"Sempre haverá algo mais bonito que a prata que nós tiramos desta terra"
- Hertriculo, Minerador das Minas de Suider
O grande templo havia dado início a suas fundações, a guerra agora ficava mais distante dos campos que semearam o início da república. Antes tribos soltas e cidades isoladas, agora unidas em uma missão, as terras disputadas deixaram de ter corpos para se ter colheita de grãos e as cavernas inexploradas agora eram as portas das pedreiras e das minas que abasteciam as cidades, as legiões e a economia em seu todo.
Em Ponpucirvi, um recente vilarejo localizado em Suider dava espaço a nobre atividade. Mineradores e camponeses viviam juntos, sempre com quartéis nas proximidades. Lá se minerava a prata, um dos minérios mais cobiçados na república centuriana.
Lá se tinham muitas raças Entropiy, porém a que mais se destacava eram os pequenos goblins, entre eles...
Hertriculo acordava mais um dia cedo em sua pequena casa, sua esposa e seus seis filhos ainda permaneciam sonolentos. Ele subiu sobre sua moradia pelas paredes de madeira e barro e ficou em seu topo de colmo para admirar o nascer do Deus-Sol. A manhã dava início, assim como tudo que estava por vir, saiu de cima para acordar sua família.
Sua esposa, Sipocalia, não estava ainda acostumada à transferência de vida, antes residente das cidadelas, nunca teve uma casa própria para cuidar, e vivia vendendo e tecendo, agora tinha uma modesta casa que era dona. Ela acordava com um ar cansado, esfregando os olhos, saindo da cama e abraçando seu amado.
— Bom dia, querido.
— Bom dia, minha rainha, como foi sua noite?
— Cansativa... você sabe da nova? — Ela se aproximava de Hertri um pouco empolgada com a notícia.
— Não sei. O que é? — O minerador olhava com um ar sereno a esposa, curioso com o suspense.
— O nobre Grutius falou da vila que... todos os escravos dela seriam enviados para as minas e as funções deles agora seriam dos camponeses locais. — Sua animação contrastava com a face de Hertriculo, que não via com bons olhos aquela notícia.
— Por que isso seria bom?
— Meu querido marido, agora você pode trabalhar com algo mais seguro e... — Herticulo tocava no ombro dela, negando com a cabeça.
— Toda vez que entro naquelas minas, eu saio com algo para a república e para nossa família. Somos bem afortunados para ela. E eu não sou um servo para ficar trabalhando por um senhor. — A esposa ficava sem jeito e um pouco angustiada, olhando para ele e suspirava, sabia que mudar sua cabeça seria complicado e cansativo.
— Meu marido, por favor, você viu o que acontece diariamente nas minas... eu não quero te perder — Ele tocava na cabeça dela, fazendo um cafune na cabeça dela.
— Não se preocupe, vou voltar, tenho que ir ao trabalho, volto à tarde.
— Espere! Você não fez dejejum.
— Peça para Mirtão trazer para mim na entrada da mina. — Ele ia até o meio da casa, pegando uma veste feita de fibras de taboa sobre o corpo, a amada tocava na cabeça dele, a beijando, se despedindo do mesmo.
Herticulo saía de seu recinto e trilhou o caminho de seu trabalho, as minas de Suider. Andando pelo caminho, viu os recém-plantados campos de centeio, onde só havia pequenos brotos e ervas daninhas que cresciam no meio. Eram pequenos dentes de leão que se espalhavam pelo ar com a mais leve brisa e empragejavam por todo o campo lavrado. O goblin arrancava algumas perto do caminho, as cheirando de leve, olhou para longe, vendo os bosques e florestas, ele parou em admiração ao cenário por um momento, o contemplado. Por fim, mexeu em seu chapéu e suspirou.
— Gostaria de um dia ter meu próprio campo para plantar. Mas será logo — seu esperançoso sorriso tomava a face enquanto o mineiro voltava a seguir seu caminho.
Ao longe, já dava para ver o grande aqueduto que desabava nas minas. Ao lado também havia um riacho que ligava os tonéis e as dragas. Herti escutava ao longe o barulho dos homens gritando ordens e o carregamento de peças, pedras e equipamentos de todos os lados. Dures, o capataz bestial fuinha da obra naquela gritaria toda, olhou para o minerador e chegou correndo até ele.
— Herticulo, temos um problema!
— Mas já? — o goblin olhava indignado para a fala. — O que houve?
— Mirgus se queimou no sopão, agora não temos ninguém para cuidar dela no lugar dele.
— Você sabe que o sopão é quase a atividade mais perigosa daqui, como você quer que eu cuide daquilo? — O capataz olhava para os lados para ver se alguém estava o focando e se inclinou, sussurrando.
— Me ajuda nisso, eu preciso de alguém lá hoje. O senhor dessas terras vem hoje e eu não posso pôr um escravo lá.
— Está bem. Está vindo, eu vou, mas você vai ficar me devendo. — Dures sorria batendo nas costas de Herticulo, ele olhava para os lados e voltava a seu posto fiscalizando os diques e os garimpeiros locais.
Herti foi até as caldeiras, pegou a pá de madeira. Lá havia várias alas, todas elas sendo abastecidas a todo o momento com pedras carregadas por escravos de serviço, as pedras mexidas por cidadãos livres e sempre com capatazes andando de um lado ao outro em quem entrava e saia.
Havia também torres de observação nas partes altas com soldados da república, e sempre, sempre, pessoas se machucando, principalmente das caldeiras pela água fervente que espirrava, e das bolhas que emergiam pelas pedras que quebravam com os choques térmicos.
Ele começou a mexer o caldeirão com grande cautela e certo medo, forçando a pegar na ponta do remo por medo das bolhas que estouravam. Alguns momentos, o barulho das pedras se rompendo era notório, e cada vez mais pedras eram postas, muitas tiradas de baldes de água fria e colocadas gradualmente para os choques.
Normalmente se escutavam gritos das queimaduras pelos espirros ferventes, era um trabalho perigoso e sem formas de reter os danos. Passaram poucas horas e um grito se destacou nos ouvidos de Herti.
Um jovem goblin, do rosto manchado e dos olhos amarelos, suas orelhas eram grandes e seu nariz era oval. Ele se aproximava do mineiro com grande pressa.
— Filho, veio rápido! Se viesse mais cedo, pensaria que fosse uma tartaruga. — Herti falava em um tom bem-humorado enquanto lentamente a água evaporava.
— Perdão, pai, tive que correr contra o tempo.– Mirtão dizia sem jeito e sujo com um pó amarelado pelas mãos e braços.
— Certo, certo... Por quê? — o pai do jovem dizia enquanto tomava todo o cuidado ao mexer as pedras.
— Ganhei um trabalho novo. — O final da frase do jovem fez o goblin parar, ele levantou sua pá vendo um pouco do pó metálico subir junto da água que caia de volta ao caldeirão.
— Que emprego? Entrou para a mina? Sua mãe sabe?
— Não, meu pai, infelizmente a mãe me pediu para não virar mineiro... Mas consegui algo bom, trabalho agora no moinho. — Ele esfregava as mãos, juntando a farinha grudada fazendo pequenos fios de farinha. A face de Herticulo ficava em puro contraste, não sabia se discutia com o filho sobre os ganhos que a mina lhe dava para sustentar a casa ou se parabenizava pela conquista de seu primeiro ofício próprio, ele pegou a refeição e a abriu.
— Quero que me explique depois como estão pagando... Obrigado pela comida, meu filho. — Ele pegava um pão encharcado em vinho aquecido e comia e bebia um gole do pequeno jarro com leite de ovelha.
— Vou explicar ao senhor, tenho que voltar a minha empreita. Tenha um bom trabalho! Te vejo mais tarde.– Mirtão saia de perto, acenando ao seu pai, indo embora da área das caldeiras.
— Seu filho parece animado. — Um dos colegas de caldeira comentava enquanto voltava a mexer a pá.
— Não vou discordar que ele, se pagando, é menos uma boca para me preocupar.
Os dois riam enquanto voltavam à empreitada, que durava até a tarde, o trabalho braçal exaustivo e repetitivo cansava cada vez mais aqueles que se concentravam no aquecimento. Quando a água acabava, era o momento ideal para a coleta dos minérios. Os escravos, que tinham como única proteção as sandálias grossas de couro, no momento em que chegavam para a coleta dos metais tirados das rochas, eram acompanhados por guardas armados com chicotes e porretes. Eles ficavam de olho tanto nos escravos quanto nos homens livres. Após coletar todos os metais e jogar em um cesto de couro e fibras, o guarda nos levava até o marteleiro.
Lá, um grande hobgoblin junto de outros humanoides maiores, pegava as pedras com muitos minérios e as martelavam, destruindo o resto dos resíduos de pedra e separando o minério. Colocavam o minério em potes para derreter e depois fazer os lingotes. Naquela parte era feita a separação, onde o garimpeiro/mineiro recebia uma parte, o dono dos escravos recebia outra pelo uso do escravo, o dono da mina e o dos forjadores pegavam uma parte, uma pequena parte ficava de imposto à república e o que sobrava ficava para os aquecedores.
Poderia ser injusto, mas às vezes uma caldeira podia pegar um pouco do trabalho de até 20 mineiros se tivesse sorte. Os únicos que não ganhavam nada eram os penados, que eram enviados para os piores trabalhos graças a seus crimes.
Com isso, o capataz marcou os nomes e levou para o escrivão anotar quanto se devia a cada no final do dia. Herticulo viu a anotação e voltou a seu posto para continuar sua atividade. Tempo se passou e agora era o alto de Solaris. Os humanoides, após tanto trabalhar, saíam para o descanso coletivo. Os humanos escravizados, criminosos e endividados iam para pontos divergentes dos trabalhadores livres, alguns para receber punição por erros, outros para saber quanto faltava para quitar suas dívidas.
Agora, em sua cena, Herticulo seguia a maioria para as cabanas de comida. Alguns mais abastecidos compravam comidas mais fartas como pães de trigo, vinho e comidas assadas nas popinae, outros iam até os ambulantes e mercadores que ofereciam crepes, garo e outros alimentos mais populares, sopas de mariscos e Puls, uma papa de cereal com cereais, leite e alguns outros condimentos. Lá ele encontrava Dures que comia alguns cogumelos queimados e crepe melado em presto.
Ele chamava Herti para junto do mesmo após a empreita. Que foi até o capataz.
— Como foi hoje, meu amigo?
— Exaustivo, não gosto muito das caldeiras, queimei meus pés algumas vezes e o calor é absurdo.
— Eu entendo, também não gosto de trabalhar por lá, é doloroso e sempre tem acidentes pesados. — Dures mordia seu crepe, o mastigando com certa força, o oferecia estendendo ao goblin que humildemente recusava.
— E por que me tirou dos diques? — o mineiro perguntava enquanto se sentava ao lado do Bestial. O mesmo olhou para os lados e se abaixou próximo ao Herticulo
— Migas e secundis estão andando estranhos.
A curiosidade tomou o goblin que o questionou — como assim? —
— Não sei dizer, mas acho que eles estão tramando algo... Migas há tempos reclama que não tem salário o suficiente — Herticulo travou olhando diretamente para o capataz sem acreditar no que havia dito.
— Temos que impedir ele... — ele balançava a cabeça e cruzava os dedos, assustado — Ele acabou de ter uma filha, ele vai comprometer a família dele inteira se fizer isso.
— Eu não posso fazer nada, Herti, se eu fizer, perco meu trabalho. Não posso te ajudar nisso, mas vou tentar te dar suporte. Certo — Dures olhava para seu colega, terminando de comer o crepe e se levantando com um ar sério.
— Tente evitar que o Migas faça isso, o Secundis é quem está planejando... ele não vai escapar.
A pausa de alimentação se encerrava pouco tempo depois. Herticulo retornava a seu posto nas caldeiras por aquelas longas horas que sucederam. O dia passou de forma célere junto do trabalho, o mineiro queimou um pouco as mãos pela água que respingava para fora, pela queda de materiais e pela fervura elevada, por fim Solaris começava a se por e a Lua Azul a tomar conta daquele lado. Todos que já haviam terminado seus serviços, iam embora ou eram tirados pelos capatazes e guardas. Os escravos eram recolhidos para carros de boi e levados para os dormitórios, as caldeiras eram apagadas e esvaziadas, em seguida, eram feitas uma gigantesca inspeção em cada caldeirão para pegar as pequenas pedras do fundo e limpar para o dia seguinte.
Os ferreiros enviavam todo o metal para o depósito e era feita uma meticulosa contagem de todos os recursos que lá foram extraídos e de quem fez o que. Ali dava para descobrir falhas e aonde o metal poderia ser desviado, essa parte era feita pela guarda e pelos administradores do fórum da cidade mais próxima, que vinham para enviar os relatórios ao Senado da República. Herticulo saía à procura de Migas, que estava indo em direção à pequena taberna da vila.
— Migas. — Migas era um goblin também, mas por sua vez, era bem mais jovem de Herticulo e tinha costeletas cacheadas e um ralo cabelo preto encaracolado. Ele se virava para o colega de mineração, acenando para o mesmo. — Podemos conversar?
— Claro, Herticulo, aliás, parabéns. — Herticulo olhava confuso, sem entender por um momento.
— Parabéns pelo quê?
— A Piollani me falou que seu filho agora é Moleiro — Migas falava tranquilamente enquanto andava pela estradinha em direção à taberna.
— Ah sim! Ele me contou hoje de manhã. E suas filhas, como estão?
— A Piollani está bem, ainda naquele trabalho de fazer cordas. A Julinie já tem pretendente bom, o filho do Aurugio... — Migas comentava gradualmente das meninas enquanto olhava para a vila, começando a acender suas primeiras velas.
— Aquele garoto cresceu rápido e imaginava que ele era o mais baixinho do grupo. — Herticulo complementava ao tempo que olhava para a vermelhidão do céu com o por de Solaris.
— Sim, agora é um rapagão bom de enxada. — O goblin batia no braço levemente.
— Que bom! E sua filha mais nova? Como ela está? — O minerador dizia e seu colega mudava repentinamente o jeito de falar, ele agora andava um pouco mais retraído e de forma bem mais cabisbaixa.
— Doente.
Herti o tocava nas costas do colega enquanto andava.
— Perdão, meu amigo, sei que está sendo difícil... — ele tomava a frente da caminhada — Vamos beber alguma coisa.
Eles caminharam até o vilarejo. Grande parte de seu trajeto era bem feito. A extração de prata da região era necessária para abastecer a riqueza das grandes metrópoles, o que reforçava a criação de estradas bem construídas para a rapidez das caravanas de extração e a presença de tropas na região, além da fiscalização. Ainda assim, ela era uma vila. Não podendo portar fóruns ou quaisquer coisas mais elevadas.
Chegando nos muros brancos da villa rustica, lar do senhor daquelas terras, o clima era de festa, ambos os mineradores não tinham conhecimento do que ocorria. Entraram nos portões da guarnição e viram o senador daquelas terras em cima de um pedestal falando aos residentes dela as novidades de Centurion. Tinha um grande desenho em pergaminhos pintado à mão do grande projeto do Templo de Aramam e noticiava que uma estátua do deus guerreiro seria posta no lado da falésia e aqueles que fossem homens livres que contribuíssem para sua construção, teriam seus nomes cravados na plataforma da estátua.
Alguns dos trabalhadores das minas que lá moravam se reuniam, pegando alguma parte de seus ganhos da prata, os colocando em uma pequena caixa de ferro. Um escriba estava ao lado anotando quanto foi doado e quem fez tal doação. Eles se entreolharam por um momento, pensando no que fazer. Herticulo pegava algumas moedas de cobre e ia em direção à doação, algo que não foi repetido por seu colega.
— Por que você deu elas? Acha mesmo que eles vão por seu nome lá? — Migas debochava do ato de Hertículo como se fosse algo tolo a ser feito.
— Por que não? Isso vai auxiliar no templo. Mas não vamos entrar no mérito, estamos próximos da taberna. — Migas ouvia tais palavras com uma face fechada e um pouco arrependida, mas continuou seu caminho. A taberna era pequena, dois andares de casa, um para pousadas e a outra para servir o povo, com tochas e lamparinas de gordura, algumas mesas para 2 a 4 pessoas, paredes de barro e pinturas de pedra dos alimentos e animais. Os atendentes eram em sua maioria garotas da villa e os poucos homens que faziam este trabalho eram os filhos do dono. Muitos iam para jogar dados ou mesmo jogos de tabuleiros em geral, muitas vezes tendo espectadores à espera do primeiro que iria perder.
Os dois goblins se sentavam já pedindo vinho para acalmar os ânimos. Após Migas beber um pouco, Herticulo a bebeu para tomar coragem a falar com seu amigo.
— Migas...
— O quê?
— Você está planejando alguma coisa com o Secundis?
Migas mostrava um pouco de desgosto ao ouvir aquilo e olhou ao lado sem dizer nada.
— Meu amigo, eu sei que é difícil, mas...
— Difícil? Acha que é difícil somente? Herti, você por acaso sabe o que é ver sua filha com os olhos doloridos? Ou escutar ela gemer todas as noites de dor? — O jovem mineiro bebia com mais intensidade enquanto enraivecia sua voz.
— Sei que não é fácil. Mas há outro jeito.
— Que jeito? Piedade? Aceitar a morte dela? Que tipo de pai você acha que sou? — ele batia o dedo no peito do velho goblin com um ar cada vez mais agressivo. — Eu não vou deixar ela ir para o colo do Fim.
Herticulo se calou por um momento, o olhando fixamente nos olhos dele, que bebia agora o próprio de seu compatriota.
— Não precisa, eu posso te ajudar. — Migas arregalou os olhos com um ar quase a surtar, não entendia o porquê de tais palavras e tampouco aquela boa vontade feita pelo velho colega de picareta.
— Ficou maluco? — Ele negou com os dedos e com a cabeça enquanto abria um sutil sorriso.
— Sempre haverá algo mais bonito que a prata que tiramos desta terra, se você seguir Secundis você vai ser preso por roubar prata... isso vai te matar e matar sua filha logo depois. — Migas olhava sem entender, confusas falas e profundas viradas.
— Mas mesmo assim... como vai me ajudar? Preciso tratar minha filha.
— Vou ajudar... só te peço que não se corrompa, a prata é bonita. . . Nada é mais bonito que poder ver tudo que vemos da forma que vemos agora e não pela fresta de uma pedra... Bom... — o velho sorria sem jeito e voltava a beber — Vamos beber pela melhora que sua filha terá. Tudo bem?
Migas sorria triste, consentindo com a cabeça — tudo bem.
Ambos beberam pela noite e voltaram para a casa antes da lua azul chegar no topo. Lá, a esposa de Migas a esperava, vendo seu estado alcoolizado, dando alguns tapas no mesmo como repreensão. O velho minerador chegava com todos comendo a mesa, se juntando a eles antes de dormir, ouvindo a história do dia de todos os filhos enquanto comia os cozidos de sua esposa.
Migas não seguiu Secundis em seu plano e escapou da prisão que o esperava, agora com ajuda de Herticulo, gradualmente conseguia tratar sua filha da mácula. Mesmo após o tratamento, a tal deixou algumas sequelas. Mais um dia nas minas de Suider havia se passado, e no outro dia tudo continuava a seguir enquanto a república se expande.