Penso por alguns momentos e vou tomar água. O local onde o troll me encontrou era bem mais longe dali, além disso, havia o machucado não teria como me alcançar. O melhor era encontrar o riacho e segui-lo a distância para chegar em casa. Agora só precisava me orientar, porque sabia que o riacho cortava a floresta vindo das montanhas élficas e indo em direção à minha casa e que pro lado direito ficava Hiruna que seria o sudoeste e para esquerda ficava Helira. Então precisava encontrar sudoeste e o norte, então saberia para onde deveria caminhar.
— Pensa raposinha, seu pai lhe ensinou como se orientar quando estivesse perdida numa floresta — mordo o lábio inferior olhando em volta. Um vento balança a copa das árvores e uma nesga de sol atinge o meu braço. Olho para cima e lá estava o sol e bufo.— Droga, o sol está apino, então é meio-dia, não vai ter como o usar. Aquele homem estranho me deu boa tarde, só se ele já havia comido. Não posso pensar em comida, tenho que voltar para casa. Qual outro meio que tem para se encontrar os pontos cardeais por aqui?— olho em volta e vejo um musgo estranho numa árvore. — Isso, musgos crescem no lado sul das árvores, então…
Pego um graveto e risco no chão uma rosa-dos-ventos improvisada, sabia onde era o sul, então a outra ponta era o norte. Fico encarando aqueles riscos até me dar conta da besteira que estava fazendo. Dou um tapa na minha testa.
— Gênia, o sol nunca fica bem centralizado — olho para cima novamente e vejo que o sol está mais para a direita, isso quer dizer que para a esquerda fica o leste e à direita o oeste — risco as novas informações no chão, agora precisava de mais alguns detalhes do terreno para prosseguir.
Subo na árvore que tinha perto de mim. Escalo até o seu topo e vejo que estava certa nas minhas orientações. A montanha que ficava Elira, a cidade dos elfos estava a minha frente indicando o leste, para trás de mim ficava a minha casa, olho na direção sul que encontrei e enxergo a Torre Azul com sua cúpula feita de ouro lar dos anões. Então agora conseguia me encontrar naquela floresta sem nenhum instrumento.
Desço, procuro uma folha de bananeira e com o meu canivete risco o meu mapa improvisado. Agora seria tranquilo encontrar o caminho.
— Agora sim, só seguir para sudoeste, encontrar o riacho e seguir seu fluxo até em casa — enrolei o mapa e enfiei na cintura e comecei a caminhar.
Algum tempo depois encontro finalmente o riacho. Ajoelho-me em sua beirada e bebo água, refresco meu rosto e nuca. Respiro aliviada.
— A corrente do rio está indo para a direita, então lá é o oeste é para onde vou — antes que eu consiga levantar algo cai sobre mim me prendendo ao chão. — Ei me solte, eu não sou um animal.
— Olha só o que encontramos por aqui. A ratinha que fugiu de mim —uma voz grave atrás de mim me causa calafrios. Olho para trás e vejo Olavo, o troll que havia machucado e agora estava de pé e caminhando tranquilamente.
— Mas como? Os ferimentos deveriam ter te deixado…
— Só uma humana burra como você que acha que eu não teria uma bruxa para me ajudar nesse tipo de situação. Peguem-na e a coloquem na carroça, perdi a vontade de tê-la como empregada, vai virar escrava, caçando rubi e safira para mim — Olavo sacudindo a mão para alguém.
Dois trolls apareceram, me levantaram do chão como se eu fosse nada e depois me atiraram numa jaula numa carroça onde tinha outros humanos e seres mágicos me encarando.
— Eu não devia ter escolhido essa escolha?
... Continua no próximo livro que será publicado depois que esse terminar. Se não quiser esperar, volte no tempo escolhendo outra opção e tente outras escolhas.
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