasil que reconheça sua dívida com os marginalizados. A força dos versos está no compromisso com a verdade e na urgência de justiça. Neto escreve como quem se recusa a esquecer, como quem exige que a história mude de tom.

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Barão do Rio Branco
Autor: Crispiano Neto
Lançamento: Final do século XX

Neste poema, Crispiano Neto enaltece a figura do diplomata que redesenhou as fronteiras do Brasil com palavras em vez de armas. O Barão do Rio Branco surge não apenas como personagem histórico, mas como símbolo da inteligência a serviço da paz. Neto resgata a memória do estadista para lembrar que a grandeza de uma nação também se constrói com diplomacia, estratégia e diálogo. Seus versos ecoam um patriotismo crítico, que valoriza o saber e a negociação em tempos de conflitos e incertezas.

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Nem sempre sou igual no que digo e escrevo
Autor: Alberto Caeiro
Lançamento: Início do século XX (parte da obra dos heterônimos de Fernando Pessoa, em domínio público)

Neste poema, Caeiro admite suas variações com a naturalidade de quem se entende como parte da natureza. Ele não busca coerência rígida, porque sabe que o pensamento também muda como o vento. Ser contraditório não é fraqueza — é ser vivo. Ao dizer que nem sempre é igual no que diz e escreve, ele reafirma seu desapego à lógica e à rigidez. A verdade, para Caeiro, não está na constância das palavras, mas na fidelidade ao momento sentido. Ele não pretende ter razão — pretende apenas ser.

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Navio que partes para longe
Autor: Alberto Caeiro
Lançamento: Início do século XX (parte da obra dos heterônimos de Fernando Pessoa, em domínio público)

Ao ver um navio partindo, Caeiro não pensa em destinos, saudades ou significados ocultos. Ele apenas observa — o movimento do navio, a separação da água, a linha do horizonte. Não projeta sentimentos, não imagina histórias. Para ele, o navio parte, simplesmente, porque parte. Essa neutralidade sensível é a força do poema: a beleza está no que se vê, não no que se interpreta. Com isso, Caeiro ensina, mais uma vez, que o mundo é perfeito quando aceito como é — sem metáforas, sem dor, sem além.

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Meto-me para dentro, e fecho a janela
Autor: Alberto Caeiro
Lançamento: Início do século XX (parte da obra dos heterônimos de Fernando Pessoa, em domínio público)

Ao fechar a janela, Caeiro não está fugindo do mundo — está apenas encerrando um ciclo de ver. Ele contemplou o que havia lá fora com pureza, como sempre fez, e agora se retira, não por tristeza, mas por completude. O gesto é simples, cotidiano, e ainda assim carrega a serenidade de quem viveu o instante plenamente. Fechar a janela é um ato de descanso, não de negação. O poema reafirma sua filosofia: a realidade não precisa ser constante nem grandiosa — basta ser vivida enquanto dura.

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Li hoje quase duas páginas
Autor: Alberto Caeiro
Lançamento: Início do século XX (parte da obra dos heterônimos de Fernando Pessoa, em domínio público)

Caeiro confessa, com uma sinceridade quase infantil, que leu “quase duas páginas” de um pensador — e isso bastou para lhe causar enjoo. Ele rejeita a filosofia que complica, que explica demais, que transforma as coisas simples em labirintos abstratos. Para ele, pensar demais é afastar-se do real. O poema é um manifesto contra o excesso de reflexão e a favor de uma vida vivida com os sentidos, não com teorias. Caeiro reafirma seu princípio: não é preciso compreender para viver — basta ver.

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Leve, leve, muito leve
Autor: Alberto Caeiro
Lançamento: Início do século XX (parte da obra dos heterônimos de Fernando Pessoa, em domínio público)

Neste poema breve e essencial, Caeiro capta a leveza como essência da existência. “Leve, leve, muito leve” — assim passa a vida, como uma brisa, como um pensamento que mal se forma. Não há peso nas coisas, só o instante que vem e vai. O poeta não se agarra a significados nem se perturba com mistérios: ele apenas sente, como quem deixa tudo escorrer pelas mãos sem tentar segurar. É um convite ao desapego, à contemplação, à aceitação tranquila de que a vida é feita de passagens silenciosas.

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