
Clássicos da Literatura @classicos
Leram-me hoje S. Francisco de Assis
Autor: Alberto Caeiro
Lançamento: Início do século XX (parte da obra dos heterônimos de Fernando Pessoa, em domínio público)
Ao ouvir falar de São Francisco de Assis, Caeiro reconhece afinidades, mas recusa qualquer santidade. Ele admira o amor simples do santo pelas coisas da natureza, mas afirma que seu próprio olhar é ainda mais puro — pois não vê Deus em nada, apenas as coisas tal como são. Amar uma flor, para Caeiro, não é ver nela um símbolo divino, mas simplesmente amá-la porque é uma flor. O poema é um manifesto da sua filosofia sem transcendência: ver, tocar, sentir — sem precisar de explicação. Ele nos lembra que o mundo não precisa de interpretações sagradas para ser sagrado.
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