

brunob612 @brunob612
Literunico me pergunta no dia 2 do nosso Desafio de 365 dias:
Qual livro que mais odiou?
Teve relação com algum momento que viveu?
Estudando sobre a ditadura militar, ocasionalmente me deparei com "Rompendo o Silêncio", de Carlos Alberto Brilhante Ustra (sim, aquele mesmo citado por Bolsonaro). A forma mordaz, sínica e patética como esse infame moço tenta defender a si e á ditadura no livro me chamou muita atenção. Não gostaria de falar de política aqui, mas realmente não tem um livro que eu odeie mais do que esse, Ustra apela pra um tipo de mentira já bem conhecido: o que tem trechos de verdade, descrevendo com ênfase os crimes dos guerrilheiros, mas nunca os conhecidos massacres dos militarez. É um livro para se passar bem longe, a não ser que seja pesquisador da área

brunob612 @brunob612
#desafio 365 dias
Dia 01 - 1 - Qual seu livro preferido dentre todos (sem ser seu)?
É uma pergunta deveras complexa, muitos são os livros que me mudaram e me tornaram em poeta. Vou de Capitães da Areia, do grandioso Jorge Amado, um livro que reflete as infinitas nuances da sociedade não só baiana, como brasileira como um todo. Um grupo de garotos, moradores de um trapiche abandonado, que cometem crimes para sobreviver sempre correndo o risco de parar no reformatório (o que efetivamente ocorre numa parte da história). Jorge Amado revela uma verdade nua e crua, nos choca e nos cativa com esses garotos

brunob612 @brunob612
O #desafio do Literunico me sugere hoje que:
3 - Conte para nós sobre um livro que você já leu mais de uma vez ou especificamente o livro que você já leu mais vezes. O que te motivou?
As Aventuras de Tom Sawyer é um livro que encantou o jovem Bruno de 13 anos. A inteligência teimosa de Tom, o preconceito sofrido por Huck e toda a construção de cenário da cidadezinha onde a história se passa, foram sempre mote das reflexões solitárias que um dia me tornaram poeta. Samuel Clemens segue sendo um autor lendário (e seu pseudônimo, tão lendário quanto) ainda nos dias de hoje, e já me aventurei por outras intrigantes obras de sua autoria

brunob612 @brunob612
#desafiodeescrita @literunico
Os poetas seguem
abrindo os caminhos
seus sussurros ecoam, divinos
apesar de todo o desnecessário barulho
observam, com calma, o sorriso do silêncio
repousando em sinceros devaneios
suportando a solitária arrogância do sol
que insiste em atrapalhar nossa visão
sendo sóis, brilhando em si e para os outros
mesmo para os que não notam esse brilho todo
cegos pelas aparências e pela doença, da falta de imaginação.
Os poetas seguem, alguns até escondidos, em trajes de gari, uniformes de estudante, e a plena vista de todos (que é a melhor forma de se esconder). Os poetas sangram poesia, e desse sangue escorrem verdades - mesmo os maiores fingidores precisam da verdade para conhecer a verossemelhança, para saberem dizer o necessário, o lúdico e o imaginário - por mais que digam que essa gente não faz nada, que sempre vivam na corda bamba entre o desprezo e a idolatria, e por mais que a idolatria só venha aos famosos - nós, poetas seguimos. Antes de todos, nós

brunob612 @brunob612
Noel Rosa
Se esquiva
dos palpites
infelizes
rima, debaixo
das marquises
ouve atentamente
o som dos apitos
num mundo
que sempre quer
abafar os gritos
- Bruno dos S. Barboza