Aquele caminho eu não conhecia muito bem, nunca havia caminhado para aquele lado, contudo eu estava à procura de uma aventura, então nada melhor que explorar algo que não conhecia. Por ser um local desconhecido precisava ficar atenta o máximo de tempo possível. Retiro da mochila o meu arco e uma flecha, os posiciono e caminho cuidando tudo a minha volta.
Tudo ali era estranho, as árvores eram mais tortas, o barulho dos animais mais esquisitos e barulhentos. Escuto um grito que me faz ficar totalmente arrepiada. Será que alguém estava em perigo? Aponto o arco para a direção que o barulho veio e vejo um animal estranho de orelhas enormes e peludo, quando ele parava de caminhar olhava para cima e soltava aquele grito horrendo.
— Caramba, até os animais por aqui são estranhos. Eu devia voltar e pegar o outro caminho e…Não, não mesmo raposinha, você precisa mudar de vida e essa é a única maneira para fazer — respiro fundo e visto o capuz da minha roupa. Foi uma roupa dada pelo meu pai, eu a adorava, sempre me sentia bem quando estava com ela.
Adentro mais na floresta. Passo por um córrego e resolvo encher os meus dois cantils. Não tinha hora para voltar e minha mãe quando me dava esse tipo de tarefa já sabia que eu iria demorar e nem sentiria a minha falta em casa.
Avisto um urso marrom vindo correndo na minha direção. Rosnava e batia as patas no chão. Não tinha ideia do que fazer, porque ursos poderiam ser apenas animais selvagens ou algum metamorfo que uma vez foi humano e estava agora deixando livre seu lado selvagem.
Resolvo sair correndo. Vejo uma árvore com galhos baixos e a escalo o mais rápido possível. O urso fica rondando a árvore e rosnando. Reviro os olhos. Com certeza era um urso comum e agora estava presa ali. Ele ficou por muito tempo ali que acabei dormindo. Acordo no susto com imagens da minha mãe virando um dragão, mas eu sabia que era mentira, porque a minha mãe estava segura em casa, a do sonho tinha cabelos castanhos e a minha tinha cabelos loiros. Abro os olhos e vejo que minha mochila está no chão. O susto deve ter me feito derrubá-la.
— Saco. Será que aquele urso idiota foi embora?— olha em volta procurando ele.
— Com certeza que o urso idiota não foi embora — uma voz masculina vindo do chão.
Olho para baixo e encontro o urso sentado com a minha mochila no colo e mexendo dentro dela.
— Eu sua humana, idiota — o urso olhando para mim e falando. — Vocês sempre caem nesse truque. Sabia que é foi muito idiotisse sua entrar na floresta escura sozinha?
— Sei disso, estou percebendo isso agora. Agora poderia devolver a minha mochila?
— Achado não é roubado, quem perdeu foi relaxado — ele sorriu, ficando em sua forma humana. Estava completamente nu, era um rapaz de cabelo loiro. Retirou as roupas que havia guardado lá dentro e as vestiu.— Melhor que nada. Até mais estranha.
— Você me paga se um dia encontrá-lo novamente.
— Então procure por Gerard, o metamorfo charmoso de Helira. Até mais.
— Então cuide a sua retaguarda metamorfo, não sabe o que o aguarda na espreita.
— Vou ficar no aguardo, uma dica fique de olhos abertos nessa floresta escura às vezes ela é bem cruel — sumiu de vista entre as árvores.
— Estou sabendo. E agora o que faço? Sem comida, sem proteção?
Respiro fundo e desço da árvore. Eu sabia me virar sem minhas coisas. Eu me lembrava de onde havia vindo, contudo, para lá seria perigoso voltar, o metaformo Gerard poderia estar me esperando só para me pregar outra peça.
— E agora voltar para casa ou continuar explorando essa estranha floresta?
O que a raposinha deve fazer?
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