Antes das 15h subiram os créditos na televisão de Bernardo. Ele virou-se para Renata.
— Você gostou, pode dizer! — provocou.
Ela revirou os olhos.
— Tá, ok, existe alguma diversão nisso. — reconheceu com um sorriso.
— Eu fiquei te observando. Vi você tensa nos tiroteios e rindo nas partes exageradas.
A jornalista não costumava ser nada tímida, entretanto, foi pega de surpresa pela análise dele e ficou meio desconcertada.
— Você não deveria estar assistindo ao filme? — perguntou, na defensiva. — Por que ficou prestando atenção em mim? Olha o nosso acordo!
O universitário fez um gesto com as mãos negando com veemência.
— Nosso acordo está de pé, não é isso. É que eu já devo ter visto esse filme umas trinta vezes e parte da graça de catequizar os outros para gostarem do que a gente gosta é ficar de plateia enquanto eles curtem. A gente sente que converteu mais um para a nossa causa, entende? — ele explicou.
Renata relaxou o rosto, contraído pela contrariedade, todavia ainda espiou de lado o vizinho para se assegurar de que ele não mentia. Ele estava sorridente e desarmado. Ela ajeitou-se no assento, arrumou o cabelo com as mãos, e levantou-se.
— Você não me converteu, viu? Ainda sou uma testemunha dos filmes de suspense. Se você quiser ver “O silêncio dos inocentes” uma hora dessas, combinamos.
Pegando o lençol de cima do sofá, ela fez menção de dobrá-lo e foi prontamente impedida por Bernardo, que segurou suas mãos com gentileza.
— Não precisa, de jeito nenhum. Deixa aí que eu arrumo tudo depois. Não vai ficar para um café?
Renata suspirou.
— Hoje não, muito obrigada, Bernardo. — declinou ela. — Você foi um gentleman. O almoço estava maravilhoso, divino, e fiquei surpresa com suas pipocas misturadas, mas acabei gostando. Porém acho melhor ir para minha casa por ora.
O dono da casa a acompanhou até a saída. Pararam na porta.
— Adorei o almoço e a tarde com você, Rê. Quando quiser bater aqui, podemos ver muitos filmes de ciborgues. A casa é sua.
Ela sorriu.
— Antes de outros filmes de ciborgues, você teria que ver um filme de suspense comigo, isso, sim. Mas vou indo lá, Bê. Até. — despediu-se e saiu meio de lado, devagar, na direção do seu apartamento, antes de se virar de vez.
Bernardo ficou ali acompanhando até que ela sumisse no 701. Depois fechou a porta e foi até o sofá, onde jogou-se. Um sentimento tomava seu ser, era algo gostoso, aconchegante como se ele estivesse deitado em um floco de algodão gigante. Quando pensava em Renata, ainda tinha vontade de agarrá-la e tirar sua roupa. Era algo físico e pungente. Algo a mais, entretanto, surgia. Alguma coisa psicológica, emocional, além… Caralho, Mateus, não vou te dar razão, pode esquecer! Sim, é mais do que só esse baita desejo que sinto, é. Mas é algo apenas amistoso, camaradagem. Se a gente não se aproximasse assim, ela não me daria chance de transar de novo. E eu também provo para aquele abobado do Teteu que continuo o Bernardo escorregadio de sempre.
Apesar de tentar convencer a si mesmo disso, o universitário estava vagamente preocupado. Em sua mente, além da bunda perfeita de Renata, do olhar dela enquanto chupava seu pau, figurava agora o sorriso aberto dela. Assim, descontraída, sem querer impressionar. O som daquela risada cristalina. Puta que pariu… Não, isso não é nada de mais.
Ele tinha matéria para estudar, no entanto, preferia procrastinar e deitar-se para uma soneca da tarde. Foi para a cama. Apesar de não ter saído no dia anterior, dormiu com facilidade. O corpo ainda estava se acostumando à rotina de estudar e trabalhar e ele andava mesmo um pouco cansado.
Sonhou. Chegava à beira da piscina do condomínio, praticamente vazia. Era noite, uma lua cheia imensa brilhava no céu. No meio de todo aquele azul, cercada pelos reflexos da luz na superfície, estava Renata. De longe já podia ver seus ombros desnudos e, ao aproximar-se, percebeu que ela não usava roupa alguma. Ela virou-se para ele, mergulhou brevemente e saiu da água passando as mãos nos cabelos para jogá-los para trás. Sem dizer nada, Bernardo tirou a camiseta que usava, a bermuda, a cueca e mergulhou também, saindo bem diante dela.
— A água está quentinha… — ele disse em voz baixa a ela, quase como numa confidência.
Ela estendeu os braços para pendurar-se no pescoço dele.
— Sim, está perfeita… Ficou melhor ainda com você aqui. — respondeu.
Com uma mão em sua nuca, Renata acercou-se e foi beijando de leve, devagar, depois com um pouco mais de energia, passando a ponta da língua nos seus lábios antes que ele invadisse a boca dela, transformando o beijo singelo em uma carícia avassaladora.
Sentia o gosto dela, tinha gosto de chiclete de tutti-frutti. Os lábios macios, quentes… Tomou consciência do contato dos corpos, dos relevos das curvas dela: os seios pressionando seu peito, os mamilos eriçados de tesão provocando, a perna subindo para envolver seu quadril e aproximar o sexo de ambos.
Bernardo sentia cada uma das sensações de forma aguda. Seu membro quase doía de tão rígido, ele agarrou as nádegas de Renata com as duas mãos e ergueu-a, encostando-a na borda da piscina, se encaixando para penetrá-la enquanto ela o abraçava com as pernas. Tinha um senso de urgência, não sabia se queria mais beijá-la ou comê-la. Precisava unir seu corpo ao dela.
De repente, uma musiquinha irritante e repetitiva começou a tocar. Aquela realidade foi se desvanecendo e ele abriu os olhos. A luz do anoitecer entrava pela janela aberta e o celular chamava ao seu lado. Mateus.
— Porra, cara. — atendeu, sonolento, esfregando um olho e bocejando.
“— Que voz é essa? Aposto que tava dormindo. Te mandei mil mensagens, você não visualizou, tive que ligar.” — o outro respondeu. — “E a prova de terça, você não pretende estudar, jaguara?”
Bernardo se sentou, tentando abrir bem os olhos.
— Que caralho de prova bosta nenhuma, Mateus. Eu tava dormindo, sim, e você me acordou bem na hora boa.
“— Então nem precisa explicar que já imagino o que você estava sonhando.” — o amigo riu.
— Ainda bem que você sabe. Mas, já que você me acordou, manda logo. O que você quer, Teteuzinho da mamãe e da Mine?
“— Primeiro quero que você vá tomar no cu, depois quero que você pegue o material para tirar umas dúvidas com você.”
— Mas que inferno, o outro não tem vida e não deixa ninguém mais ter. Vou ali pegar. — Bernardo levantou-se praguejando e foi para o quartinho onde ficava seu escritório.
Chegando lá, abriu o notebook e sentou-se diante dele.
— Agora fala, xarope, o que você quer?
“— É o seguinte…” — Mateus começou a explicar suas dúvidas a Bernardo, que ouvia apoiando a cabeça na mão e o cotovelo na mesa, sem vontade.
Os dois continuaram estudando por umas duas horas, até que fosse hora do jantar.
Comeu um pedaço da lasanha que havia sobrado assistindo a vídeos no celular, depois Bernardo ficou alguns minutos na mesa, distraído. Um sorriso tomou seu rosto e ele acenou negativamente com a cabeça lembrando da tarde com Renata. De repente, deu-se conta do risco que corria e ficou sério. Pegou novamente o aparelho que estava sobre a mesa e mandou mensagem para Yan.
“E aí, cara, aonde vamos hoje?”
“Tem uma festa da faculdade de medicina, meu. O Caio conseguiu convites para nós, tem um para você.” — o outro respondeu.
Bernardo concordou enviando uma mãozinha com o polegar para cima. Levantou-se, colocou o que tinha utilizado na lava-louças e ligou-a. Foi para o quarto se arrumar.
Uma hora depois, de banho tomado e perfumado, ele vestia uma camisa azul marinho com os primeiros botões abertos sob uma jaqueta de couro preto. Complementou o visual com calça jeans e tênis pretos.
Assim que fechou a porta do apartamento, virou-se na direção do 701. Não pensava especificamente em nada, só vagamente lhe vinha à cabeça a ideia de entrar no apartamento de Renata e passar outros momentos agradáveis com ela. Sacudiu a cabeça para afastar o pensamento e caminhou para o elevador, onde apertou o botão.
Foi em seu próprio carro. Havia se oferecido para ser o motorista da rodada. Deixou o veículo em um estacionamento próximo ao local. As ruas do bairro, como sempre, estavam movimentadas com carros que andavam devagar e muitos pedestres àquela hora. Avistou Yan, Murilo e Caio em frente à grande casa de shows onde aconteceria a festa. Chegou cumprimentando a todos com apertos de mão e batidinhas nas costas.
— E aí, gente, vamos entrar, vamos fazer um esquenta aqui fora, como é que é? — perguntou Bernardo, indicando as carrocinhas de ambulantes vendendo bebidas.
Yan era negro e usava dreadlocks curtos com as laterais da cabeça raspadas à máquina. Tinha conhecido Bernardo e Murilo na escola em que estudara como bolsista.
— Desde que o seu “esquenta” seja só com refrigerante, Bernardo, para nós está ótimo. Porque você que vai nos levar, não vem tirar o corpo fora. — disse Yan.
Bernardo revirou os olhos.
— Tá, eu sei, eu sei. — desconversou.
— Não esquece que eu tava naquele carro do seu pai e não pretendo repetir a dose.
— Já falei, Yan, como você é chato. — Bernardo reclamou fazendo uma careta e um gesto de desdém no ar.
Caio era o único que não tinha estudado na mesma escola que os outros. Conhecera Bernardo porque eram vizinhos no condomínio onde cresceram e foi o amigo quem lhe apresentou os outros dois rapazes. A pele de Caio era clara, o cabelo escuro e os olhos, azuis.
— Então pego uma Coca para o Bê e vou pegar cerveja para nós. — se ofereceu ele.
Murilo, que também era branco, tinha cabelos castanhos cacheados, curtos, olhos castanhos e usava óculos.
— Te ajudo. — prontificou-se.
Os três amigos de Bernardo eram universitários como ele e estudavam na mesma universidade. Yan, como na escola, era bolsista, mas no curso de Biomedicina. Caio cursava Odontologia e Murilo, Matemática.
Quando se viu a sós com Yan, Bernardo aproveitou para implicar com ele.
— E aí, cara, trouxe lanchinho de casa ou vai livre para a pista? — perguntou, com os olhos nas mulheres que passavam.
Yan fingiu não ter ouvido a princípio, depois virou-se para Bernardo.
— Combinei de encontrar a Ana Luiza aqui. — assumiu, contrariado.
O outro deu risada.
— Você não muda, Yan! Para de combinar de trazer ficante para as festas. Aqui tem mulher o suficiente para você se divertir, por que tem que já vir amarrado com mulher de casa?
— Eu não vejo nada de mais, Bernardo. Estamos ficando mesmo, o que tem de mal ir juntos às festas? Nem todo mundo só pensa em caçar como você.
Bernardo fazia não com a cabeça, ainda rindo.
— Vocês estão “ficando sério”. Por que não assumem que estão namorando logo, então? Essa garota vai acabar aparecendo com outro namorado, um cara com coragem para chegar nela e se comprometer.
— Também não é pra tanto… — desconversou Yan. — E quem é você para falar?
Murilo e Caio voltaram e entregaram uma cerveja para Yan e uma Coca para Bernardo. Começaram a beber, todos olhando em torno.
— Olha só aquela ali… — Murilo apontou com o queixo, discretamente, uma morena com cabelos pelo ombro, usando a roupa toda justa e botas de saltos altos.
Os outros três se viraram na hora.
— Muito gostosa. — opinou Caio.
— É. — concordou Yan.
— Vou chegar nela. — declarou Bernardo. — Pode ser a primeira da noite, quem sabe?
— Não vai esperar nem a gente entrar? — Yan perguntou.
— A festa começa aqui. — disse Bernardo, já indo na direção da morena.
Ele parou do lado dela, que conversava numa roda de amigos com uma latinha de energético na mão.
— Oi. Tudo bem? — o rapaz dirigiu-se sorridente primeiro a ela, depois aos outros. — Oi, gente.
A garota pareceu medir Bernardo dos pés à cabeça, depois abriu um sorriso.
— Oi. — respondeu.
— Meu nome é Bernardo, e o seu?
— Nicole. — ela se apresentou colocando o cabelo liso atrás da orelha.
— Nicole… Um nome tão lindo quanto você. Vi você ali de longe e te achei muito gata, pensei logo em te conhecer melhor. Quer dar uma volta? Cerveja ou refri?
Ela parecia interessada. Trocou olhares com os amigos, depois voltou a encarar Bernardo.
— Pode ser. Cerveja.
Eles saíram caminhando devagar na direção de um dos ambulantes.
— Você faz Medicina? — Bernardo puxou assunto.
Nicole sorriu.
— Não, minha amiga é da Medicina. Eu faço Arquitetura.
— Que coincidência! Minha mãe é arquiteta. Ela é sócia do meu pai em uma construtora, ele é engenheiro civil.
— Nossa, que legal!
— Viu só? Me interessei por você e até te consigo um estágio ou um emprego. — ele brincou.
A risada de Nicole se ampliou. Ela estava totalmente na dele, pensou Bernardo.
— E você, Bernardo, também trabalha com construção?
Ele fez um bico com os lábios e entortou a cabeça.
— Com construção de eletrônicos. Faço Engenharia Elétrica Eletrônica e já estou estagiando.
Os dois pararam diante do vendedor de bebidas e Bernardo pediu uma latinha de cerveja para Nicole e outra Coca para ele. Aproveitaram a lixeira próxima e descartaram as embalagens vazias que levavam consigo.
— Então você deve ser um gênio! — concluiu Nicole, abrindo a lata.
— Uma arquiteta pode ser tanto ou mais inteligente quanto um engenheiro eletrônico. Não sou exatamente o Tony Stark. — disse Bernardo, que também abria o refrigerante. — E vocês ainda precisam ter aquele equilíbrio entre as exatas e a sensibilidade das humanas.
— É você está certo em partes. Quem é de humanas, diz que existem as ciências humanas e as desumanas. Quem é de exatas, que existem as ciências exatas e as inexatas. — ela explicou, bem-humorada. — De qualquer jeito, a Arquitetura pertence às Ciências Sociais Aplicadas.
— Verdade, tinha esquecido. — concordou Bernardo, com o olhar já descendo, interessado, pelo corpo de Nicole, que sentiu um calor no rosto ao perceber-se observada e riu, meio sem jeito.
Os dois continuaram a conversa. Caio, Yan e Murilo já tinham mandado uma mensagem pelo aplicativo para Bernardo, avisando que estavam entrando na festa e pedindo que ele avisasse quando chegasse para que pudessem se encontrar. Cerca de meia hora depois, Bernardo enlaçava a cintura de Nicole e beijava sua boca. Começava devagar, ia saboreando os lábios, a língua, para depois aumentar a intensidade do beijo, enquanto apertava o abraço em torno de seu corpo. Como costumava acontecer, a garota estava entregue, lânguida, em seus braços.
Entraram na festa juntos e lá dentro continuaram entre beijos e esfregação. Yan já estava acompanhado de Ana Luiza, que chegara para encontrá-lo, Caio e Murilo ainda dançavam sozinhos, porém já com o radar no entorno, buscando cada um a sua “presa”.
Eram três horas da madrugada quando Bernardo puxou Nicole, que dançava à sua frente, para falar ao seu ouvido, enquanto a encoxava.
— Linda, quer dar uma saidinha comigo, para a gente ficar mais à vontade? — convidou, sedutor.
Nicole, arrepiada, virou o rosto e olhou nos olhos dele para assentir.
— Vamos.
Bernardo não iria embora, estava combinado com os rapazes de levá-los. Mas nada o impedia de esperá-los lá fora, ou mesmo no carro. E os dois foram de mãos dadas até o estacionamento onde ele deixara o SUV. O universitário abriu a porta de trás do veículo e Nicole entrou antes, seguida por ele. Assim que se sentou, Bernardo puxou a garota para seu colo, onde ela sentou-se de lado. Retomaram os beijos profundos e as mãos que se mantinham comportadas na festa foram ousando cada vez mais.
Primeiro por cima da blusa, poucos minutos depois por baixo do sutiã, Bernardo acariciava os seios fartos de Nicole. O estacionamento estava cheio e mal-iluminado e o carro onde estavam, um tanto longe da guarita da entrada. Tinham relativa privacidade ali.
Ela mesma tomou a iniciativa de abrir o fecho da peça íntima, dando mais espaço para as mãos dele. Os gemidos de ambos preenchiam o espaço interno do carro e o ar quente do interior, em choque com a brisa fria da madrugada do lado de fora, embaçava os vidros.
Continuaram o agarramento e Bernardo até que levou-a exatamente ao ponto que queria.
— Me come, Bê… — ela pediu em uma voz manhosa.
Ela manteve a parte de cima da roupa e ele apenas abriu a calça e baixou-a com a cueca. Enquanto a ajudava a livrar-se da calça e da calcinha, pensamentos intrusivos vinham à cabeça do rapaz. Ele costumava encontrar um prazer a mais em repetir as mesmas ações com diferentes mulheres, obtendo resultados que variavam no durante, mas que terminavam todos da mesma forma: com a garota conquistada. A esperteza envolvida lhe satisfazia.
Colocou a camisinha e ao penetrar Nicole, que montava nele, ainda pensava a respeito, de uma maneira confusa, misturada com o tesão que sentia no momento e turvava sua racionalidade. Quando agarrou as nádegas dela com as duas mãos, lembrou-se da bunda generosa de Renata. Aquela bunda perfeita… Até aí estava achando tranquilo, transar pensando em transar, mas focou na boca de Nicole, que mordia o lábio enquanto sentava nele, e lhe veio à memória o sorriso de Renata, à tarde. Aqueles lábios… Estariam com sabor de tutti-frutti? Puxou a garota para si e beijou-a longamente, buscando apagar com o gosto dela a lembrança insistente.
Disse algumas sacanagens ao seu ouvido, fez questão de manter as carícias no resto do corpo, de levar o polegar ao clitóris, erguendo os quadris em sua direção, até ouvi-la gozar. Só então chegou lá.
Continuaram se beijando depois que ele saiu dela e removeu a camisinha.
— Bernardo… você é bom no que faz… — ela sussurrou, sorrindo, meio ofegante.
Ele devolveu o sorriso, convencido.
— Eu sei… Você também não está nada mal. — falou com um tom cafajeste que a fez rir, também um pouco sem ar.
Bernardo finalizou a noite levando Nicole até a sua casa, onde a deixou. Ficou com o telefone dela e prometeu que ligaria, nem chegou a deixar o dele. Despediu-se com um sorriso cheio de promessas que não pretendia cumprir.
Voltou para a casa de shows para buscar seus amigos. No caminho, ia pensando em Renata. E pensando no porquê de estar pensando nela, estranhando a si mesmo. Nicole é gostosa, fez tudo “direitinho”... Por que não consegui me concentrar 100% nela? É que ela é novinha, menos experiente. Renata sabe bem das coisas… É só isso. Ela é boa de cama. Claro que vou me interessar por isso… Embora isso nunca tivesse sido suficiente para prender minha atenção desse jeito… Deu de pensar nesse assunto por hoje.
Parou o carro diante da festa e mandou mensagem para Yan avisando que tinha chegado.